José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

25.5.24

ELIPSE PARA OS OLHOS

 

Pintura. J. A. M.


Em cada gesto
um ofício sem idade
dizendo os corpos em sobressalto
entre as coisas circulares da vida.
 
E quem já esteve em muitos continentes
principia e acaba olhando o Mundo
pelas suas formas
e aí morre qualquer hábito
e a vastidão da Terra com sementes
à memória da vida
e das coisas que acontecem.


J. A. M. )
 

14.5.24

O Jogo

Pintura. J. A. M.

 

Do jogo vêm as mãos caçadoras
a seta incerta no coração da sorte
corpo tangente com um lado intocável
e por mais que os corpos se ousem
o desafio é sempre a veia inicial. O risco.
O acaso. A ilusória aparência de um encontro
sem testemunhas evidentes.


in, O Triângulo de Ouro -

( J. A. M. )

11.5.24

as cores dentro do fogo

Pintura. J. A. M.

 

Olho-te agora de longe. O teu rosto enaltece a luz que desce entre os muitos ramos das enormes árvores à-volta e ao mesmo tempo é uma luz que sai de dentro de ti. Com um sorriso leve reflexo de um  pássaro suave que vai voando. Entre ti e o momento, entre ti e a minha discreta doação ao que no fundo sinto seres, recordei agora esse momento fugaz entre o marulhar dos pequenos peixes na água do rio e os teus pés à beira descalços e acesos no meio da fogueira que agora me apetece imaginar.(...)


( J. A. M. )