José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

25.2.11

Algures, sei lá se volto a voltar

- casa. Cidade Velha. Cabo Verde . j.a.m.-


 Algures no Brasil, cheguei a estar no Paraíso. E
regressei.
Agora, encontrei outro Paraíso.
Não sei se volto a voltar.
Começo por um dos lados: o mar ao fundo e os sons compassados das ondas chegam claraMente até mim. Depois há coqueiros, esguios, altaneiros nas suas elevadas cabeleiras de sonhos dados com a aragem muito ao de leve quem sopra quem? e há mangueiras, com os seus frutos à espera de quem lá chegue. Palmeiras com as suas folhas dobradas em devoção às 7 portas que iniciam a noite, balançam-se assim aos sons do mar, e a lua começa a ser maior no céu indefinito da escuridão do meu olhar.


Estou nu e sentado, com os pés apoiados na varanda azul e tomara eu estar assim tão nu por dentro.


Agora vou colher uma cana de açúcar aqui do meu quintal (alugado ao Sr. Embaixador de São Tomé e Príncipe que está nas Américas, go on ) e no fim, não sei se me irei esquecer por outros lados, palitando os dentes com as cascas que sobram sempre de tudo o que é mesmo vida.
Olhando, escutando, aprendendo a ser mais. 
(...)


- texto inicial: Cabo Verde. Cidade Velha. Agosto.1998 j.a.m.. -

1 comentário:

  1. “Escutando” esta voz poeta vinda de “Algures”, onde a “vida é mesmo vida” (realmente vivida); “olhando”, pelos olhos de Outro, paisagens infindas de “Paraísos” terrestres … “aprendemos [emocionalmente] a ser mais” …
    (Eugénia)

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