CUBA. Trinidad. Topes de Collante. Foto: J.A.M.- 2019 |
Alguém
passeia-se algures por caminhos e paisagens onde há pedras pelo chão e
acontece-lhe curvar-se de repente, por algo que o chama sem dar-bem-por-isso e
há um diamante entre as suas mãos, o olhar turva-se pelo brilho que o sol,
atento a tudo onde há vida, lhe oferece no mesmo instante e depois há quem veja
logo ali um presente, ou há quem não dê conta do vislumbre que lhe
aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno seixo para as
águas de 1 rio que desliza por perto no seu ocaso indiferente a tudo isto.
Os
hábitos escravizam, tornam-nos cegos.
Todos os dias acontecem coisas assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Nada
é banal nesta vida que nos está acontecendo.
E
por aqui os diamantes não têm quaisquer preços, são iluminadas fontes
metafóricas, criadas pela infindável sede que também habita os profundos
lençóis da Terra.
- quanto demora uma idade a ser luz?
( J. A. M. Rascunho Nº 231)
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