José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

29.9.18

Mudanças

autor: j. a. m. ( 85X65 cm, 2014. obra pertencente ao Sr. Eng.º Jaime Godinho)




















 "Hinech Yafa" - Michal Elia Kamal: https://youtu.be/x3QY4qv-DEo

desenho: j. a. m.

























Zeca Afonso - Vejam Bem: https://youtu.be/Io_RidA1mlI

28.9.18

Porque hoje é Sexta~Feira ( " Belas mulheres varrendo os ares labirínticos / com a nudez das coxas aplainadas na Beleza" )

koisas de Cuba

"A Viagem". foto: j. a. m. Trinidade, playa Maria Aguillar, 2018.

















em cima de asas brancas estou
sonhando céus para além dos azuis
o alvorecer da madrugada
as grandes & pequenas portas translúcidas
o som do ouro no olhar
águas luminosas da grandiosa fonte
transbordam
o ser no ser
o estar no estar.



(rascunho.18-08-18)

koisas de Cuba

desenho de Carlito, 9 anos ( "El Robot")
Repare-se no enorme coração do robô, nas suas Asas
y en los pájaros en el aire




el árbol de graviola está allí y estoy aquí. Ambos
nosotros estamos onde também estamos.

  yo hablé hablado con sentimiento con ella,

tiene frutos todo el año
 y todos los días me oferece
2 ou 3 frutos maduros do seu labor.


- Escuto os relâmpagos, la lluvia + o - que baja
re/paro como las calles ficam  com águas sobradas

igualmente mais frescas.

As pessoas sentam-se às portas das casas

el calor por allí es bien aireado
y hablan de las cosas de la vida






( Trinidade. Agosto -2018 )



- Rascunho  Nº 9 -

27.9.18

Publicidade ao Serviço do Cidadão ~ CABO VERDE ~ Dia dos Oceanos

postais














 Sr. Dr. zé kalunga


 Raul Seixas ( Tente Outra Vez ) : https://youtu.be/wx0wyD1sXFM

pintura de Ruco - Cuba


 Chan Chan (Angerona):

https://youtu.be/75kL5_DcGNQ

(série): DIÁSPORAS AO DEUS~DARÁ



hoje regressei ao Restaurante da Rosa


era uma porta vermelha 
(preâmbulo)
Fui jantar ao chinês ali ao lado. A patroa, a Rosa, continua com o mesmo rosto que tinha há uns 10 anos, quando a conheci num outro restaurante ainda era empregada, continua com o mesmo corpo, até o jeito leve de cirandar por entre as mesas e aquele sorriso tão amplo como contido, que eu nunca cheguei mesmo até . Fascina-me esta mulher de tão longe, a modos que frágil e sempre tão atenta aos meus saqués ).
E depois venho-me embora a tentar desembrulhar-me daquele sorriso que vai comigo até outra coisa qualquer se atravessar no meu caminho.


era a mesma porta vermelha?


Já há uns bons tempos que não ia a um restaurante chinês e então hoje, sei-lá-porquê, deu-me para ir ao Restaurante da Rosa, mas afinal a Rosa andava por outros jardins…
Mal entrei, fui atenciosamente recebido por uma jovem chinesinha que me abriu o espaço com uma larga simpatia que me surpreendeu. “isto já teve melhores dias”, pensei. Sentei-me, retribuindo q.b. a simpatia da menina com um sorriso até inesperadamente sincero lá no fundo.
Comi algo comestível, e o melhor foi a salada, mastiguei esquecidamente os vegetais que depeniquei na travessa, com o complemento direto de um Evel branco fresco e para enlaçar a coisa no fim: café & saqué de rosas.

Enquanto o laço não acontecia, olhei à volta para os Altos-relevos e as pinturas com o tal brilho eclético dos plásticos o que me seduz muitas vezes são as palavras desenhadas em mandarim, e olhando-as linha a linha, invento traduções rocambolescas, pois só cada uma dá pano para mangas.
Ponho-me a observar, comedidamente é claro, a empregada chinesa bem acompanhada pela luz morna do local, fininha, impávida, e tentei adivinhar-lhe algo de dentro dela mesmo, para além da epidérmica empatia já demonstrada.
Não estava a ser nada fácil chegar a tais portos... 

