José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

13.3.17

Msg a Garcia


lá por haver cegos, não quer dizer
que a luz não exista

(J.A.M.-1435)
J.A.M. ( série: pequenas sabedorias)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


OCULTO REVELADO. - Mecânica Quântica -


Estrelas Apagadas



já a noite tinha sido iniciada, os pescadores juntos sentados calados curvados olhavam presos por um fio emaranhado de leves& ondulantes pensamentos o horizonte, como quem lia 1 texto antigo.
Entretanto as nuvens de um lado para o outro, fragmentariamente orquestradas pelo seu próprio destino, lá iam impavidamente diferentes. Nada se cruzava & tudo estava unido. Os barcos continuavam a balançar o cais. O mar sempre estivera ali como se fosse eterno. Como um eco longínquo que ainda perdura pelo poder dos olhares de muitas gerações.
E os pescadores aguardavam como quem espera e também não, a hora da partida. Em casa os filhotes mais novatos choramingavam por comidas diferentes e as mães afagavam-lhes os cabelos, com um sorriso junto ao aconchego do útero.
Os pescadores, disse-me um dia um amigo vagabundo nas viagens, viraram estátuas fixas e ali estancaram para o gáudio dos turistas que acudiam aos magotes e as crianças agora pediam moedinhas com uma vida inteira moribunda nos olhares.
 
 
José Alberto Mar

 (Out.2010.Modificado.Março.2016. Publicado no f.b. Março.2017))

10.3.17

Bom fim de semana ~ Good weekend













( Foto: J.A.M. - Galiza. España )

HÁ GENTE QUE MANDA NA GENTE PARA SE SENTIR GENTE

 

J.A.M.- O Grito (imagem trabalhada.)
 
Há "gente" que manda na gente, só para se sentir gente. Eu, cá para mim, não gosto  nada dessa "gente". Prefiro, de longe, a gente que gosta da gente, sem lhe apetecer mandar na gente. Pois, essa "gente", que só gosta de mandar em toda a outra gente para se julgar gente, cá para mim, não são gente, mesmo. Porque se essa "gente" fosse realmente gente, entendia claramente, que não é necessário haver gente-por-cima & gente-por-baixo, dado que toda a gente nasce despida e toda a gente vai desta para melhor, vestida por outra gente.
Mas, porque é que o raio que os parta, dessa "gente" que continua a mandar em toda a outra gente, não começa por saber mandar neles próprios, para se tornarem verdadeiramente gente?
 
 Essa "gente" é mentecapta, muito inteligentes sem dúvida mas com a inteligência ao serviço da estupidez, têm a lucidez do tamanho da astúcia,  são inequivocadamente infelizes, intranquilos, sem  paz por dentro, escuros, desalmados até, mas nós  a gente,  que culpa temos disso? Embora essa "gente" nos castigue  continuadamente por isso.
 
 
Gente deste & daquele ramo dessa árvore putrefacta, crentes disto & daquilo, governantes Grandes & governantezinhos pequenininhos, lá vê a gente aquela outra “gente” a continuar a mandar para nos ludibriar, escravizar, espezinhar, ignorar  & roubar a toda a minha nossa gente (…)
 
 
Claro que também há gente que se deixa levar  assim, por essa "gente" seguem-nos cegamente e então só é gente assim-assim  entre os muitos lados das gentes.
Nesta coisa de haver gentes, "ser ou não ser é“ mesmo a questão, pois cá para mim não há
meias-gentes, propriamente dito.
(...)

 

 

(Texto-esboço-inacabado-quiçá- Agosto.2007. Modificado.2009.Modifica.2017.)

Guerreiro com 2 hearts.Warrior with 2 corações

A Lei e a Liberdade



Não entendo essa ausência de rigor
dissipando a morte
no fundo insípido dos dias

Seja o que fôr que haja pelo menos uma vez
um olhar grandioso
sobre o grandioso mundo
que uma mão se liberte libertando a imagem
e seja pássaro, ideia ou nuvem
ou um íntimo segredo abraçado á vida.


(in, "s Mãos e as Margens". Ed. Limiar.1991.)

9.3.17

A Última Droga: Oxigénio.



















J.A.M. ( poster.cartaz.Imagem trabalhada)

Msg a Garcia


Tudo está á mão de semear.
Nós só apanhamos o que está á nossa altura.


( J.A.M. - séc. 21)

6.3.17

O Barco Noturno


 
Foto: J.A.M.
 
 
 
o barco, no alto mar
acesa é a noite que o desenha
contra o fundo estrelado enfim

o barco com a sua âncora abismada
as cores dos peixes estremecem
o silêncio fundo do que é sagrado

o barco como metáfora de alguém
que olha o horizonte alongado dentro.

 

 
(Maio.2010. Alterado.2016. Alterado.2017)



1.3.17

estrelas apagadas


 
 
já a noite tinha sido iniciada, os pescadores juntos sentados calados curvados olhavam presos por um fio emaranhado de leves & ondulantes pensamentos o horizonte, como quem lia 1 texto antigo.
Entretanto as nuvens de um lado para o outro, fragmentariamente orquestradas pelo seu próprio destino, lá iam impavidamente diferentes. Nada se cruzava & tudo estava unido. Os barcos continuavam a balançar o cais. O mar sempre estivera ali como se fosse eterno. Como um eco longínquo que ainda perdura pelo poder dos olhares de muitas gerações.
E os pescadores aguardavam como quem espera e também não, a hora da partida. Em casa os filhotes mais novatos choramingavam por comidas diferentes e as mães afagavam-lhes os cabelos, com um sorriso junto ao aconchego do útero.
 
Os pescadores, disse-me um dia um amigo vagabundo nas viagens, viraram estátuas fixas e ali estancaram para o gáudio dos turistas que acudiam aos magotes e as crianças agora pediam moedinhas com uma vida inteira moribunda nos olhares.




José Alberto Mar

(Out-.2010. Modificado.Março-2016)
 



 

 

a grandiosa dança ~ the great dance











J.A.M. (2000)