Estremece a estrela que vive naturalmente aberta à escuridão e nos 2 olhos cintila o véu do instante, a aparência maior do que é superfície e aí se afoga na multidão dos dias a vida é mecânica Vejo nos gestos o silêncio amparado pelo silêncio que aspiro, o lugar onde qualquer semente pensa sonhando com tudo pois nada do que é fruto acontece sozinho.
"As duas grandes superfícies políticas parecem ter um Estado-Maior conjunto cuja missão é convencer os portugueses da inevitabilidade fatal de eleger um deles.
Nestas eleições, até aqui, tudo se está a passar como se PS e PSD tivessem feito um pacto formal de não trazer à discussão pública questões do carácter de quem nos governa, tem governado e quer governar. É um contrato simples: se o PS não falar do BPN, o PSD não fala do Freeport. Se o PSD não falar de Lopes da Mota, o PS não fala de António Preto. Num país onde a justiça é o mais desacreditado e ineficaz sector do Estado, Manuela Ferreira Leite escuda-se num suposto código de valores judiciais que a obriga a não falar de casos em investigação ou entregues aos tribunais. Esta matriz inflexível de conduta, repetida como uma litania contra o quebranto, tem tido o efeito de escamotear do debate público os mais graves episódios da história da democracia em Portugal. Com esta atitude pactuante, Manuela Ferreira Leite passou ela a ser, também, parte da "asfixia democrática" que diagnosticou no regime de Sócrates. Uma asfixia que está a conseguir sufocar em poucos dias o gritante acto de censura socialista na TVI, porque é impossível falar de Manuela Moura Guedes e do seu defunto Jornal Nacional sem falar de Freeport e de Sócrates. Isso faria despoletar imediatamente uma série infindável de represálias socialistas que começariam no indiciado António Preto e acabariam no arguido Dias Loureiro com todas as histórias mal contadas sobre a Sociedade Lusa de Negócios e os financiamentos partidários. Provavelmente o PSD de Manuela Ferreira Leite encontra justificação para este pacto de silêncios no insuportável tacticismo articulado por Paulo Rangel quando disse que a ética e a política eram compartimentos estanques na vida pública. Tudo somado, no actual PSD, encontra-se uma estranha e perturbante continuidade entre a tese da necessidade de suspensão temporária da democracia que Manuela Ferreira Leite articulou (lapsus liguae ou ameaça?) e a busca de justificações para o comportamento presente na doutrina de Nicolau Maquiavel que Rangel claramente fez na Universidade do PSD. É altura de formular a eterna questão: - Será sensato comprar um carro em segunda mão a esta gente? Por outras palavras: - É este partido a alternativa? Só pode haver uma resposta lúcida. - Nem mais nem menos do que a gente do Freeport e da TVI. Tudo se está a passar como se as duas grandes superfícies políticas tivessem um Estado-Maior conjunto cuja missão fosse convencer os portugueses da inevitabilidade fatal de eleger um deles. E não tem que ser necessariamente assim. Há ética para além do que Maquiavel diz, mais liberdade do que o politicamente correcto martelado à custa de censura e mais possibilidades do que escolher o voto meramente entre BPN e Freeport. A coligação de interesses do Bloco Central já nos fez chegar à grande crise mundial com desvios nos indicadores de desenvolvimento que prenunciam um futuro sombrio. Portugal precisa de revolucionar as escolhas políticas. Não é a votar repetida e clubisticamente que nos assumimos como povo e como Estado. Juntos, PS e PSD, estão a asfixiar o que nos resta de democracia e parece que já nem notamos que nos está a faltar o ar."
"Na China alguns produtores agrícolas estão a moldar os seus frutos com moldes de plástico que obrigam estes a crescerem de forma condicionada, dentro de um invólucro semi-rígido. Depois dos produtos geneticamente modificados, surgem agora os produtos morfologicamente modificados. Que mais se irá seguir? Frutos misturados geneticamente com animais ou mesmo seres humanos...?"
