Há coisas do diabo. Já fui ao Paraíso.
& voltei.
Era um lugar sem a Xatice dos turistas, a uns bons quilómetros de Recife, em direcção a um dos pontos cardiais deste vasto Mundo.
Estava já quase akordado na cama do meu quarto, no Hotel Europa, quando a Ana & a Joyce abriram a porta cheias de sorrisos floridos e me convidaram para dar um passeio pelas franjas de Gaibu
lá fomos, que nem 1 trio harmonia pelo dia adiante
passámos pela linda praia de Calhetas, onde vi ondas debruçadas sobre a própria espuma e espuma e mais espuma sempre, depois de serem verdes-esmeraldas e azul-turquesas, e também vi ! uma foto do jovem Eusébio no bar lá do sítio, ao lado de N ilustres que por ali tinham po(u)sado algures, ao longo dos seus destinos.
Depois, continuámos a caminhar por entre árvores, plantas e flores de muitas cores e aromas, até que, a incerta Altura, num morro inesperado e cheio de - azul MT azul do céu - vislumbrei uma tabuleta tosca de madeira com a palavra: “ PARAÍSO ”.
Minhas companheiras apanharam o meu ar aparvalhado & eu apanhei-as a sorrirem apenas cúmplices.
- U ke é que eu tinha a dizer?
lá descemos entretidos com os pés de cada um, a saltarem de pedra em pedra, até que desembocamos numa espécie de praia com a água muitoMasmuito transparente e a areia visivelmente prateada pelo pôr-do-sol que se diluía pelas águas até ao esquecimento.
Sentámo-nos a olhar & a escutar o Mundo através daquele ponto de vista, dentro do ponto de vista de cada 1 & os três sentadosjuntos com as 6 vistas desarmadas, despidas, deliradas.
Já não sei, e pouco me importa, o tempo (o tempo?...) que poisámos ali, a respirar aquele simples paraíso tão simples real mente em tudo. Lembro-me vagamente que as palavras eram
koisas a mais e a ninguém lhe passou pala cabeça falar de tal coisa
~ ~ ~
kuando regressámos a Gaibu, numa camioneta que ainda cirandava, já lá estava instalada
uma noite klaramente aberta á nossa esfera
- Brasil - Algures perto de Recife . data : ? séc.XX -
( texto publicado em : 24.25-05-2006 - Pernambuco-Brasil.2004.)