12.11.11
msgs a Garcia
" A semente que, após ter ficado oculta por algum tempo sob a terra, brota e viceja, ensina-nos"
11.11.11
9.11.11
kalungando
quanto + sei menos sei
&
mesmo acerca disto tenho dúvidas
-JA kalunga -
&
mesmo acerca disto tenho dúvidas
-JA kalunga -
& há abismos assim
... de tanto azul nos olhos já vejo
cor-de-lsranjas a dançarem, bem
vivas nos seus gestos
circulantes
como as estrelas, todos os universos
se aliceçam
em curvas
como a luz ke chega até nós
& o Sol é uma miragem apagada
de voz visivelmente própria há o eco
e, nada + direi.
em palavras as sombras são espesssas.
(algures.Nov.2011)
cor-de-lsranjas a dançarem, bem
vivas nos seus gestos
circulantes
como as estrelas, todos os universos
se aliceçam
em curvas
como a luz ke chega até nós
& o Sol é uma miragem apagada
de voz visivelmente própria há o eco
e, nada + direi.
em palavras as sombras são espesssas.
(algures.Nov.2011)
8.11.11
6.11.11
série: Diásporas ( Meiri )
Os lençóis negros da noite desciam, tombavam, adormeciam colados uns aos outros, como folhas de árvores outonais, que no chão se voltam ajuntar.
Depois de várias voltas por N ruas obscuras da cidade pareceu-me que era por ali que a festa começava a fervilhar. No passeio de uma rua desamparada, encontrei um banco á minha espera e pedi mesmo ali á Sr.ª da rolote uma cerveja bem gelada. Recostei-me, costas com parede e vice-versa e pus-me a pastar vacarosamente o olhar à volta. Havia de tudo o que era gente, jovens em grupos soltos e felizmente assim, pessoas solitárias, alguns com ar de quem procura desespiradamente libertarem-se daquilo, outros já mais ancorados nas suas derradeiras sortes, havia casais apaixonados que nem pássaros azurumbados, havia também mulheres de todas as cores, e as mais belas prendiam-me o olhar por mais tempo e logo depois, desapareciam pelas portas dos vários bares de onde se soltavam molhadas de canções, e de quando em quando tudo aquilo fundia-se no fundo mais epidérmico de mim próprio e dava-me sede para mais uma cerveja.
Por cima, a grande escuridão universal salpicada de estrelas & uma clara sensação a vastidão completamente alheada de tudo.
A incerta altura, uma menina sozinha, por dentro e por fora, aproximou-se de mim, de cerveja na mão e sentou-se a meu lado. Depois continuou calada, ancorada e eu também não, de cerveja na mão. Encostou a sua tristeza desarmada no meu ombro abrigada e eu comecei a falar. As minhas palavras eram peixes criados ali, para o seu mar. Sem darmos por isso, pousámos os olhos nos olhos & começámo-nos beijar. Já o seu fundo sereno tinha outro brilhar. E uma paixão qualquer apareceu naquele lugar. Claro que o dia nasceu sem nos avisar.
4.11.11
poema ainda cem título(s)
Saudar o Sol 3 vezes
Saudar a Lua também 3 vezes
Saudar o Dia 3 vezes
Saudar a Noite também 3 vezes
... ... ... ...
são assim os meus dias
e nos intervalos, passear-me
por entre florestas com muitas cores
( nas árvores, nas plantas, nas flores, nos animais, sobre -
tudo, às vezes, nos pássaros a iluminarem o azzul
em arco-irieis cheios de leveza e canções mudas
de amores assim mas, só eles é ke sabem ; ~ )
dizia eu, passear-me também escutando
o meu grande amigo de sempre
uma onda & depois outra
onda
e depois, ainda outra :
onda que chega
adormecer aos meus pés nus
mas não é bem verdade, tudo volta a ser
de novo a mesma-onda-outra vem beijar-me
as mãos, quando me inclino naturalmente
sobre a : Vida
e aceito o sal da água, enfim
já ancorado em mim
sei, como sou pikeno e ainda sou salgado demais
para as visões que me acontecem
pois pressinto que andam por aqui alguns deuses,
demasiado perto ouço as luzes, esqueço o medo
aos poucos, também vou perdendo a escuridão
e deixo-me esquecer de Todo,
aquilo que fui era 1 esboço de ser
que agora acorda para uma outra imagem
do ser em vã miragem, essencialmente, vã : como todas
no entanto, vou continuar a saudar
o Sol, a saudar a Lua
a saudar o dia & a noite, porque é por aí
que me vem o eko das fontes lá longe
onde as águas cristalindas das estrelas mais belas
cantam e cantam & encantam os meus ouvidos
( koisa escrita em Agosto de 2007 )
3.11.11
série: Diásporas. ("... A dor é inevitável. O sofrimento é opcional " )
