6.12.16
Imagens Afundadas na Memória
1º
Um rosto visitado pelo sol
por onde é fácil
estar no Mundo
afastar as margens dos sentidos
olhar para a Terra e dizer: - é este
o meu destino.
Com uma mão cheia de pensamentos se fabricam
as casas das idades humanas.
Com outra mão cheia de sentimentos
se põe em cada lado o lado mais vivo
de uma vida.
Respiramos por intervalos
entre os desejos desalinhados das nossas luzes
mais solitárias & mais íntimas.
E, quando os dias se afastam
há um canto absoluto abandonado em cada rosto
e no lado mais fechado do nosso corpo
deus pergunta-nos o seu lugar.
( José Alberto Mar.in, A Primeira Imagem, Ed. Sol XXI. Lisboa.1998)
25.11.16
Série: Msg a Garcia.
"I don’t
know how to be silent when my heart is speaking."
( Eu não sei ficar em
silêncio quando o meu coração está a falar)23.11.16
22.11.16
eixos & volantes
pobres seixos ambulantes
aos ziguezagues tantos tontos
perantre as luzes ke não enxergam
mas, lá no fundo de si próprios
há uma vela acordada assistindo
insistindo
aos desalmados ventos ke inventam
onde respiram, circulam & carambolam.
(Set. 2010)
30.10.16
19.10.16
A Poesia
Entre o alimento vermelho da carne sorumbática
uma veia de ouro única. Poesia.
É preciso encarnar o corpo anónimo
saber estar atento
para quando o excesso do ouro
cega as flores á superfície.
Aliciadas pelo perfume as mãos impacientes
recolhem sob a cegueira o brilho primeiro
e expõem á vida a escura transparência de uma voz
transbordada pelas imensuráveis dimensões evocativas
o corpo o mundo os universos
e os restos de poeira sobre a epiderme das coisas.
( in, " O Triângulo de Ouro , Ed. Justiça e Paz, 1988)
Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores-
1997.
29.8.16
Subscrever:
Mensagens (Atom)