O café e o respetivo anexo chegaram, a pikena estava por aqui há 1 ano, respondeu-me, com o seu ar naturalmente aprumado, já arranha o português do cardápio e até um pouco mais e, mais uma vez, aquela incerteza de eu a olhar, olhos nos olhos, e ela espreitar-me sei lá de onde. Disse-lhe que era um antigo cliente da casa, perguntei-lhe onde parava a Rosa e ela disse algo de “Avero” (Aveiro?), acrescentei mais umas lerias oportunamente circunstanciais tentando prepará-la psicologicamente para me oferecer, por decisão própria se possível, o 2º saqué de rosas, que ao fim e ao cabo no tempo da Rosa era trigo limpo, ai que porra.
E eu gosto deste “bagaço”, não sei bem se é pelo saqué em si e o seu efeito em mim, se é pelas rosas, porque eu amo todas as flores, a natural vacuidade com que entram em nós, eu amo as suas cores, eu amo os aromas, as suas elegâncias, os silêncios, as sombras, a permanente entrega aos outros e a si próprias, Oh! como eu sou louco por flores. Sempre tão tranquilas sempre à mão de semear de qualquer mão amiga ou matreira, eu amo despudoradamente estas criaturas de Deus, que não se cansam de me ensinar coisas acerca das artes e da vida.
Entretanto dediquei-me ao café e ao tal néctar, que acontece em  cálices pequenos, rendilhados com dragões a fumegarem linhas curvas, e eis a piada da primeira descoberta: quando a coisa está cheia, a gente ao beber o primeiro gole repara que lá no  fundo está uma sr.ª toda descascada numa pose abertamente descarada e a gente olha e das duas uma, ou ficamos enlevados eternamente por caminhos lúbricos & afins ou então continuamos a bebericar, pois em princípio é este o objetivo do ato, enquanto a provocação se vai diluindo no fundo vazio do olhar e do esquecimento, até desaparecer de todo.

Bá-lá, entretanto a música? suave & calma, obrigava o maralhal ali presente, demasiado próximo ao meu território, a amainar a algazarra com que tinha entrado, o que eu agradeci muda e convictamente aos músicos chineses, aos deuses chineses e também portugueses e a tudo o que ocasionalmente tinha contribuído para tal. Cansado de vislumbrear, pedi a conta, que remédio, com um gesto arredondado de uma só mão (mas ainda com umas ténues esperanças do que seria provável acontecer-me) e o tal saqué de borla Lá Surgiu, meticulosamente colocado ao lado do raio da conta. Enfim, vale mais tarde do que nunca, e rejubilei saborosamente por ter reavido tal privilégio, atirando o último trago goela abaixo e sentindo-me deliciado com o fogo que se extinguiu melodiosamente pelo corpo todo.

Com tais sortilégios acontecidos, saí para a rua bem sr. de mim mesmo e do meu destino, fogueei 1 cigarro no meio da noite e algumas estrelas permitidas pela névoa citadina deixaram-me que tal acontecesse: neste antro insano de concorrências, foi milagre!





(V. N. Gaia. Douro Litoral. Portugal)



- rascunho Nº ? -




25.9.18

postais

obra de arte submersa em plástico. Autor da pintura: j. a. m.
-
postagem do Sr. Dr. zé kalunga

~.~

P.S. ouvi dizer que algo se passa na Fundação de Serralves, Porto, Portugal.



o " BURNOUT " ?

(  BURNOUT ? )
obra: j. a. m. 
-.-

notícia da SIC Notícias, 25.09.2018 09 h 15:


( Um em cada três trabalhadores em risco de " burnout " )


(série): DIÁSPORAS AO DEUS~DARÁ


foto: j. a. m., em Sidády Vêlha




A noite redOnda pela L.C. cai a luz caindo



 então, hoje perdi-me mais + no caminho para casa & sem quaisquer pressas mal dei por mim já estava na montanha sentado no descanso indeciso das cabras selvagens a olharem-me pasmadas e assim fiquei divagado pela luz que circundava a lua quando, sem saber o porquê, um jovem macaco pousou no meu ombro esquerdo e assim ficou vidrado pelas visões que eu colhia. A uns bons metros, sua mãe velava o encontro com apaziguada pachorra.

Demorei-me

a descobrir a casa no alto de outra montanha, fui até lá com o cajado dos sons do mar, lá ao fundo nos confins, a alumiarem-me os caminhos sem eu dar por isso.
Entrei pela janela pois nada de chaves por esta noite por amor a deus, acendi a luz e estanquei às portas do sono, escutando os galos as galinhas e uma mosca chata-chata que teimou em pâpia cu mi [1] até que 


(Sidády Vêlha. Ilha de Santiago. Cabo Verde)

- raskunho Nº 187 -




[1] “Falar comigo”, “conversar” (crioulo do Sotavento).






