José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

10.11.18

Título: " Mundos Quânticos "

Técnica: tinta da china e acrílico s/ papel canson. 100X100 cm. 2017 . Obra de : J. A. M.

























"Os padrões internacionais que definem o quilograma e outras grandezas vão mudar na próxima semana, quando a entidade internacional de metrologia votar a adoção de fórmulas da física quântica para determinar quanto valem.
O Comité Internacional de Pesos e Medidas (CIPM), numa decisão que será votada por representantes de 60 países reunidos a partir de terça-feira no Palácio de Congressos de Versailles, passará a usar uma fórmula conhecida como Constante de Planck, avançada em 1900 pelo físico teórico alemão Max Planck, prémio Nobel da Física em 1918.(...)"
( in, JN-10-11-2018)


~ A FÍSICA DA ALMA ( Amit Goswami ) : https://youtu.be/TwBSn5oAnJ4


7.11.18

( 5ª postagem de Sir aLgood )

trabalho : j. a. m.
( Eu não sei  ficar em silêncio quando o meu coração está a falar )


"I don’t know how to be silent when my heart is speaking."
Fyodor Dostoyevsky, "White Nights and Other Stories", 1848 )

3.11.18

As Virtudes do sOl

 J. A. M. ~ 2017 

~ encontros do acaso ~





Os lençóis negros da noite desciam, tombavam, adormeciam colados uns aos outros, como as folhas das carnaubeiras [1] juntas secas no chão.
Depois de várias voltas por N ruas obscuras da cidade pareceu-me que era por aquelas bandas que a festa começava a fervilhar. Num passeio de uma rua desamparada, encontrei um banco à minha espera e pedi mesmo ali à Sr.ª da roulotte uma cerveja bem gelada.   Recostei-me, costas com parede e vice-versa, e pus-me a pastar vacarosamente  o olhar à volta:  havia de tudo o que era gente, jovens em grupos soltos e felizmente assim, pessoas solitárias, alguns com ar de quem procura desinspiradamente libertarem-se daquilo, outros já mais ancorados nas suas derradeiras sortes, havia casais apaixonados que nem pássaros azurumbados havia também mulheres de todas as cores e as mais belas prendiam-me o olhar por mais tempo, e logo depois, desapareciam pelas portas dos vários bares de onde se soltavam canções às molhadas e, de quando em quando, tudo aquilo fundia-se no fundo mais profundo do meu ser e dava-me sede para mais uma cerveja. 


A incerta altura, uma menina sozinha por fora e por dentro aproximou-se de mim, de cerveja na mão e sentou-se a meu lado. Depois continuou calada, ancorada e eu também não de cerveja na mão. Encostou a sua tristeza desarmada no meu ombro abrigada e eu comecei a cantar. As minhas canções eram peixes criados ali, para o seu mar. E sem darmos por isso, pousámos os olhos nos olhos & começámos a beijar-nos. Já o seu fundo sereno tinha um outro olhar. E uma paixão qualquer aconteceu naquele lugar.


Claro que o dia nasceu sem nos avisar.



 (Jacaúna. Estado do Ceará. Brasil) 

Rascunho Nº 288.



[1] Variedade de palmeira, com caraterísticas singulares, também conhecida pelo povo como a “árvore da vida” e considerada o símbolo do Estado do Ceará.