CAMINHOS. J. A. M. |
Era uma paisagem feita de distâncias, sons
longínquos de um mar que apenas se pressentia e o leve aroma de flores silvestres
que amadureciam o luar.
Caminhávamos com as mãos dadas e os rostos prolongados algures no fundo do silêncio de cada um.
De vez em quando, inesperadamente, olhávamo-nos e criavam-se pontes que pareciam surgir de outros mundos. Não havia palavras.
Depois tudo voltava a parecer normal.
Caminhávamos com as mãos dadas e os rostos prolongados algures no fundo do silêncio de cada um.
De vez em quando, inesperadamente, olhávamo-nos e criavam-se pontes que pareciam surgir de outros mundos. Não havia palavras.
Depois tudo voltava a parecer normal.
Eram as paisagens que entravam em nós, e nós propriamente dito, apenas deambulávamos como dois espelhos transparentes.
( J. A. M.)
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