José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

12.3.11

Série: O(s) Grito(s) : (art. pertinente de Paulo Pereira, in F.B. a 12 de Março)





A estratégia do poder para desmobilizar o protesto do dia 12 esta assente nos seguintes pontos:


1- Limitar o protesto a um grupo (Jovens Licenciados).
Construindo e divulgando deste modo a ideia que os valores implícitos nestes protestos não ...dizem respeito ao resto da sociedade impedindo deste modo a sua generalização no espaço publico.
2- Isolar e fabricar conflitos contra este. Ao isolar o protesto a um grupo especifico (jovens licenciados) ficou mais fácil atacá-lo. Para tal foi valorizada a ideia de um falso choque entre gerações. Para além disso ao acentuar que se tratam de licenciados afastam dos protestos todos os que têm uma formação menor pois estes últimos sentem-se naturalmente ameaçados pelos primeiros.
Tentei e continuo a tentar advertir que a pior coisa que pode acontecer a este protesto é permitir que os órgãos de comunicação social (estruturas ligadas às redes) passem estas ideias. Se não conseguirmos reverter rapidamente os danos produzidos por este tipo de contrapropaganda o protesto não ira obter a participação da totalidade da sociedade portuguesa e portanto estará condenado.
3- Implementar o medo na população utilizando o risco de um agravamento das condições económicas que de qualquer forma já é irreversível.
4- O regime tem procurado ainda aliviar a tenção de quem protesta introduzindo animadores. Por outro lado, a comunicação social estará à procura de todo e qualquer indicio de festa, álcool e de um modo geral boa disposição. Repito um problema serio não nos cria boa disposição e a população que veja imagens do protesto em que veja gente a brincar vai ficar com uma má impressão.
O actual problema não se resume ao jovens licenciados de capa e batina mas a todos os portugueses. Desde a criança que vai para a escola e desmaia porque não têm acesso a alimentação adequada, até ao idoso que vive com uma reforma precária de 200 euros. Tudo isto é precariedade. BASTA! de corrupção. Sim ao estado social, sim ao liberalismo (diferente do actual hiper-liberalismo) sim ao fim das redes de crime organizado que durante a década de 90 destruíram todo o sistema produtivo português até ficarem apenas os grandes grupos económicos que estão na mão das redes. E nada disto se faz sem libertar o sistema de justiça dos elementos da rede de crime organizado que domina o país. Investigadores e juízes são actualmente coagidos a não avançarem com investigações que ponham em causa a rede e os seu membros.

5-mais recentemente têm tentado colar-se ao protesto. Deslocando-se da posição de alvo para a posição de atacante: mas e quem fica como alvo?



p.s. as cores introduzidas e os sublinhados são da responsabilidade doi autor do blogue.






















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