28.4.12
Imagem: J. A. M.
http://youtu.be/1ZHMXQ_7lNs
1 novo dia aconteceu
às minhas mãos
aos meus olhos
ao meu corpo
e à minha alma
e, o que já não era luz negra
tornou-se luz dourada
o que ainda era imensidão
permanece inteiro no meu coração.
( Abril. 2012)
26.4.12
&, no entanto há uma luz por aqui
Image: J. A. M.
há uma luz
poisada no centro
do seu sereno silêncio de ser
só uma luz
Aberta
para fora
de si
- como se um pássaro esquecesse no voo
o peso das suas asas;
- como se a memória fosse uma trave esmorecida
na casa estagnado dos hábitos;
- como se, algo te chamasse & fosse uma voz cúmplice
no cálice mais translúcido do teu corpo
onde o som maduro do silêncio
te chama - em chamas - alumiantes na cor
e tu estás longe ou perto nos olhos
divagados em ti
E então, nem o ouro
nem a prata
- por onde há-de uma Vida luzir ?
( 28-Set.2007 )
25.4.12
Poema em Saldo
Imagem: J. A . M.
uma data que regressa sempre
transparente à cabeça, um sino pendular
nas cavernas do corpo e então lembrar
é abrirmo-nos as potências do sangue,
dos pés até à raiz dos cabelos, deixar crescer
a Vida circular dos dias
pelo silêncio poderoso, se fundamenta um olhar
um sonho é uma estátua invisível
dentro da memória, ordena-se o esquecimento
mantendo sempre a respiração do Mundo
entre muitos & muitos horizontes.
( Gaia, 1999 .Alterado em 25-Abril-2012)
24.4.12
Dedicada a cerca de 10 Milhões de CIDADÃOS portugueses: " mortos"
Imagem: J. A. M.
P.S/P.S.D.:
- há gente que manda na gente só para se sentir
gente -
“Gente”
deste & daquele ramo, desta árvore putrefata, crentes disto & daquilo,
governantes Grandes & governantezinhos pequenininhos, lá vê a gente,
aquela outra "gente" a continuar a mandar, para nos enganar, escravizar,
ignorar, espezinhar,& roubar, a toda à minha nossa gente (…)
Claro que também há gente que se deixa
amandar, por essa "gente", e então só é gente assim-assim.
Nesta coisa de haver gentes, "ser
ou não ser é" mesmo a questão, pois cá pramim não há meias-gentes,
propriamente dito.
(eteceteras)
(Texto inicial: Out.2010.)
22.4.12
Parece-me que quem assim respira talvez possa encontrar
Cidade do Porto
Foto : J. A. M.
para o barco metafórico amparado pelas águas deste rio
ao lado
as redes rendilhadas & frágeis do Mundo.
ser o seu alento
parece-me que quem assim respira
talvez possa encontrar.
msg a Garcia
Imagem: J. A. M.
" Não
só as coisas acontecem com as pessoas, (...) cada um gera também aquilo que
acontece consigo. Gera-o, invoca-o, não deixa de escapar àquilo que tem de
acontecer. O homem é assim. Fá-lo, mesmo que saiba e sinta logo, desde o
primeiro momento, que tudo o que faz é fatal. O homem e o seu destino
seguram-se um ao outro, evocam-se e criam-se mutuamente. Não é verdade que o
destino entre cego na nossa vida, não. O destino entra pela porta que nós mesmo
abrimos, convidando-o a passar. Não há nenhum ser humano que seja bastante
forte e inteligente para desviar com palavras ou com acções o destino fatal que
advém, segundo leis irrevogáveis, da sua natureza, do seu carácter."
- Sándor Márai, in 'As Velas Ardem Até ao Fim'-
19.4.12
18.4.12
17.4.12
msgs a Garcia: a cerca da vilolência
" A violência é fruto de um estado interior de infelicidade. Assim, é importante buscarmos pequenos gestos de amor, acolhimento, simpatia e calor humano, que actuam como antídoto contra o veneno do rancor que circula entre nós seres humanos."
