Pintura: J. A. M. |
De um lado o inferno. Ao lado o céu.
Regresso ás duas margens: a escuridão e a luz. Os nomes abastados,
derivados das noites e dos dias. Há quem os atravesse inventado pela sua natural existência: hoje uma dor, amanhã uma alegria.
Há uma autoridade instalada neste modo de estar na vida. Uma invenção entronizada como se o tempo que temos, enquanto seres vivos, fosse uma tatuagem com o halo da eternidade. Há quem acredite em sentenças descobertas em coisas consideradas simples, um sorriso descido, um olhar iluminado, um gesto que se desenha sozinho, um encontro ao acaso: algemas que se soltam.
Nestas paisagens a beleza do Mistério, por onde viajamos, aproxima-nos e
afasta-nos de nós. Tornamo-nos íntimos da distância: entre o inferno e o céu há
um intervalo por onde o verbo se inicia e expande e tem a intenção de um
ofício.
Para cada um as suas margens e o leito do rio convocado através de milhares e milhares de vidas abandonadas com sentido.
Há uma autoridade instalada neste modo de estar na vida. Uma invenção entronizada como se o tempo que temos, enquanto seres vivos, fosse uma tatuagem com o halo da eternidade. Há quem acredite em sentenças descobertas em coisas consideradas simples, um sorriso descido, um olhar iluminado, um gesto que se desenha sozinho, um encontro ao acaso: algemas que se soltam.
Para cada um as suas margens e o leito do rio convocado através de milhares e milhares de vidas abandonadas com sentido.
( J. A. M. -2023)
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