J. A. M.
- Definitivo -
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
( Carlos Drumond de Andrade. Br.)
série: Diásporas (São Vicente. Cabo Verde)
- Mindelo -
O céu cheio de manchas cinzentas umas mais, outras menos escuras, sobre um fundo que se sente azul pelos hábitos ke trazemos doutras bandas e por vezes, até vai sendo.
O "monte cara" lá ao longe, sempre pousado na sua lonjura pensativa & sempre tão presente na alma de cada mindelense, o aroma nostálgico do ser de uma ilha com as raízes mergulhadas no oceano Atlântico, os sons de uma morna abrindo a noite como quem pede licença mas já entrou e já se instalou suave e inteira, abrindo os braços a quem quiser star, a menina de camisa encarnada e mini-saia-azul-abertamente com as duas coxas de ébano demoradamente nuas e brilhantes até um determinado ponto inexacto, os 2 amigos calados mas unidos a 2 copos de grogue, a outra menininha de camisa cor-de-rosa e 4 totós verde-alface no cabelo encarapinhado a chupar uma manga pela boca a dentro e uma gota docemente a cair-lhe pelo queixo até à mão naturalmente aberta da mãe absorta, aos sons do cantor, unindo-nos a todos num só lugar e depois lá fora,
vislumbro através do feixe de luz da porta meia-aberta, os ruídos dos táxis que vão e vêem dos seus destinos, e ali, mesmo à minha frente, alguém vai sentado de lado numa bicicleta que desliza não estou mesmo a entender, como é aquilo?
(Cabo Verde.Mindelo.2005)
1.11.11
“O dia de hoje jamais voltará. Cada momento é uma jóia preciosa”.
It is impossible to take off if we remain stubbornly stuck to the ground.
31.10.11
sei lá
Estremece a estrela que vive naturalmente
aberta à escuridão
& nos 2 olhos cintila
o véu do instante, a aparência maior
do que é superfície e aí se afoga
na multidão dos dias a vida é mecânica
Vejo nos gestos o silêncio amparado
pelo silêncio que aspiro
o lugar onde qualquer semente pensa
sonhando com tudo
pois nada do que é fruto
acontece sozinho.
Set. - 2009
29.10.11
kalungando
- mi lembrei du ôtro que pregava aos peixes, já agora, pinsei comigo a sós & para vocemecês também:
caroço de fruta verde é veneno.
JA kalunga
caroço de fruta verde é veneno.
JA kalunga
28.10.11
imagem construída - J.A. M.
"Todo luxo deve ser pago, e tudo é um luxo, começando com estar no mundo ".
Cesare Pavese
10º pedaço. para 1 livro que há-de ser se fôr
(...) e a gente bate a uma porta aki ao lado outra a seguir outra mais além, & nenhum movimento kuadrado estremece os nossos olhos circulares ... ke tristeza (meu d+eus) penso, sem me dar por isso: está tudo a dormir por dentro ? Ou já estarão mortos ?
é o que mais vejo todos os santos dias...
pouco penso no que acontece assim, nesta Altura da koisa ...enquanto algo desce.. ou agora já estará em si ou em ti, o ke sei eu ?
pouco penso no que acontece assim, nesta Altura da koisa ...enquanto algo desce.. ou agora já estará em si ou em ti, o ke sei eu ?
