José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

16.5.22

Dentro e Fora tudo é igual



Imagem Digital. J. A. M. 










Sona Jobarteh está a entrar pelos lados onde as portas são mais negras. Para que as estrelas resplandeçam mais, nesta infindável noite.

Há na vocação das vozes um halo universal redondo é este planeta onde agora vivemos.

Como no mar: altas ondas outras nem tanto, a 7ª onda é sempre ouro nos sons alongados e por tal sortilégio algo em nós se expande mais. Tenho agora os pés nus onde elas esmorecem e eu cresço.  Falo do amor. Falo sempre do amor.

Entretanto no mar alto e no seu fundo, tudo parece sereno, adormecido, indiferente. Mergulhei por aqui em noites de imprudentes êxtases. Cheguei a morrer: de encantamento. Regressei sempre 1 outro que demorava a reconhecer. Enquanto peixes translúcidos me trespassavam. Enquanto o sal da água resplandecia como minúsculos cometas afogados pelo brilho. E tudo era a mesma matéria, tudo estava sempre ligado a uma luz que de longe clamava.

Os sons, as raízes dos sons de Sona Jobarteh, aproximam tal mistério. É uma outra colheita para a alma, outra voz incógnita cujos sons chegam a ter cores. Pleno de tudo, regresso á minha cabana onde acendo uma vela. Vivo numa ilha, desconhecida pelos mapas.

E tudo se torna claro como um anel de sol virado do avesso. Dentro e fora tudo é igual.

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