Pintura. J. A. M. |
Longos dedos têm
o silêncio
nas muitas
palavras acordadas. Inventam
rios de peixes
completos na cor
estrelas austeras
como cardos
e das fontes por
onde bebemos
não a água, mas a
sede
chega-nos ao
rosto esse anónimo jardim
com sementes
sonhadoras ainda
em exercícios
geométricos e sonâmbulos
onde invisíveis
mãos já tocam extasiadas
uma repentina
beleza para os nossos olhos.
( J. A. M.)
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