Em cada gesto um ofício sem idade dizendo os corpos em sobressalto entre as coisas circulares do tempo
E, quem já esteve em muitos lugares principia & acaba olhando o Mundo pelas suas formas e aí morre qualquer hábito e a vastidão da Terra com sementes há memória da Vida e das coisas que acontecem.
Muitas vezes, para afastar do tempo a atenção dos seus estudantes, o grande mestre Zen, Rinzai, costumava levantar um dedo e perguntar lentamente: "O que é que está faltando neste momento?"
Hoje chegou a casa e disse-me, num murmúrio quase silêncio apagado: "Já ando a trabalhar na Escola desde o dia 1 de Setembro, todos os santos dias, das 8 h. e 30m. até às tantas da noite, ele são reuniões disto & daquilo, acções de informações várias, mais documentos a preencher em papel & suporte digital e vice-verso com as burrocracias respectivas, e escuta lá, já andamos todos arrasados com aquilo e Ainda Não Começaram as Aulas, Tás a Ver?". Como se a nossa função “lá” fosse tudo, menos sermos professores dos ALUNOS”
Entretanto, como até estava um pouco menos taciturno que o habitual, mostrou-me esta imagem (ali em cima) e disse-me que se sentia assim!
Cá pra mim é porque hoje já é 6ª feira
4.9.09
- Imagem construída.j.a.m. -
"Apenas desejo a tranquilidade e o descanso, que são os bens que os mais poderosos reis da terra não podem conceder a quem os não pode tomar pelas suas próprias mãos."
“Portugal continua com os combustíveis mais caros da Europa”; “Desemprego atinge níveis inéditos (30-08-2009)”; “Um estudo do Gabinete de Estratégia e Planeamento, do Ministério do Trabalho, revela o mais baixo aumentonominal homólogo dos ganhos dos trabalhadores desde 2003.”Os preços doscombustíveis descem mais devagar em Portugal do que no resto da Europa. A conclusão partiu da Autoridade da Concorrência (ADC)”;” O Escândalo Casa Piarebentou nos finais de 2002. Em finais de 2009 está tudo por resolver.”;” Em Portugal existe o maior desnível salarial de toda a União Europeia.”; “o desemprego atinge a maior taxa alguma vez verificada”.” Mais grave ainda é o facto de existirem 600.000 desempregados, dos quais cerca de 250.000 não têm direito a qualquer apoio económico em situação de desemprego”; “Hospitais com gestão empresarial tiveram prejuízo de 91,1 milhões de euros, no primeiro semestre de 2009;”Depois do Governador de Portugal, Vítor Constâncio ter afirmado que a nacionalização do BPNnão teria custado ao Estado mais de mil milhões de euros, o Ministro das Finanças afirmou que esse valor andaria próximo dos dois mil e duzentos milhões de euros”; “Ministério Público abriu um novo processo que envolve um membro do Conselho de Estado, o Dr. Manuel Dias Loureiro, no âmbito do “Caso BPN”, por alegadas comissões na venda da empresa Plêiade à Sociedade Lusa de Negócios (SLN), Este processo soma-se, assim, a outro em que ex-administrador da SLN foi constituído arguido e que é relativo à compra e venda da empresa tecnológica Biometrics, de Porto Rico”; “Isaltino Morais, Presidente da Câmara de Oeiras, foi hoje condenadoasete anos de prisão efectivae a perda de mandato. Bem como a pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado. O Tribunal de Sintra deu como provada a culpa do autarca em quatro crimes: fraude fiscal; abuso de poder; corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais”;Um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado a 3-Set.-2009 mostra dados preocupantes sobre o bem-estar das crianças portuguesas, com níveis quase sempre na cauda dos 30 países estudados;(...)
MAS, O POVO PORTUGUÊS NÃO É CEGO, NEM SURDO,NEM BURRO.
