SEM MARGENS
1º
por vezes, abrem-se outras luzes, outras cores
outros sons dentro
como acontece na boca das fontes
e é por aqui que algo em mim é mais humano
entre esta sagrada Terra e as estrelas á mão de semear
entre tantas margens os tambores celestes batem e
rebatem no meu coração.
Outras vezes vem um outro sol, outro sal, outra luz
da cintura dos astros ou do fundo da Terra
descendo, subindo, entrando, aclarando
a cabeça que já não pensa
pois já é outra a resposta que cintila
no esquecimento do olhar
onde caio em mim, como uma gota de água
no mar dentro dos dias todo o tempo é redondo
e reparo nas duas mãos como se fossem
10 os novos caminhos
e no entanto, são tantos e tantos
que me volto a calar.
( J. A. M.)
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