Arrumo o raciocínio no aprumo do coração... escolho as possibilidades possíveis verticalizando o meu íntimo ser... aproximo-me de mim & de TUDO... centro-me afinal
e do que vai contecendo, encontro! ou serão as coisas que me encontram ?
e do que vai contecendo, encontro! ou serão as coisas que me encontram ?
... depois, á-minha-volta reparo que há - a bem dizer - uma noite claramente esclarecida onde só pode ser cada 1 a libertar os sonhos aprisionados por akeles antes que ainda não estarão lá , em suas casas,
&
o que importam, as circunstãncias, nunka te lembraste ?
pois
o que já lá vai, já foi
eteceteras
(...)
- Set. 2010 -
26.10.11
( 13º pedaço. para 1 livro que há-de ser se fôr )
(...) talvez tenha sido Goethe que disse : "o mais pequeno dos cabelos projecta sombra".
Salvo erro, também foi ele que me soprou no ouvido esq.º há dias : "as pessoas conhecer-se-iam melhor mutuamente se não quisessem sempre comparar-se umas às outras".
- o que será que isto tem haver com o Outono , a chuva lá fora mal lava as poucas vidraças da minha palhota onde me encanto acordado tanto quanto possível?
Por vezes, dá-se, recebe-se, aprende-se sempre, solta-se uma dika & o resto fica à mercê de quem pode, pois tenho dias outras vezes tenho noites, em que creio, com a convicção da Altura, que kerer é desperdiçar muitas coisas.
- o (a)parente emaranhado adensa-se, eu vejo como é difícil centrar, organizar, disciplinar ambos os olhos directos à fonte, poderei até dizer: embora haja o Sol, tantas vezes os vi a dizerem-me: olha ke te faz mal à vista.
Por vezes, dá-se, recebe-se, aprende-se sempre, solta-se uma dika & o resto fica à mercê de quem pode, pois tenho dias outras vezes tenho noites, em que creio, com a convicção da Altura, que kerer é desperdiçar muitas coisas.
- o (a)parente emaranhado adensa-se, eu vejo como é difícil centrar, organizar, disciplinar ambos os olhos directos à fonte, poderei até dizer: embora haja o Sol, tantas vezes os vi a dizerem-me: olha ke te faz mal à vista.
Aconchego-me sob a sombra do tal pequeno cabelo de Goethe. Ele aceitar-me-á pois assim é o meu tamanho, distraído que anda a vislumbrear outros horizontes, que eu se fosse mulher quiçá invaginasse, tal é a interna intuição de quem naturalmente prolonga a humanidade.
Mas na verdade vos digo, ralar-se-á ele com estas koisas ?
Quanto às comparações alumiadas no início, o Alto é baixo é alto e Baixo, "uma mão que bata palmas", eteceteras, koitado de quem é maneta, basicamente na alma.Kuanto aos cegos , neste lugar de penumbras, tenho a impressão que jáprendi que lá por existirem não demonstram a inexistência da luz.
.. e, lá fora a chuva insiste em ser mansa como os sonhos da passarada aninhada nas árvores do meu jardim, agora o silêncio parece a b s o luto (...)
(8. Out. 2010.Série.)
25.10.11
boKas " científicas "
imagem fractal
“ 1 ser humano é parte de um Todo chamado por nós de Universo, é uma parte limitada no tempo & no espaço.
Ele experiencia-se a si mesmo, aos seus pensamentos e sentimentos, como alguma coisa separada do resto - uma espécie de ilusão de óptica da sua consciência.
Essa ilusão é uma forma de prisão para nós. A nossa missão é libertarmo-nos dessa prisão, alargando os nossos círculos, para envolver todas as criaturas vivas & o Todo da Natureza na sua Beleza.”
- Albert Einstein, “ Ideas and Opinions ”. 1954. (Tradução livre) -
kalungando
( a propózito das vossas pressssas tãotanto apesssadas, limbreime agora !)
- vocemecês, já enxergaram uma árvore a correr mesmo ?
ou uma maçã a fugir da sua macieira?
ou, uma flor a pirar-se do seu aroma ?
- inTÃO ?