"A administração da TVI anunciou a suspensão do Jornal Nacional, coordenado e apresentado por Manuela Moura Guedes. Toda a direcção de informação da TVI pediu a demissão, que já foi aceite pela administração. Manuela Moura Guedes disse que tinha pronta para a edição de sexta reportagens sobre o caso Freeport.Não é ainda claro se a suspensão do jornal implica na suspensão ou não dessas reportagens."
P.S.O que fará - efectivamente - a ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social) da república democrática portuguesa?
"as políticas de Sócrates não deixaram dúvidas: totalitarismo anti-constitucional contra os portugueses :
Que o PS se utiliza da Maçonaria para fazer ingressar militantes nos seus principais cargos políticos elegíveis como forma de manter uma obediência cega, já todos nós sabemos. O problema está justamente nos princípios veiculados pela maçonaria (com a designação de "Illuminati's" na maioria dos países do mundo) actualmente, pois defende uma ORDEM MUNDIAL, ECONÓMICA, POLÍTICA e RELIGIOSA (Judaísmo, Cristianismo, Islamismo) como estratégia de se instituir como o NOVO PODER SEM OPOSITORES, NO MUNDO...!!! A religião UNA que pretendem, o CONSENSO SOCIAL e as MAIORIAS POLÍTICAS são objectivos primordiais da sua estratégia.(...)"
- Com base em ilustração de Alex Lutkus. Transformada por j.a.m. -
AO MEU IRMÃO-GÉMEO-QUE-É-PROFESSOR- EM-PORTUGAL-COITADO
"O secretário-geral do PS afirmou hoje que, se voltar a formar Governo, tudo fará para restaurar uma relação "delicada" e "atenta" com os professores, reconhecendo falhas na forma como lidou com este sector."
"Se o País tivesse rosto, as expressões e os olhares mostrariam a face de um Povo triste e sem sentido de vida. A alma, que tantas vezes expressa e indicia o estado do corpo, anda vazia de sentimentos e confusa de emoções. O País já não tem expressão. Sente que lhe roubaram a alma e lhe taparam a boca. Aos poucos fomos perdendo a identidade.
Hoje somos um corpo amorfo. Adormecido. Cansado. Quase morto. Pouco reactivo. Assustado. Inerte. Indeciso. Receoso. Desconfiado. A grande massa humana que configura e conflui entre fronteiras, anda ausente e órfã de ideais. Somos um corpo á deriva. Fomos um pasto fértil e variado. A colheita já foi feita.
Então que País vai ser este ? A história e o impulso vital que nos leva à sobrevivência, irão fazer emergir aqueles que passam pela vida com o sentido maior que só o Universo pode conter. Para esses a Pátria é mais que o lugar de abrigo, ou o pasto seleccionado á medida de algumas bocas. É acima de tudo, a responsabilidade de contribuir para que os valores integrantes do compromisso humano, se façam de acordo com os parâmetros essenciais da justiça, do equilíbrio de valores, da ética, da responsabilidade social, do respeito pelas leis da natureza e na consciencialização de que já hoje, teremos de preservar o amanhã. A sociedade que nos está a ser deixada, é o reflexo da ganancia descontrolada de alguns, da falta de sentido de justiça de outros e acima de tudo da nossa incapacidade enquanto Povo de sabermos ver e ponderar tudo o que até hoje nos foi sendo feito. Adormecemos durante demasiado tempo. Todos certamente podemos concluir que não era este o País que ambicionávamos. Todos de certeza iremos comprovar, o futuro negro que rapidamente se aproxima e que irá trazer á evidência a natureza perversa desta gente que há tantos anos anda a enganar os Portugueses. Este País está a chegar ao fim. O Novo terá de contar com gentes descomprometidas do Sistema, a quem caberá a responsabilidade maior de corrigir o Estado da Nação e Ousar novas politicas. O primeiro passo terá de ser pela recuperação da dignidade perdida. O segundo será pelo esclarecimento exacto da situação catastrófica em que se encontra o País, na exigência de responsabilidades a quem de forma fraudulenta usou as funções de Estado, e na devolução dos direitos de cidadania que são a base e a sustentação dos Regimes ditos Democráticos. (...)"
