José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

2.11.08

cresce a mão para a palavra


mas porque é que cresce a mão para a palavra?
Há o sol, as matérias primas
dentro do sangue
e há a noite recolhida, submersa
e ainda há as pessoas
e a vastidão da respiração
no coração
seio de idades invadidas por tantos rostos
e há pontos imprecisos em que somos quase
inteiros
e há o útero de tudo onde as vozes se instalam
mas só às portas rondam os sons
as palavras,que agora escrevo
O olho do mundo dança-me na cabeça
ao sabor das luzes que giram
na alta nudez sem nome.

(Nov.2008)

1.11.08

para alguém será


e tu que vieste da escuridão dos meus sonhos

entre o corpo e o sal adormecido
agora na violência deste silêncio apenas
desenhas
um só nome: vento.

Entre os arquipélagos do tempo
eis a sombra da minha espera
enquanto as minhas âncoras acendem
as raízes do mar por onde indago
o céu & a terra
e este sentimento obscuro e fundo
que me entrelaça a ti.


(1.Nov.2008)