( dipoes, eu pinso: "tarei a falar prós peixes como u outro ?"
pelo sim pelu não ká voo dizendo ~ ~ ~ )
JA kalunga
- vocemecês, já enxergaram uma árvore a correr mesmo ?
ou uma maçã a fugir da sua macieira?
ou, uma flor a pirar-se do seu aroma ?
- inTÃO ?
( dipoes, eu pinso: "tarei a falar prós peixes como u outro ?"
pelo sim pelu não ká voo dizendo ~ ~ ~ )
JA kalunga
msgs a Garcia
" The significant problems we face can not be solved at the same level of thinking we were at when we created."
(Albert Einstein)
-.-
"Los problemas significativos que enfrentamos no pueden resolverse al mismo nivel de pensamiento que teníamos cuando los creamos."
(Albert Einstein)
-.-
" Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos."
(Albert Einsten)
(Albert Einstein)
-.-
"Los problemas significativos que enfrentamos no pueden resolverse al mismo nivel de pensamiento que teníamos cuando los creamos."
(Albert Einstein)
-.-
" Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos."
(Albert Einsten)
msgs a Garcia
" Você pode fumar tanto quanto quiser. Eu lhe garanto que isso não é pecado. Se você encontrar Deus no dia do Julgamento Final, basta dizer-lhe que sou eu o responsável. O pecado pode recair sobre mim. Não se preocupe. Relaxe e não tente parar fazendo esforço, pois isso não ajudará em nada.
A minha sugestão é que você fume de forma meditativa. Se os adeptos do zen-budismo podem tomar chá de forma meditativa, por é que você não pode fazer algo parecido? O chá, aliás, contém os mesmos estimulantes que o cigarro, não há muita diferença. "
( osho)
24.10.11
there are more Art in a flower than in all of the genius works painting of the world, together ~ tiene más Arte una flor de lo que en toda la pintura de los génios del mundo, juntos ~ há mais Arte numa flor do que em todas as obras geniais de pintura do mundo, juntas ~ On enemmän taidetta kuin kukka kaikissa töissä nero maalaustaiteen maailman yhdessä ~ Det är mer konst än en blomma i alla verk av genialitet att måla i världen, tillsammans ~ 艺术超过了世界上所有的绘画作品花更多的天才,加上
23.10.11
perché gli esseri umani hanno paura di altri esseri umani ?
máter
j. a. m.
"É bom lembrar que as associações entre sistema de acasalamento e forma de cuidado com a prole não são regras fixas, e que, na natureza, sempre existem exceções.
Um exemplo são os saguis, que, embora sejam mamíferos, apresentam cuidado biparental. Entre estes pequenos primatas, a fêmea alimenta os filhotes enquanto cabe ao macho carregá-los, transportando-os pelas árvores."
msgs a Garcia
“ Mais abençoado é dar que receber ”
( Bíblia – Atos : 20.35 )
( Bíblia – Atos : 20.35 )
hà coisas do diabo : Já fui ao Paraíso
Há coisas do diabo. Já fui ao Paraíso.
& voltei.
Era um lugar sem a Xatice dos turistas, a uns bons quilómetros de Recife, em direcção a um dos pontos cardiais deste vasto Mundo.
Estava já quase akordado na cama do meu quarto, no Hotel Europa, quando a Ana & a Joyce abriram a porta cheias de sorrisos floridos e me convidaram para dar um passeio pelas franjas de Gaibu
lá fomos, que nem 1 trio harmonia pelo dia adiante
passámos pela linda praia de Calhetas, onde vi ondas debruçadas sobre a própria espuma e espuma e mais espuma sempre, depois de serem verdes-esmeraldas e azul-turquesas, e também vi ! uma foto do jovem Eusébio no bar lá do sítio, ao lado de N ilustres que por ali tinham po(u)sado algures, ao longo dos seus destinos.
Depois, continuámos a caminhar por entre árvores, plantas e flores de muitas cores e aromas, até que, a incerta Altura, num morro inesperado e cheio de - azul MT azul do céu - vislumbrei uma tabuleta tosca de madeira com a palavra: “ PARAÍSO ”.
Minhas companheiras apanharam o meu ar aparvalhado & eu apanhei-as a sorrirem apenas cúmplices.
