Trabalho visual. J. A. M. |
Olho-te
agora de longe. O teu rosto enaltece a luz que ainda cai entre os muitos ramos
das enormes árvores à-volta e ao mesmo tempo é uma luz que se procura saída de
dentro de ti. Com um sorriso, ao de leve apenas, como 1 pássaro suave que já
passou. Entre ti & o momento, entre ti e a tua discreta doação ao que no
fundo já sabes ser, reparei agora nesse momento fugaz entre o marulhar dos
peixes na água e os teus pés à-beira descalços e acesos no meio da fogueira que
por ora quero imaginar.
Por
detrás de ti havia plantas e flores despidas ao sol com aromas em brandas
chamas, havia borboletas amarillas lúcidas e loucas sem dono agrupadas às
voltas, e foi então que eu vi que eras uma pequena deusa ali descida, sem
testemunhas, e prometi voltar sem o saber.
( Rascunho Nº 38)
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