José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

23.10.11

hà coisas do diabo : Já fui ao Paraíso

Há coisas do diabo. Já fui ao Paraíso.
&  voltei.

Era um lugar sem a Xatice dos turistas, a uns bons quilómetros de Recife, em direcção a um dos pontos cardiais deste vasto  Mundo.

Estava já quase akordado na cama do meu quarto, no Hotel Europa, quando a Ana & a Joyce abriram a porta cheias de sorrisos floridos e me convidaram para dar um passeio pelas franjas de Gaibu
lá fomos, que nem 1 trio harmonia pelo dia adiante

passámos pela linda praia de Calhetas, onde vi ondas debruçadas sobre a própria espuma e espuma e mais espuma sempre, depois de serem verdes-esmeraldas e azul-turquesas, e também vi ! uma foto do jovem Eusébio no bar lá do sítio, ao lado de N ilustres que por ali tinham po(u)sado algures, ao longo dos seus destinos.

Depois, continuámos a caminhar por entre árvores, plantas e flores de muitas cores e aromas, até que, a incerta Altura, num morro inesperado e cheio de -  azul MT azul do céu -   vislumbrei uma tabuleta tosca de madeira com a palavra: “ PARAÍSO ”.
Minhas companheiras apanharam o meu ar aparvalhado & eu apanhei-as a sorrirem apenas cúmplices.

- U ke é que eu tinha a dizer?

lá descemos entretidos com os pés de cada um, a saltarem de pedra em pedra, até que desembocamos numa espécie de praia com a água muitoMasmuito transparente e a areia visivelmente   prateada pelo pôr-do-sol que se diluía pelas águas até ao esquecimento.

Sentámo-nos a olhar & a escutar o Mundo através daquele ponto de vista, dentro do ponto de vista de cada 1 &  os três sentadosjuntos com as 6 vistas desarmadas, despidas, deliradas.
Já não sei, e pouco me importa, o tempo (o tempo?...) que poisámos ali, a respirar aquele simples paraíso tão simples real mente em tudo. Lembro-me vagamente que as palavras eram
koisas a mais e a ninguém lhe passou pala cabeça falar de tal coisa

~ ~ ~
kuando regressámos a Gaibu, numa camioneta que ainda cirandava, já lá estava instalada
uma noite klaramente aberta á nossa esfera



- Brasil - Algures perto de Recife . data : ? séc.XX  -






( texto publicado em : 24.25-05-2006 -  Pernambuco-Brasil.2004.)

1 comentário:

  1. A chuva bate, agora, no vidro amplo da janela. Do lado de lá, o velho plátano inflama o vento, provocando um sussurro de inverno neste mês de outono… (onde se terão escondido os melros?)...

    Passo os olhos contemplativos por esta narrativa – o “Paraíso”…

    “Já não sei, e pouco me importa, o tempo (o tempo?...)” se passei uns momentos-tempo claramente inebriada…

    (Eugénia)

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