José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

25.4.24

Um barco desliza nas águas ao de leve sonoras

O meu Barco. A viagem. ( Pintura. J. A. M.)

 

de quem só olha.

Há em tudo uma paz impossível, e eu vejo o teu rosto e tu pareces não ser.
Olho-te de novo, e tu olhas-me assim:
tão perto e tão longe, no fundo de mim, que me deixas mais nu.
Eu sei:
és aquela que me chama do fundo das águas
que agora nos unem.
Eu sou aquele que apenas procura
e te entrega o silêncio inteiro das minhas duas mãos nas tuas.
Pois, no fim desta escuridão
somos sempre sozinhos.
A partir de agora, entre nós
não haverá mais segredos.


( Rio Preguiças. Br. ~ J. A. M. )
 
 
 

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