...e o ar dentro das gaiolas está engaiolado?
algo realmente aconteceu e eu fiquei perplexo. várias vezes, o ar se tornou
mais leve e aí as palavras eram sombras estranhas mesmo, quando o silêncio
pesava inventava à sorte outros sons: kaziar, ooom, latuuda, maçala,
tarugui,....etc.
no próprio acto da busca retornava ao silêncio vivo. onde as mãos lembravam
somente algo que se eleva.
e o ar, ao atravessar as gaiolas, soprava risos criativos. A bem dizer eu só
estava ali, para aprender a estar
...distante mas aceso, ele procura o seu silêncio vazio. depois de todos os
sons que já conhece, depois do eco desses mesmos sons, depois de qualquer
imagem de som, ele busca um silêncio que nunca aconteceu.
tudo à superfície é ruído e tumulto. insatisfeito, incompleto, ele mergulha
para dentro. foge de uma parte de si, para encontrar outra, onde se veja
mais real e vivo.
.. todo este
caminho é demorado. as vozes à volta, as vozes dentro da cabeça, as vozes
pendulares das imagens, dos astros, da torrente das águas no corpo em frente à
lua, só por si é muito para ele descobrir entre as 7 portas qual a 1ª, a 2ª e
por aí adiante ou então se não haverá
vez alguma.
adiante, se lembra que a intuição é a única voz que pode ser escutada, depois
do silêncio pleno instalado, ali onde nenhum sinal será referência de
qualquer outro