( extraído do " Lições de Amor" )
16.4.12
15.4.12
a cerca do progresso
Foto: J. A. M.
(...) já a noite tinha sido iniciada, os pescadores juntos, sentados, calados, curvados, olhavam presos por um fio emaranhado de leves & ondulados pensamentos, aquele horizonte como quem lia 1 texto antigo.
Entretanto as nuvens de um lado para o outro, fragmentariamente orquestradas pelo seu próprio destino, lá iam pavidamente diferentes.
Entretanto as nuvens de um lado para o outro, fragmentariamente orquestradas pelo seu próprio destino, lá iam pavidamente diferentes.
Nada se cruzava & tudo era unido.
Os barcos continuavam a baloiçar o cais. O mar sempre estivera ali como se fosse eterno. Como um eco longínquo que ainda perdura pelo poder dos olhares de muitas gerações.
E os pescadores aguardavam como quem espera e também não, a hora da partida.
Em casa, os filhos choramingavam por comidas e as mães afagavam-lhes os cabelos, com um sorriso junto ao aconchego do útero.
Os pescadores, disse-me um dia um amigo vagabundo, viraram estátua fixa-permanente e ali estacaram para o gáudio dos turistas que acudiam aos magotes e as crianças agora pediam moedinhas com uma vida inteira moribunda nos olhares.
(Out.2010.nova versão: Abril-2012)
14.4.12
13.4.12
2 birds, only
Imagem: J. A. M.
- ~ ~ ~ e, agora amigo que "eles" dormem & continuam mortos
como quando são atravessados pelos dias
não escutas melhor o ouro do silêncio ?
- ~ ~ ~ ~ ~ ~
Nature: The Great Book
Imagem construída: J. A. M.
- you see the beauty I see?
- how do I know?both 2 birds continue to speak words of gold)
- Abril. 2012 -
" The Merging of Spirit and Science " ~ Mr. Albert Einstein ~
Image: J. A. M.
" The most beautiful and most profound experience is the sensation
of the mystical. It is the sower of all true science.
He to whom this emotion is a stranger, who can no longer wonder and
He to whom this emotion is a stranger, who can no longer wonder and
stand rapt in awe, is as good as dead.
To know that what is impenetrable to us really exists,
manifesting itself as the highest wisdom and the most radiant beauty
To know that what is impenetrable to us really exists,
manifesting itself as the highest wisdom and the most radiant beauty
which our ull faculties can comprehend only in their primitive forms
- this knowledge, this feeling is at the centre of true religiousness. "
( Albert Einstein, in " The Merging of Spirit and Science “ )
P.S. there are ( only..) google translate.
12.4.12
Poseidon ( Türkiye )
Imagem: J. A. M.
Vi o mármore abandonado ao martelo
a música a cair em si
e depois
as formas dos deuses.
Os olhos sopravam uma luz macia.
a música a cair em si
e depois
as formas dos deuses.
Os olhos sopravam uma luz macia.
( 2002 ?)
Série: O(s) Grito(s) : "The New World Order is Here!"
P.S. existe sistema tradutor ~ hay sistema traductor.
11.4.12
" imagens afundadas na memória ~ 15ª "
Imagem: J. A. M.
como um navio deixa nos olhos uma sombra em movimento
o mundo é um cais iluminado só por um lado crescem as raízes
das estrelas que os dedos só sonham apesar das palavras agora
falo-te assim como um navio que vai de imagem em imagem,
lentíssimamente, atravessando um instante atrás de outro
o tempo é uma água parada que não pára de navegar.
( in, " A Primeira Imagem", Editora Sol XXI, 1998. Poema c/ alterações)
to nature ~ à natureza
imagem construída: J. A. M.
" thy word is a lamp unto my feet "
~
" sua palavra é uma lâmpada aos meus pés "
10.4.12
a beleza derrota-me
... e depois, há os diamantes
os que não acendem a escuridão
nem valem 1 tostão
os que vagueiam simplesmente
sem ninguém os vislumbrar
e são esses que eu encontro
por entre as vírgulas dos dias
& das noites, amém.