- U ke é que eu tinha a dizer?
lá descemos entretidos com os pés de cada um, a saltarem de pedra em pedra, até que desembocamos numa espécie de praia com a água muitoMasmuito transparente e a areia visivelmente prateada pelo pôr-do-sol que se diluía pelas águas até ao esquecimento.
Sentámo-nos a olhar & a escutar o Mundo através daquele ponto de vista, dentro do ponto de vista de cada 1 & os três sentadosjuntos com as 6 vistas desarmadas, despidas, deliradas.
Já não sei, e pouco me importa, o tempo (o tempo?...) que poisámos ali, a respirar aquele simples paraíso tão simples real mente em tudo. Lembro-me vagamente que as palavras eram
koisas a mais e a ninguém lhe passou pala cabeça falar de tal coisa
~ ~ ~
kuando regressámos a Gaibu, numa camioneta que ainda cirandava, já lá estava instalada
uma noite klaramente aberta á nossa esfera
- Brasil - Algures perto de Recife . data : ? séc.XX -
( texto publicado em : 24.25-05-2006 - Pernambuco-Brasil.2004.)
& voltei.
Era um lugar sem a Xatice dos turistas, a uns bons quilómetros de Recife, em direcção a um dos pontos cardiais deste vasto Mundo.
Estava já quase akordado na cama do meu quarto, no Hotel Europa, quando a Ana & a Joyce abriram a porta cheias de sorrisos floridos e me convidaram para dar um passeio pelas franjas de Gaibu
lá fomos, que nem 1 trio harmonia pelo dia adiante
passámos pela linda praia de Calhetas, onde vi ondas debruçadas sobre a própria espuma e espuma e mais espuma sempre, depois de serem verdes-esmeraldas e azul-turquesas, e também vi ! uma foto do jovem Eusébio no bar lá do sítio, ao lado de N ilustres que por ali tinham po(u)sado algures, ao longo dos seus destinos.
Depois, continuámos a caminhar por entre árvores, plantas e flores de muitas cores e aromas, até que, a incerta Altura, num morro inesperado e cheio de - azul MT azul do céu - vislumbrei uma tabuleta tosca de madeira com a palavra: “ PARAÍSO ”.
Minhas companheiras apanharam o meu ar aparvalhado & eu apanhei-as a sorrirem apenas cúmplices.
- U ke é que eu tinha a dizer?
lá descemos entretidos com os pés de cada um, a saltarem de pedra em pedra, até que desembocamos numa espécie de praia com a água muitoMasmuito transparente e a areia visivelmente prateada pelo pôr-do-sol que se diluía pelas águas até ao esquecimento.
Sentámo-nos a olhar & a escutar o Mundo através daquele ponto de vista, dentro do ponto de vista de cada 1 & os três sentadosjuntos com as 6 vistas desarmadas, despidas, deliradas.
Já não sei, e pouco me importa, o tempo (o tempo?...) que poisámos ali, a respirar aquele simples paraíso tão simples real mente em tudo. Lembro-me vagamente que as palavras eram
koisas a mais e a ninguém lhe passou pala cabeça falar de tal coisa
~ ~ ~
kuando regressámos a Gaibu, numa camioneta que ainda cirandava, já lá estava instalada
uma noite klaramente aberta á nossa esfera
- Brasil - Algures perto de Recife . data : ? séc.XX -
( texto publicado em : 24.25-05-2006 - Pernambuco-Brasil.2004.)
22.10.11
KALUNGANDO
( lá tava, meu amigu eskavando sua "obra" ~ à sombra da sua bananêra, pois, klaru ~
(.......)
- Intão, amigu, sempre artistando ?
- humm ~ ~ ~
- 2 ouvidos & uma boka, né ?
- ...
- pois,
( isto de artista á ke respeitar, pinsei eu cá c/ os os meus botões da camisa ke tinha lá nu palhota do sanzala )
e lá fui adiante, a ver se enkontrava a MariaBunda SempreàSombra.
tem sempre boa conversa pra trokar
&
tb bons silencios
pra
crescer
( JA kalunga - 23.Out.-2011 )
(.......)
