José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

16.10.18

) diarístico (



são janelas minúsculas que se abrem.
Há visões que aparecem e desaparecem. 
Há muitas noites nos dias & muitas 
noites também. Há uma cabeça cheia
para esvaziar.
Há a presença na ausência, a presença
que se quer presente.
Há que retomar sempre ao tal centro.
A luz emanante, múltipla, a única.


( já há luz no pântano acordado)


09-2018


Corações ao Alto. 2017. J. A. M. 


15.10.18

há gente que manda na Gente só para se sentir gente

trabalho artístico: j. a. m. 


















há "gente" que manda na gente, só para se sentir gente. Eu, cá para mim, não gosto  nada dessa "gente". Prefiro, de longe, a gente que gosta da gente, sem lhe apetecer mandar na gente. Pois, essa "gente", que só gosta de mandar em toda a outra gente para se julgar gente, cá para mim, não são propriamente gente, mesmo. Porque se essa "gente" fosse realmente gente, entendia claramente, que não é necessário haver gente-por-cima & gente-por-baixo, dado que - por exemplo -  toda a gente nasce despida e toda a gente vai desta para melhor, vestida por outra gente, quer o queira quer não.

Mas, porque é que essa "gente" que continua a mandar em toda a outra gente, não começa por mandar neles próprios, para se tornarem verdadeiramente gente? Essa "gente" é mentecapta, muito inteligentes sem dúvida mas com a inteligência ao serviço da estupidez, têm a lucidez do tamanho da astúcia,  são inequivocamente infelizes, intranquilos, sem  paz por dentro, escuros, desalmados até, medrosos e merdosos até à insanidade, mas que culpa nós temos disso?
Gente, gentinha, seus velhacos,  deste & daquele ramo dessa árvore putrefacta, crentes disto & daquilo, governantes grandes & governantezinhos pequenininhos, lá vê a gente aquela outra “gente” a continuar a mandar para nos ludibriar, escravizar, espezinhar, ignorar  & roubar a toda a minha nossa gente.

Claro que também há gente que se deixa levar  assim, por essa "gente" seguem-nos cegamente que nem sombras indignas das vidas que Deus lhes emprestou & então só é gente assim-assim,  entre os muitos lados das gentes.
Nesta coisa de haver gentes, "ser ou não ser é“  a questão é mesmo : “estar ou não estar, " pois cá pra mim nunca há meias-gentes, propriamente dito, amigos atinem caiam em si.




( rascunho Nº 367. 1974) 



12.10.18

( 4ª postagem de: Sir aLgood )

Com base em trabalho, intitulado " A Escada de Jacob " ( 1984 ) de J. A. M.
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Uma pessoa desconectada em relação aos seus sentimentos e emoções é uma pessoa "orientada para e pela cabeça". Estar separado de seus sentimentos  pode ser benéfico em situações pontuais que exigem objetividade e análise lógica. No entanto, a desvantagem pode ser uma sensação de “sentir-se uma ilha” em relação aos outros e ao Mundo, incapacidade de aproveitar Bem a vida & ficar perdido em círculos fechados dentro da sua cabeça, pois já reparou que por lá não há luz alguma?