( praia de Cuba. Foto: J. A. M. )
Pergunta às montanhas
como o silêncio ou os gritos
crescem
como tudo é um som
vindo de dentro
ressoam os ecos das infinitas
vidas
enquanto as nuvens nos mostram
as respostas que já sabemos.
textos poéticos e imagens & etc ~ José Alberto Mar ~
( praia de Cuba. Foto: J. A. M. )
Pergunta às montanhas
como o silêncio ou os gritos
crescem
como tudo é um som
vindo de dentro
ressoam os ecos das infinitas
vidas
enquanto as nuvens nos mostram
as respostas que já sabemos.
" Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte para ver a alma ".
por vezes os pássaros são escuros, ou amarelos, multicolores, ou de outras cores indefinidas, mas a arte dos seus voos confundem-se com os azuis dos céus.
- penso ( quando distraído) como tal é possível?
Entretanto, por vezes também há nuvens que voam e se transformam sozinhas. E então, 1 ou outro pássaro, transportado para um possível mundo paralelo, parece ressurgir na sua cor original.
- Duvido. Qual?
Tantas vezes... andamos tão afastados de nós.
2ª Parte
porque as aves esburacam o espaço, não propriamente ao sabor das suas asas, mas por uma vontade uníssona levadas pelo ímpeto do grande mistério da vida.
Em bando, têm 1 só espírito. Vê-se. Quando solitárias, sobem descem, sabem, saboreiam, satisfazem o olhar de quem as observa.
( J. A. M.)
- Rascunho Nº7 -
o teu rosto é o meu sol, o meu rosto será o teu sol, se me olhares lá do fundo onde já não há traves,trevas, pontes ou abismos que se patrocinam cúmplices entre si, sozinhos.Abraço a tua cintura, como quem enlaça a haste de uma flor que ainda não se vislumbra; mas leve o seu aroma no ar já é uma natureza mortal. Por isso, mais uma flor irá acontecer. Nas suas pétalas onde podemos poisar o olhar e as nossas cores.Pois, em cada momento morremos, com as dispersas tarefas da vida e 1 dia partimos irremediavelmente nus, apenas com os aromas que, no fundo de nós, em nós colhemos.
Foto trabalhada. Autor: J. A. M. |
Trabalho Visual: J. A. M. Anos 80? |
Imagem Trabalhada. J. A. M. |
Conheci uma mulher num país distante, era bela e serena e
atravessava os dias, os meses, os anos com uma candura sábia de quem sabe que 1
dia também iria morrer, como tudo o que está vivo.
Nunca lhe perguntei nada acerca das artes destes gestos tão silenciosos como as pedras que rodeavam os canteiros. Houve alturas em que me viu olhá-la de longe estava sempre distante, no entanto eu sentia uma levíssima sensação fresca e inquietante, do lado agradável das novidades.Retrocedia para as minhas tarefas, o pincel, o papel, as cores do meu mundo.
De vez em quando, amávamo-nos através dos corpos e parcas palavras. Adivinhávamo-nos através de olhares demorados que continham tudo o que os nossos seres confirmavam.
Um dia fui ao jardim, onde era o seu lugar e não a vi. Procurei-a por todos os cantos, mas apenas vislumbrei as flores, todas as flores debruçadas sobre si próprias exalando aromas mais intensos e os frutos maduros das poucas árvores a caírem um a um
" O meu pássaro. My bird. ( digital-art ). by: J. A. M. - 2020 |
Trabalho Visual. J. A. M. -2020 |
Série: Flores com Aromas. Anos 80. J. A. M. |
Trabalho~Visual com xenolinguistica *. J. A. M. * uma designação que alguém, algures me emprestou. |
Pintura. Autor: J. A. M. - 2020 |
Técnicas-mistas. Autor: J. A. M. |
Pintura: J. A. M. |