José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

16.6.19

Alguém passeia-se porque lhe deu para tal



CUBA. Trinidad. Topes de Collante. Foto: J.A.M.- 2019











Alguém passeia-se algures por caminhos e paisagens onde há pedras pelo chão e acontece-lhe curvar-se de repente, por algo que o chama sem dar-bem-por-isso e há um diamante entre as suas mãos, o olhar turva-se pelo brilho que o sol, atento a tudo onde há vida, lhe oferece no mesmo instante e depois há quem veja logo ali um presente, ou  há quem não dê conta do vislumbre que lhe aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno seixo para as águas de 1 rio que desliza por perto no seu ocaso indiferente a tudo isto.

Os hábitos escravizam, tornam-nos cegos.

Todos os dias acontecem coisas assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.

Nada é banal nesta vida que nos está acontecendo.


E por aqui os diamantes não têm quaisquer preços, são iluminadas fontes metafóricas, criadas pela infindável sede que também habita os profundos lençóis da Terra.

 - quanto demora uma idade a ser luz?



( J. A. M. Rascunho Nº 231)

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