José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

25.4.18

Poema em saldo Nº 25



uma data que regressa
transparente à cabeça um sino
pendular nas cavernas do corpo
e então escrevê-lo é abrir as potências
do sangue, dos pés até à raiz
dos cabelos, deixar crescer
a vida circular dos dias
pelo silêncio poderoso
se fundamenta um olhar
um sonho uma estátua invisível
dentro da memória
ordena-se o esquecimento
mantendo sempre a respiração do Mundo
entre muitos e muitos horizontes.



( 1998)