e, no entanto
há uma luz
poisada no centro
do seu vivo silêncio de ser
só uma luz
Aberta
para fora
de si.
- como se um pássaro esquecesse no voo
o peso das suas asas.
- como se a memória fosse uma trave antiga
na casa estagnado dos hábitos.
- como se, algo te dissesse e fosse uma voz
derradeira no cálice mais translúcido do corpo
onde o som maduro do silêncio
te chama - em chamas - verdadeiras na cor
e tu estás longe ou perto nos olhos divagados em ti. E então, nem o ouro
nem a prata
porque há-de uma vida luzir?