J. A. M. ( 4 obras. Four works) |
26.9.17
24.9.17
~ alguém passeia-se porque lhe deu para tal ~
alguém passeia-se algures por caminhos
e paisagens onde há pedras pelo chão e acontece-lhe curvar-se de repente, por
algo que o chama sem dar-bem-por-isso e há um diamante entre as suas mãos,
o olhar turva-se pelo brilho que o sOl, atento a tudo onde há vida, lhe oferece
no mesmo instante e depois
há quem veja logo ali um presente, há quem não dê
conta do vislumbre que lhe aconteceu e continue apegado aos seus hábitos,
atirando o pequeno seixo para as águas de 1 rio que desliza por ali no seu natural ocaso indiferente a tudo isto.
Os hábitos escravizam, tornam-nos
cegos.
Todos os dias acontecem coisas
assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Nada é banal nesta vida que nos está
acontecendo.
E por aqui os diamantes não têm
quaisquer preços, são iluminadas fontes metafóricas, criadas pela
infindável sede que também habita nos profundos lençóis da Terra:
- quanto demora uma árvore a ser
luz?
(Ourique. Alentejo. Portugal)
alguém passeia-se algures por caminhos
e paisagens onde há pedras pelo chão e acontece-lhe curvar-se de repente, por
algo que o chama sem dar-bem-por-isso e há um diamante entre as suas mãos,
o olhar turva-se pelo brilho que o sOl, atento a tudo onde há vida, lhe oferece
no mesmo instante e depois
há quem veja logo ali um presente, há quem não dê conta do vislumbre que lhe aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno seixo para as águas de 1 rio que desliza por ali no seu natural ocaso indiferente a tudo isto.
há quem veja logo ali um presente, há quem não dê conta do vislumbre que lhe aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno seixo para as águas de 1 rio que desliza por ali no seu natural ocaso indiferente a tudo isto.
Os hábitos escravizam, tornam-nos cegos.
Todos os dias acontecem coisas
assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Nada é banal nesta vida que nos está
acontecendo.
E por aqui os diamantes não têm quaisquer preços, são iluminadas fontes metafóricas, criadas pela infindável sede que também habita nos profundos lençóis da Terra:
- quanto demora uma árvore a ser luz?
(Ourique. Alentejo. Portugal)
22.9.17
Msg a Garcia
A Cerca dos Etnocentrismos
" Uma pessoa precisa viajar. Por sua conta, não por meio de livros, revistas, internet, imagens, ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, o corpo todo e a alma inteira, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Uma pessoa precisa viajar para lugares que desconhece para quebrar a arrogânia que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir lá ver e viver ".
~ in, Mar sem Fim . Amyr Klink ( tradução livre) ~
19.9.17
17.9.17
“ MONTE CARA "
O céu cheio de manchas acinzentadas umas
mais outras menos escuras sobre um fundo que se pressente azul. O “Monte Cara”
sempre pousado na sua lonjura pensativa e sempre tão presente no caroço da alma
de cada mindelense. Os aromas nostálgicos do Ser de uma ilha com as raízes
mergulhadas nas águas demoradas do eternamente mágico oceano, onde já fomos grandes & voltearemos a sêlo.
Os sons de uma morna abrindo a noite
como quem pede licença para entrar mas já se instalou suave e inteira, abrindo
os braços a quem quiser estar, a menina de camisa encarnada e
mini-saia-azul-abertamente com as duas coxas de ébano polido demoradamente nuas
e brilhantes até um determinado ponto inexato, os dois amigos calados & unidos
a uma garrafa de grogue, a criança de colo ainda, sapatos de serapilheira cor-de-rosa
e quatro totós verde-alface no cabelo encarapinhado, a chupar uma manga pela boca adentro
e uma gota a cair-lhe doucement pelo
queixo até à mão naturalmente aberta da mãe absorta aos sons do Vadú,
unindo-nos a todos num só lugar uníssono e depois lá fora vislumbro através do
feixe de luz da porta com uma nesga aberta, os ruídos dos ilhéus que vão e vêm
dos seus destinos circulares e ali na estrada, agora mesmo, alguém vai sentado ao contrário numa bicicleta que desliza sorrateiramente pelas azáguas afora ~ ~ ~ ~ ~
mas que arte será aquela?
(Mindelo. Ilha de S. Vicente.Cabo Verde)
11.9.17
8.9.17
6.9.17
Mosteiro de Alcobaça
Fotos: J. A. M. |
coisas & loisas atlântidas:
A25-BIS-DR2
& A26-B38-DR13; Viriato; Templários; Bernardo de Claraval; São Mamede; Ourique; rei D. Afonso
Henriques; Fundação do Reino de Portugal; Diáspora; a vós que haveis de ser quinto
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