20.7.10
Momento Tríptico
mais uma vez: a imagem de um barco a deslizar sobre as águas de um rio que continua pousado no seu sono vivo entranhado por dentro.
E eu sou o barco e aquele que o vislumbra sentado numa varanda na margem do rio, a fumar um cachimbo que se prolonga em sinais, e com o olhar inteiramente debruçado sob a aparência de um esquecimento.
É neste nó ou laço que vacilo, quando há tempestades de vozes no meio dos dias e tudo é alvoroçado a começar por dentro.
Outras vezes, lembro a infância, as pequenas histórias já afundadas nos confins da memória e algo se ergue diante mim e diz-me em silêncio o que não serve a ninguém.
Para cada um há 1 só caminho.
Porque, cada um de nós é o seu rio e o seu barco e alguém que os olha.
(Julho-2010)
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