Escultura de Juan Muñoz. Jardim da Cordoaria.Porto.
coisas nocturnas. Até que enfim, o Porto hoje era uma cidade viva. às 2 horas da manhã ainda havia uma chusma de gente nas ruas à volta dos Clérigos e eu, enquanto resolvia comigo a estranheza da novidade, acabei por me sentar numa cadeira tresmalhada à frente do café Piolho.havia pessoal desordenado em grupos + ou - assim-assim, que se fartava de beber, claro. e de falar, também.Gostei. havia um aroma quente no ar & fiquei por ali o tempo de 2 finos bem frescos. Depois, atravessei a escuridão do jardim da Cordoaria, onde revi de soslaio mas com atenção, as estátuas do Juan Muñoz. com aquela parca luz geral a gentinha do Muñoz ganhava um ar mais severo e bizarro. Mas, porque é que não se mexiam? Só as extensas sombras pelo chão pareciam levitarem ao som dos candeeiros sobriamente acesos. ao fundo, ainda estalavam no ar as gargalhadas dos jovens, abrindo a noite a outras luzes mais verdes.
No mundo das aparências, até era um bom pedaço de mulher. Mas, não dizia coisa com coisa que valesse uma pena. A pesar em tudo, aguentei firme mas sentado, aquela avalanche de desabafos num discurso vulgaróide de quem despeja lixo em plena rua a céu aberto e os outros que se lixem. No presente caso, os "outros" era só eu, o que me dava, por um lado uma responsabilidade honorável e por outro, as desvantagens que me recuso a voltar a nomear. O meu papel ali com 2 ouvidos e uma só cara de parvo a fingir-se atenta e absorta, fazia-me lembrar tantas personagens que já esqueci muitas. Desde o analista clínico que é bem pago para o ser, até uma incineradora em forma humanóide, eu vi-me em cada uma... Mas, ela tinha um charme, evidentemente, senão eu já tinha ido há muito, comprar um maço de tabaco e não teria regressado a tal base. Falo das suas belas pernas envoltas numa saia à Sharon Stone que de vez em quando cruzava e descruzava e era nessas alturas que eu a olhava de cima a baixo, tentando coincidir-me no olhar com um incerto ponto, digamos central, que feliz e infelizmente, era sempre obscuro. Depois regressava ao meu estar e voltava a ficar com aquele ar impassível, olhar profundamente afastado a mostrar que ruminava com lentidão cada palavra que aparecia.De onde em onda,para não parecer mesmo uma estátua ali sem destino, emitia alguns sons que se resumiam à palavra: "pois..." , quando e só quando, eu sentia que podia meter uma cunha estreita na torrente de frases que a fulana fazia acontecer. Na verdade, como ser humano sentia-me um grande idiota aparvalhado de todo pelo domínio do meu próprio tesão. Esta coisa, assim, demorou horas e horas até que (...)
- Desenho. Rotring s/ papel. título:" De Coração na Cabeça"(Nº 5). j.a.m. -
No geral, gosto mais de estar com pessoas simples, pois o seu saber é mais verdadeiro, isto é, o que me dizem está mais próximo das suas naturezas. Enquanto as pessoas ditas cultas, no geral, dizem, falam mui distantes do seu ser.As suas palavras podem ser extremamente bem alinhadas, elaboradas em universos bem agradáveis aos ouvidos, mas se escutarmos com atenção, não há nada ali que venha de uma fonte natural, com voz própria, do ser humano que nos ocupa & invade.