- Intão, amigu, sempre artistando ?
- humm ~ ~ ~
- 2 ouvidos & uma boka, né ?
- ...
- pois,
( isto de artista á ke respeitar, pinsei eu cá c/ os os meus botões da camisa ke tinha lá nu palhota do sanzala )
e lá fui adiante, a ver se enkontrava a MariaBunda SempreàSombra.
tem sempre boa conversa pra trokar
&
tb bons silencios
pra
crescer
( JA kalunga - 23.Out.-2011 )
boKas
algures, 1 sr. Poeta português ( ainda vivo graças a d+Eus aos ke o lêem & escutam e kiçá a ele propriamente dito ) disse algures, por outras palavras* , +/- isto :
"o que me lixa é o ritmo dos outros".
Da minha lavra, apetece-me akrescentar aqui & agora isto:
" demasiado ritmados por fora e por dentro nem por isso"
* Exp. de Pintura-Desenho-Intervenção, intitulada " Por Outras Palavras", Galeria Labitintho - Porto, 1995.
do artista-visual José Alberto Mar
"o que me lixa é o ritmo dos outros".
Da minha lavra, apetece-me akrescentar aqui & agora isto:
" demasiado ritmados por fora e por dentro nem por isso"
* Exp. de Pintura-Desenho-Intervenção, intitulada " Por Outras Palavras", Galeria Labitintho - Porto, 1995.
do artista-visual José Alberto Mar
(foto) j. a. m.
agora permanecer e estabilizar
na minha própria essencialidade
anterior às palavras
anterior aos conceitos,
anterior à mente.
msgs a Garcia
Navegue em direção ao horizonte, lá onde o céu copula com a terra.
~ 22.10.11 ~
~ 22.10.11 ~
21.10.11
msgs a Garcia
"(...) A pesar de la frecuencia con la que aparecen en novelas y películas de ciencia ficción, los universos paralelos no eran, hasta ahora, más que una especulación científica.
Sin embargo, matemáticos de la Universidad de Oxford han demostrado que existen en realidad.(...)
~ 20.10.2011 ~
Sin embargo, matemáticos de la Universidad de Oxford han demostrado que existen en realidad.(...)
~ 20.10.2011 ~
msgs a Garcia
Escultura - j. a. m.
" O que está em cima é como o que está embaixo,
e o que está embaixo é como o que está em cima,
e por estas coisas fazem-se os milagres de uma coisa só."
20.10.11
mercado de Sucupira
8 horas e tal, as mãos cheias de moscas ou várias às vezes e, uma delas está a poisar-me AGORA!
...... Zás !!!
...apanhei-te...
e
depois olho
mas nem a vejo caída redonda no chão…
então, após uma cachupa num prato de lata redondo mesmo, no interior de uma antiga camioneta transformada em "restaurante", estou numa mesa à porta da dita a colher imagens da gente que vende coisas, que compra algumas dessas coisas e da gente que passa de um lado para o outro e vão abrindo naturalmente o ar que as ampara
No geral, "a coisa está preta". Depois, começa a levantar-se através das cores das roupas. Dá-me a impressão, ainda sujeita a posterior confirmação, que é o vermelho o eleito. Impõe-se só por si é evidente, mas também é muito abusado. A seguir, há os amarelos e os verdes de N tons. O verde-alface é considerado por aqui. O branco, obviamente.
uma jovem mulher expõe de 1 modo exactaente vertical uma garrafa grande de água com o aspecto de estar bem fresca e espera alguém que a leve. Tem uma bunda maravilhosa e sei lá porque é que olhei para este caso.
alguém transporta carne de um animal já muito morto numa bacia de plástico cor-de-laranja em cima da cabeça, mas o que eu vejo com estes dois olhos que a terra há-de comer, é uma chusma de moscas enlouquecidas com o manjar. Irão pesar as moscas também, aquando do negócio? Ou, serão o brinde, concerteza.
