7.7.10
A Poesia
Entre o alimento vermelho da carne sorumbática
uma veia de ouro única: poesia.
É preciso encarnar o corpo anónimo
saber estar atento
para quando o excesso do ouro
cega as flores à superfície.
Aliciadas pelo perfume as mãos impacientes
recolhem sob a cegueira o brilho primeiro
e expõem à vida a escura transparência de uma voz
transbordada pelas imensuráveis dimensões evocativas
o corpo, o Mundo, os Universos
e os restos de poeira sobre a epiderme das coisas.
(in, O Triângulo de Ouro", Ed. Justiça e Paz.1988)
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Sobre os Poetas
ResponderEliminarO mágico nunca revela os seus segredos;
O poeta nunca explica uma entrelinha .
Li isto algures e achei uma óptima comparação