.. todo este caminho é demorado. as vozes à volta, as vozes dentro da cabeça, as vozes pendulares das imagens, dos astros, da torrente das águas no corpo em frente à lua, só por si é muito para ele descobrir entre as 7 portas qual a 1ª, a 2ª e por aí adiante. adiante, se lembra que a intuição é a única voz que pode ser escutada, depois do silêncio pleno instalado, ali onde nenhum sinal será referência de qualquer outro
...distante mas aceso, ele procura o seu silêncio vazio. depois de todos os sons que já conhece, depois do eco desses mesmos sons, depois de qualquer imagem de som, ele busca um silêncio que nunca aconteceu. tudo à superfície é ruído e tumulto. insatisfeito, incompleto, ele mergulha para dentro. foge de uma parte de si, para encontrar outra, onde se veja mais real e vivo.
...e o ar dentro das gaiolas está engaiolado? algo realmente aconteceu e eu fiquei perplexo. várias vezes, o ar se tornou mais leve e claro e aí as palavras eram sombras afastadas estranhas mesmo, quando o silêncio pesava inventava à sorte outros sons: kaziar, ooom, latuuda, maçala, tarugui,....etc. no próprio acto da busca retornava ao silêncio vivo. onde as mãos lembravam somente algo que se eleva. e o ar, ao atravessar as gaiolas, soprava risos criativos. A bem dizer eu só estava ali, para aprender a estar.
...como se o fogo pudesse apagar essa garganta da montanha onde uiva um animal ferido. onde há uma estátua em forma de H maiúsculo, para ensinar quem por ali passa esquecidamente à procura de si, quase tão livre como a águia, lá nos céus da visão, desliza a sua sombra pelo chão. se tantos sinais há à nossa volta, quando olhamos, é porque o nosso corpo está a essa altura. e vem a água em cascata, alisar as rochas paradas só por si avolumam os sons que cantam: o burburinho do fogo a sumir-se em contraluz amaina os seus seres e vê-se a terra paciente acordar as sementes, para uma vida mais vertical e solar. e o animal ferido, aos poucos é uma memória que cai no esquecimento e por lá fica sarada de todo e qualquer mal do mundo. (...)
. Europa Prima Pars Terrae in Forma Virginis. Hienrich Bnting (1545-1606) .
O que calcula que seja o futuro da raça portuguesa?
— O Quinto Império. O futuro de Portugal — que não calculo, mas sei — está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus.
Esse futuro é sermos tudo.
Quem, que seja português, pode viver a estreiteza de uma só personalidade, de uma só nação, de uma só fé? Que português verdadeiro pode, por exemplo, viver a estreiteza estéril do catolicismo, quando fora dele há que viver todos os protestantismos, todos os credos orientais, todos os paganismos mortos e vivos, fundindo-os portuguesmente no Paganismo Superior?
Não queiramos que fora de nós fique um único deus! Absorvamos os deuses todos! Conquistamos já o Mar: resta que conquistemos o Céu, ficando a terrapara os Outros, os eternamente Outros, os Outros de nascença, os europeus que não são europeus porque não são portugueses.
Ser tudo, de todas as maneiras, porque a verdade não pode estar em faltar ainda alguma cousa!
Criemos assim o Paganismo Superior, o Politeísmo Supremo! Na eterna mentira de todos os deuses, só os deuses todos são verdade.
Fernando Pessoa, in 'Portugal entre Passado e Futuro'
- Saturno eclipsando o sol. Imagem da Sonda Cassinia.15-11-2006 -
às vezes está-se com uma pessoa, horas a fio, e não sai dali nenhum voo. Tudo é maquinal & vulgar, apenas o silêncio parece trazer algum sentido aos momentos. E a gente vai de um lugar para outro, inventa circunstâncias, digamos agradáveis , por exemplo uma esplanada solarenga em frente ao mar, mas a ordem das coisas permanece, não há provocação naturalmente q.b. que altere o não-sei-quê de alma, que o outro concerteza possui.Mas, quando as pessoas se encontram não é por um qualquer acaso fortuito. Aprendi que há uma razão pelo meio que as colocou onde estão. No entanto, quantas vezes tais razões são tão longínquas que demoram a mostrar-se?