15.10.08
11.10.08
de manhã
de manhã, quando ainda as aves são sonhos
e já as claridades esvoaçam
abrindo as portas & as janelas
dencontro aos olhos de quem acorda
e os rios de ouro abrem as vozes
à procura dos mastros humanos
onde há gente viajada em nascentes
e a Beleza do mundo é 1 presente simples
e tudo se ampara nos muitos eus
que devagar se unem
enlaçando a infância, o futuro e o agora
de manhã quando algo estala o
silêncio instaurado e já ouço
o cantarolar aceso dos pássaros
Felizmente vivo
mais um dia.
(11-10-08)
7.10.08
COM UMA BEBEDEIRA DE LUZ
eu ká voo caminhando dencontro ao sol negro
onde mergulho de corpo inteiro
para que toda a escuridão que trago de tãolonge
vá sumindo em todos os instantes
um pouco +
(...)
E, quando é preciso subo a um terraço
qual xamã de mim e a Vida,
nós próprios em evocação aliados
aos destinos que dEUS nos emprestou
para que tudo se desenlace & volte a enlaçar
cumprindo-se a 1ª vontade do Infinito
que sempre Foi e sempre Estará
aqui & agora, para quem apenas já
sabe Ser
à sua altura
"os Sons, a Palavra é o Verbo"
E então que o meu nome conquiste inteira-
mente a sua sombra, esse "óleo derramado"
que já ouço escorrer em mim.
(9-10.Set.2008)
5.10.08
4.10.08
Mestres do Nada
Há rostos que tornam as coisas mais simples
São como pedras vivas
mergulhadas a prumo
no sábio esquecimento
das suas formas
onde a sós
só os olhos dizem
o ouro breve
das imagens.
(in, A Primeira Imagem, Ed. Sol XXI, 1998)
1.10.08
Folha de 1 diário perdido (Nº4)
5 horas da tarde + ou -, 5 pombas à minha volta procuram comida, no chão quente destas pedras bem escuras.
Às vezes encontram, descem as suas cabecinhas só delas, os bicos alongam-se e debicam algo,,, depois, seguem afirmadas & apressadas, mais uns passinhos ........
voltam a fazer unânimes vénias para sobreviverem neste chão duro do mundo.
(C.V. Sidády Vêlha. Agosto.2008)