Pintura. J. A. M. |
Um corpo paciente
atravessa a transformação
dos dias, as oscilações breves do tempo.
(Não é um corpo inocente, pois tem em si
a nudez das árvores nas paisagens
os lábios nos frutos suspensos da sede)
E quando desse
labor apaixonado
surge uma sombra transparente
será um poema será
uma lentíssima pausa na luz
um novo aroma evaporado da pele
para os olhos de quem sabe morrer
à espera de si.
Entre os
vagarosos crepúsculos das palavras
e o primeiro sopro da leitura
há uma cintura de astros inacabados
percursos de sonhos a dormirem no desejo.
dos dias, as oscilações breves do tempo.
(Não é um corpo inocente, pois tem em si
a nudez das árvores nas paisagens
os lábios nos frutos suspensos da sede)
surge uma sombra transparente
será um poema será
uma lentíssima pausa na luz
um novo aroma evaporado da pele
para os olhos de quem sabe morrer
à espera de si.
e o primeiro sopro da leitura
há uma cintura de astros inacabados
percursos de sonhos a dormirem no desejo.
É para estas
fontes que regresso ao fim das noites
espalhando os sonhos mais raros e sozinhos
sobre a esquecida língua do silêncio.
espalhando os sonhos mais raros e sozinhos
sobre a esquecida língua do silêncio.
( J. A. M. )
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