dentro do sangue
e há a noite recolhida, submersa
e ainda há as pessoas
e a vastidão da respiração
no coração
seio de idades invadidas por tantos rostos
e há pontos imprecisos em que somos quase
inteiros
e há o útero de tudo onde as vozes se instalam
mas só às portas exaltam os sons
nas palavras que agora escrevo
o olho do mundo dança-me na cabeça
ao sabor das luzes que giram
na alta nudez sem nome.
ao sabor das luzes que giram
na alta nudez sem nome.
(Nov.2008)
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