( Abril.2012)
enquanto se viaja
foto: J. A. M.
- Alto Douro -
por aqui, já há papoilas abertas
ao sol que acontece pelos dias
estão encarnadas entre os verdes
e depois perdem-se pelos montes
também há málmequeres brancos, pikenos
concentrados no mesmo sol
& tulipas algures nas varandas
onde ainda haverá gente ?
(Interior de Portugal -? . Abril . 2012 )
9.4.12
8.4.12
5.4.12
inclinar-se para fora do barco
foto: J. A. M.
" to lean out of the boat. To be human."
(in, seth godin,s Blog )
~
“Os que viajam mudam de clima, mas não de caráter”.
- Horácio -
1.4.12
Foto: J. A. M.
"Je suis d'un autre pays que le vôtre, d'une autre quartier, d'une autre solitude.Je m'invente aujourd'hui des chemins de traverse. Je ne suis plus de chez vous (...)"
- Léo Ferré -
30.3.12
27.3.12
cresce a mão para as palavras
mas porque é que cresce a mão para a palavra?
Há o sol, as matérias primas
dentro do sangue
e há a noite recolhida, submersa
e ainda há as pessoas
e a vastidão da respiração
no coração
seio de idades invadidas por tantos rostos
e há pontos imprecisos em que somos quase
inteiros
e há o útero de tudo onde as vozes se instalam
mas só às portas exaltam os sons
nas palavras que agora vos escrevo:
dentro do sangue
e há a noite recolhida, submersa
e ainda há as pessoas
e a vastidão da respiração
no coração
seio de idades invadidas por tantos rostos
e há pontos imprecisos em que somos quase
inteiros
e há o útero de tudo onde as vozes se instalam
mas só às portas exaltam os sons
nas palavras que agora vos escrevo:
o olho do mundo dança-me na cabeça
ao sabor das luzes que giram
na alta nudez sem nome.
(Nov.2008)
26.3.12
" É só com sangue que se escrevem versos." ( Saul Dias)
como um fio-de-prumo a noite em cima de tudo
como um fio-de-prumo a noite
encimada em tudo e por dentro,
uma voz insidiosa e duradoira, o ouro breve dos momentos
atravessa a escuridão com a velocidade dos átomos do Mundo.
Também há os universos acesos para todos os lados e
os candelabros dos nossos pensamentos são fagulhas que no ar
se cruzam & entrelaçam & enlaçam
as substâncias que unem os presságios
das nossas vidas passageiras.
Tudo tem um propósito errante e nenhuma voz cabe dentro
de todas as línguas faladas, fadadas, calada da Terra.
(27-Março-2007 )
(27-Março-2007 )
22.3.12
21.3.12
" Fora do Compasso "
Imagem: J. A. M. (Início da Primavera)
- Fora do Compasso -
dias abundantes nas bocas
pelos segredos das mãos
ao rebentarem magnéticas
os nomes à-volta.
Inspira-as a cegueira de uma luz
sem fim, como que vencida
pela eternidade.
Não é a carne nem é memória
esta respiração. Por ela vivemos
pendurados nas perguntas
que respiram pelos orifícios da pele
que sorvem as queimaduras dos astros.
Talvez só os deuses conheçam a intenção da água
dentro dos corpos. A água fechada
ao fazer um nó às portas dos olhos
estrela ou paisagem, quanta claridade
ao redor dos dedos a mexerem dentro
as oficinas da terra
os lugares abraçados pelo tacto da fala.
- in, " As Mãos e as Margens ", Ed. Limiar ( Os Olhos e a Memória/57) - 1991
19.3.12
quando a noite tomba, às vezes o espanto cresce e tudo é uma outra coisa
um marmelo
Foto: J.A.M.
Estremece a estrela que vive
naturalmente aberta à escuridão
e nos 2 olhos cintila
e nos 2 olhos cintila
o véu do instante a aparência maior
do que é superfície e aí se afoga
na multidão dos dias
as multidões são mecânicas.
do que é superfície e aí se afoga
na multidão dos dias
as multidões são mecânicas.