Lá ao longe o céu está assim-assim-escurecido, sei lá o que vai ser & já transpiro bastante.
passa por aqui uma menina pinheirinha, retocando os cabelos e a treinar o gingar das ancas que ainda se estão abrir às sementes que um dia virão e lá vai ela muito compenetrada no seu papel à espera de ser amada quando acontecer e será para breve, vê-se.
ali vai um "preto" de rádio na mão esquerda junto ao ouvido do mesmo lado, inclinado e é música que não tenho tempo de saber, mas com aquele ar tão feliz é boa música com certeza.
Ainda
as eternas mangas ao lado sempre as bananas juntas ao quilo, a evidente e dura realidade da sobrevivência.
E são as Mulheres que erguem - sempre rodeadas de ninhadas de filhos - toda esta trabalheira. Cumprem-na devotadas, depois desenlaçam-se e ao fim da noite encostam ao de leve a cabeça a uma esperança que nunca entendi, mas já senti, e ficam assim à espera, do que será meu deus? O papel dos homens por estas bandas, parece-me que é atirarem-se a elas esporradicamente como bons machos com cio e depois basarem logo na primeira esquina para as luzinhas do grogue ou de outras sombras quaisquer alinhadas na preguiça ou desenrascarem mais um poiso temporário , muitas vezes numa outra ilha deste arco verde, por onde vão cumprindo os seus profundos ofícios de marinheiros vagabundos.
Estas Mulheres são as raízes destas 10 ilhas
- o resto é mar, mar e mais mar
e depois, ainda
o mar
- Cabo Verde. Praia. Algures , Agosto de 2008 -
19.10.11
msgs a Garcia : made in portugal
- O Futuro de Portugal -
O que calcula que seja o futuro da raça portuguesa?
( Sr. f.p., in, " Portugal entre Passado e Futuro " )
O que calcula que seja o futuro da raça portuguesa?
" O Quinto Império. O futuro de Portugal — que não calculo, mas sei — está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus.
Esse futuro é sermos Tudo.
Quem, que seja português, pode viver a estreiteza de uma só personalidade, de uma só nação, de uma só fé? Que português verdadeiro pode, por exemplo, viver a estreiteza estéril do catolicismo, quando fora dele há que viver todos os protestantismos, todos os credos orientais, todos os paganismos mortos e vivos, fundindo-os portuguesmente no Paganismo Superior?
Não queiramos que fora de nós fique um único deus! Absorvamos os deuses todos! Conquistamos já o Mar: resta que conquistemos o Céu, ficando a terra para os Outros, os eternamente Outros, os Outros de nascença, os europeus que não são europeus porque não são portugueses.
Ser Tudo, de todas as maneiras, porque a verdade não pode estar em faltar ainda alguma cousa!
Criemos assim o Paganismo Superior, o Politeísmo Supremo! Na eterna mentira de todos os deuses, só os deuses todos são verdade."
( Sr. f.p., in, " Portugal entre Passado e Futuro " )
ALGURES
estou na ponta d, areia . Sentado, nas sombras
o guarda-sol é cor-de-laranjas maduras e à minha frente há o mar vivo e aceso.
No céu vários tons azuis luminosos descem naturalmente sobre tudo o que é a vida.
À minha volta, o povo espraia-se finalmente no seu sábado.
há gazelas morenas, umas a seguir às outras, é difícil acompanhar com a devida atenção tantos ritmos ondulantes e belos, sob este sol de deus.
também as crianças vivem à-solta por aqui, onde o mar deslaça dia-e-noite as suas ondas e, elas as crianças, dão cambalhotas e correm chapinhando a água dócil, entre pikenos sal/tos, de quem está mesmo felizmente feliz e quer continuar assim.
Passa alguém com uma caixa transparente pelo braço e leva ovos de codorniz, camarão cozido, umas comidas que outros irão comer: concerteza.
Olhando para trás, vejo 2 candeeiros públicos ainda acesos a despontarem por entre os Altos verdes das árvores sossegadas e claramente alheadas do assunto.
é de lá - dessas bandas que chega
até aqui aquela música popular, sempre a tocar as esferas do coração. Tem jeitos de frases muito simples e até bem fundas se as deixarmos espalharem-se pelo nosso próprio corpo inteiro. Muitas pessoas, cantam-nas em grupos e alegram-se simplesmente assim.
