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Pintura ( J. A. M. ) |
Os dias acordam as várias faces
da luz.
O poder inexorável do Mundo
vem das raízes
do sol.
Dias absolutos
nos seus fulgores errantes
impelidos para além
de todos os gestos dos mortais.
Todos os tempos da memória
são espasmos próximos à madeira
quando aumenta os anéis
nos troncos das árvores. Todos
os segredos da Terra
são gerados em silêncio
em geométricas formas moleculares.
E o jeito dos olhares...o enredo
toca o centro
e o dia despede-se
para todos os lados
em luzes aliadas com as sombras.
Olhamos, respiramos toda a vida
toda a arte
é transparente. E depois apaga-se
o lugar repentino
que mal se vê
e já não se encontra.
Nem o caos. Nem a ordem
ou a lembrança.
( J. A. M. - in, A Primeira Imagem.1998)
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