Vejo nos gestos a estrela amparada
pelo silêncio que aspiro, o lugar onde
qualquer semente pensa
sonhando con+tudo
pelo silêncio que aspiro, o lugar onde
qualquer semente pensa
sonhando con+tudo
pois nada do que é fruto
acontece sozinho.
acontece sozinho.
(Set.-2009)
16.3.12
13.3.12
12.3.12
ao Sr. V.G.
(...) tautumba como senão eu já vi as searas como pensamentos amarelos e o céu a voar em círculos desamparados pelos violentos tons de azul que cresciam da terra ...
... mal dei conta & mal me tinha esquecido, regressam as faturas a pagar já no mês agora e eu cidadão me confesso: passo...
( Gaia-Ciência. Mar.2012 )
11.3.12
9.3.12
Performance ( not legal)
Performance by J.A. M.
" Valha - me - nossa - senhora - de - fátima ".
( XII Bienal Internacional de Cerveira.) made in Portugal - 2005
(Em fundo, obra-plástica do pintor: Augusto Canedo).
- not legal -
performance to Exposition
(XII Biennial Cerveira. 2005 - made in Portugal )
- not legal -
8.3.12
e uma sombra alumia-se rente ao chão = inícia-se um outro dia
7.3.12
o sangue quando seca é da cor da terra
ia eu pela estrada a fora, 1 pé bem atrás do outro, duas margens: uma à esq.ª e outra eteceteramente cativada pelo que em mim era invaginação à deriva e não é que a gaja não aparecia ?
Tinha-a mirado há tarde ainda era dia à beira-rio* abraçada às águas e a entrar e a sair arrebanhando os negros cabelos para trás, como quem não tem passado e é livre e está ali inteira depois
nunca mais me largou aquela índia.
N mas N mesmo passos frente, encontrei um jovem taxista atencioso q.b. disponível até sei lá porquê, há já sei: tratávamos-nos como amigos a sério (...)
calcorreamos as montanhas onde caía espessamente a noite (...) até que a encontrei (...)
( dps de N pag.s e a páginas tantas:)
Antes de tombar inteiramente no sono, ainda fui ao jardim mesmo ali à mão de semear, colher uma flor que lhe plantei no cu (...)
Abraçado a duas flores, adormeci como 1 anjo pois o dia findava-se completo.
Abraçado a duas flores, adormeci como 1 anjo pois o dia findava-se completo.
* Rio Preguiças ( Estado do Maranhão)
( algures no Brasil )
6.3.12
Série : O(s) Grito(s) - poema emprestado do M.H.L.
A MINHA QUERIDA PÁTRIA
os camões
os aviões
e os gagos-coutinhos
coitadinhos
a pátria
e os mesmos
aldrabões
recém-chegados
à democracia social
era fatal
a pátria
novos camões
na governança
liderando
as mesmas
confusões
continuando
mesmo assim
as velhas tradições
de mau latim
da Eneida
enfim
sabem que mais?
pois
vou da peida
os aviões
e os gagos-coutinhos
coitadinhos
a pátria
e os mesmos
aldrabões
recém-chegados
à democracia social
era fatal
a pátria
novos camões
na governança
liderando
as mesmas
confusões
continuando
mesmo assim
as velhas tradições
de mau latim
da Eneida
enfim
sabem que mais?
pois
vou da peida
- Mário-Henrique Leiria -
5.3.12
flash ( há quem diga que estamos sós nos Universos : ~ )
25.2.12
"Porto sem fim / timeless "
Foto: J. A. M.
Tratou-se de um encontro entre amigos, conhecidos e desconhecidos (que acabaram por se conhecer), na "Espaço d, Arte Quadrasoltas" ( Rua Miguel Bombarda - Porto), acerca do livro "Porto sem fim/timeless" do fotógrafo suiço, Markus Zuber e da escritora portuguesa , Eugénia Soares Lopes.
Uma "tertúlia" agradável, despretensiosa e bem comunicante.
Pois,
nos tempos que correm: cai sempre bem.
(Porto.25.Fev.2012)
24.2.12
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