1 papagaio caiu tombou mesmo agora a meus pés e só agora enxergo que é feito de plástico que já foi saco de super-mercado, mais uns pauzinhos de coqueiro aliados e ainda mais agora, o menino já o ergueu no ar e aquela coizinha frágil, como Tudo, dá curvaS sozinho com a sua cauda louca sem tino esburacando o espaço, rodopia veloz e depois..,
já nem tanto..
kai
no chão sólido do mundo e a criança continua a ser uma criança a brincar e já é muito, tomara eu.
A menina do bar + crescida, mini-saia de ganga boa perna, camiseta vermelha viva desabotoada até incerto ponto, de bandeja prateada pelo sol + incandescente na mão esquerda, já aviou mais umas cervejas "Sol", a uns jovens que estão prá+lí+num+forrobodó, evidente.
Um bandozito de pardais passa à frente do meu olhar a rasarem o grande areal, com cadeiras & mesas, azuis, vermelhas, brancas e cinzentas.
E,
desaparecem numa curva uníssona do tempo," o que é feito deles?", pensei, enquanto uma outra parte de mim ainda se regala a fazer jogos infindáveis com as cores do cenário.
Lá adiante, lá memo ao fundo, uma tira horizontal de água evidentemente salgada mais cintilante ao brilho, parece fazer-me um apelo secreto e bem pessoal, mas agora não me apetece falar disso
- Brasil -
o guarda-sol é cor-de-laranjas maduras e à minha frente há o mar vivo e aceso.
No céu vários tons azuis luminosos descem naturalmente sobre tudo o que é a vida.
À minha volta, o povo espraia-se finalmente no seu sábado.
há gazelas morenas, umas a seguir às outras, é difícil acompanhar com a devida atenção tantos ritmos ondulantes e belos, sob este sol de deus.
também as crianças vivem à-solta por aqui, onde o mar deslaça dia-e-noite as suas ondas e, elas as crianças, dão cambalhotas e correm chapinhando a água dócil, entre pikenos sal/tos, de quem está mesmo felizmente feliz e quer continuar assim.
Passa alguém com uma caixa transparente pelo braço e leva ovos de codorniz, camarão cozido, umas comidas que outros irão comer: concerteza.
Olhando para trás, vejo 2 candeeiros públicos ainda acesos a despontarem por entre os Altos verdes das árvores sossegadas e claramente alheadas do assunto.
é de lá - dessas bandas que chega
até aqui aquela música popular, sempre a tocar as esferas do coração. Tem jeitos de frases muito simples e até bem fundas se as deixarmos espalharem-se pelo nosso próprio corpo inteiro. Muitas pessoas, cantam-nas em grupos e alegram-se simplesmente assim.
1 papagaio caiu tombou mesmo agora a meus pés e só agora enxergo que é feito de plástico que já foi saco de super-mercado, mais uns pauzinhos de coqueiro aliados e ainda mais agora, o menino já o ergueu no ar e aquela coizinha frágil, como Tudo, dá curvaS sozinho com a sua cauda louca sem tino esburacando o espaço, rodopia veloz e depois..,
já nem tanto..
kai
no chão sólido do mundo e a criança continua a ser uma criança a brincar e já é muito, tomara eu.
A menina do bar + crescida, mini-saia de ganga boa perna, camiseta vermelha viva desabotoada até incerto ponto, de bandeja prateada pelo sol + incandescente na mão esquerda, já aviou mais umas cervejas "Sol", a uns jovens que estão prá+lí+num+forrobodó, evidente.
Um bandozito de pardais passa à frente do meu olhar a rasarem o grande areal, com cadeiras & mesas, azuis, vermelhas, brancas e cinzentas.
E,
desaparecem numa curva uníssona do tempo," o que é feito deles?", pensei, enquanto uma outra parte de mim ainda se regala a fazer jogos infindáveis com as cores do cenário.
Lá adiante, lá memo ao fundo, uma tira horizontal de água evidentemente salgada mais cintilante ao brilho, parece fazer-me um apelo secreto e bem pessoal, mas agora não me apetece falar disso
- Brasil -
18.10.11
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