( A Escada de Jacob. J. A. M.) |
Era uma paisagem feita de distâncias, sons
longínquos de um mar que apenas se pressentia e o leve aroma de flores silvestres
que amadureciam o luar.
Caminhávamos com as mãos dadas e os rostos fixados algures no fundo do silêncio de cada um.
De vez em quando, inesperadamente, olhávamo-nos e criavam-se pontes que pareciam surgir de outros mundos. Já não havia palavras.
Depois tudo voltava a parecer normal.
Eram as paisagens que entravam em nós, e nós propriamente dito, apenas deambulávamos como dois espelhos transparentes.
Caminhávamos com as mãos dadas e os rostos fixados algures no fundo do silêncio de cada um.
De vez em quando, inesperadamente, olhávamo-nos e criavam-se pontes que pareciam surgir de outros mundos. Já não havia palavras.
Depois tudo voltava a parecer normal.
Eram as paisagens que entravam em nós, e nós propriamente dito, apenas deambulávamos como dois espelhos transparentes.
J.A.M. (21-02-2021)
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