hoje
levantei-me bem comigo & a vida, comi manga, papaia e cana de açúcar do meu
quintal tudo oferecido com a claridade do sol sempre esclarecido nas coisas do
mundo.
Também
bebi água logo nas aberturas do dia e é água leve e fresca que vem dos lados do
convento de São Francisco, do séc. XVII, eles lá sabiam as melhores fontes das
coisas essenciais à vida.
Nesta
varanda virada para a Sidády Vêlha, com o mar ao fundo de onde se colhem
imagens & imagens sem fim e um barulho de ondas fortemente contra as rochas
negras da praia, onde todos os dias me banho ao fim da tarde até ver o círculo
solar cheio de cores a partir para outros lugares.
A
minha amiga borboleta, que me visitou logo no 1º dia, volta todos os santos
dias, enquanto estou a acordar-me nestas pequenas tarefas. Um dia destes, veio
poisar na minha mão, mas só ao fim do coração da manga bem chupada, é que
sorveu com tal suavidade a ultima gota que me deixou derrotado por uns longos
instantes.
Ah!
eu e a minha amiga borboleta, duas pétalas brancas, uma de cada lado, onde
pontuam vários círculos coloridos salpicados
à toa, falámos abertamente dentro dos nossos silêncios amadurecidos,
depois foi vadiar pela mata a fora
partilhar alegria e liberdade com outros, remando agora as suas muitas
asas frágeis ao sabor das curvas da aragem e, pronto.
Votei
ajustar a tanga à cintura (um dia destes tenho que arranjar uma tanga a sério
de pano de terra, logo se vê)
incendiei 1 cigarro, pernas desleixadamente sobre a varanda azul e costas
contra o mundo.
( Cabo Verde. Ilha de Santiago. Sidády Vêlha – 2008)
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