José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

23.8.21

todos parecemos ilhas

Pintura: J. A. M. 












Todos parecemos ilhas

todos temos as mesmas raízes

entrelaçadas no fundo da Terra

e do Sol.


( J. A. M.)


 

18.8.21

~ 16ª folha de 1 diário perdido ~

Foto: J. A. M. -2021

 

Sona Jobarteh está a entrar pelos lados onde as portas são mais negras. Para que as estrelas resplandeçam mais, nesta infindável noite.


Há na vocação das vozes um halo universal redondo é este planeta onde agora vivemos.


Como no mar: altas ondas outras nem tanto, a 7ª onda é sempre ouro nos sons alongados e por tal sortilégio algo em nós se expande mais. 
Tenho evidentemente os pés nus onde elas esmorecem e eu cresço.
Falo do amor. Falo sempre do amor.
 
Entretanto no mar~alto e no seu fundo, tudo parece sereno, adormecido, indiferente.
Mergulhei por aqui em noites de vãs esperanças. Cheguei a morrer: de encantamentos.
Regressei sempre 1 outro que não conhecia. Enquanto peixes translúcidos me trespassavam. E tudo era a mesma matéria, tudo estava sempre ligado a uma luz que de longe clamava. Os sons, as raízes dos sons de Sona Jobarteh, aproximavam tal mistério.
Era uma outra colheita para a alma, oura voz desconhecida cujas cores não chegavam a ter nomes, aqui neste mundo em que respiramos?
Cheio de tantas perguntas, regressava á minha cabana onde acendia uma vela. Eu vivia numa ilha, desconhecida dos mapas.
E tudo se tornava claro como um anel de sol virado do avesso. Dentro e fora de mim.


( Rascunho Nº2)