24.9.18

Vanessa Da Mata ( Gente Feliz )

a ciência do elefante

trabalho artístico de : j. a. m. ( vendido a colecionador anónimo por 10.000 libras )
~~~~

Dead Can Dance ~ Nierika: https://youtu.be/Fxo_gpGFXaU


Acorda




" torne-se presente e viva cada segundo da sua vida de hoje
 desperto e consciente para a vida "




link:

Recuerdos




"(...) verificadora de la realidad que deberá coincidir con sus recuerdos, debe poder confiar en su memoria y en la validad de su saber."




série : o(s) grito(s)

algures. foto. j. a m. + 2 amigos
~
os amigos são como girassóis nos nossos íntimos jardins.
mal escurecemos, eles iluminam-nos.



(série): DIÁSPORAS AO DEUS~DARÁ

foto: j. a. m.



Santo Antão, a ilha dos andarilhos



Quando cheguei a Porto Novo, através de um ferryboat que dançou toda a viajem desde São Vicente, dei-me conta que não tinha 1 escudo em algum bolso. Máquinas automáticas por ali também não. Mais uns minutos adiante o gerente da única dependência bancária no local, após uma conversa que tentou ser convincente & persuasiva e até o foi ao cofre da dita e depositou-me 10 contos na mão. Depois paga-meNada habituado a tais gestos apeteceu-me repentinamente beijar-lhe os pés, mas no lugar dos mesmos havia uns sapatos pretos a reluzirem que me estancaram a intenção e ainda fui a tempo do tal bom senso. Após as mais que necessárias palavras da ocasião, amanhã venho ká pagar-lhe/ não é necessário basta depositar nesta conta lá no Mindelo/ Muitíííssimo obrigado e aqui num gesto realmente espontâneo, fiz da sua mão dtª uma pérola entre as minhas duas mãos em concha, olhei-o direto nos olhos e disse-lhe algo onde as palavras não chegam, mas vi logo que ele tinha lá chegado. Os cabo-verdianos são pessoas de uma sensibilidade subtil muito rara e suspeito que a morabeza seja um dos frutos mais visíveis desse estar. [1]
Ficou um sorriso cúmplice matriculado no ar, algo de belo neste mundo, a que regresso algumas vezes pelos imperiosos acasos da memória ou os outros casos que não sei.

E saí para o sol que logo me abençoou num aconchego entre nós tão íntimo, tão normal, que me senti humildemente feliz com os meus botões, neste caso de rosas que brotaram de repente à frente dos meus olhos deslumbrados, kual milagre mais uma vez acontecido por estas paragens íngremes, suadas, deslumbrantes.
E então chamei a namorada que estava visivelmente em baixo devido à situação nesta outra altura já resolvida. Dei-lhe uma explicação por alto acerca do milagre acontecido, metemo-nos num “hyace” que estava por ali à espera de ficar cheio e lá fomos sem precisarmos de saber qual o destino. A certa altura o motorista resolveu fazer uma stopagem mais ou menos breve numa montanha altíssima cujo nome não me ocorre agora, mas ocorre-me muito bem a beleza estonteante das paisagens que se multiplicavam entre si nas incontáveis pontes do olhar. Lá em baixo o desenho de um telhado de milho seco outro além, mais uma cabra ou outro animal manso, ligados ao silêncio de basalto que murmurava algures num ribeiro vivo por aquelas “levadas”.

Desembocámos em Ribeira Grande *, um tanto ou quanto azoados pelos ziguezagues do percurso começámos por enxergar algumas casas juntas com as portas e as janelas de cores vivas claramente, o cheiro do marisco a toldar tudo muito parado aparentemente com as raízes afundadas nos desígnios de uma ilha, onde jovens dengosas deitadas sobre os muros das suas vidas & amornecidas pelo sol alongavam as belas pernas nuas para o mar que estava bravo & os machos entretinham-se convictamente a jogar o “úril” [2] entre os meandros das bolinhas verdes escurecidas por muitas gerações e protegidos pelas sombras bafejadas por um marmulano.

Como todos sabemos, quando estamos bem o tempo é outro [3] e, entretanto, chegou a hora já pago o bilhete de re-
torno lá me arrankei do lugar e só eu e Deus é que sabemos com que esforço transportámos dali os olhos os ouvidos o corpo inteiro a transbordar em ondas. Quando me aproximei de Mindelo num outro ferry ainda mais baloiçado reparei no habitual nevoeiro agora aceso pelo pôr-do-sol que acontecia sobre a cidade. Também re/parei que estava só e quase tinha a certeza de ter ido com a namorada.

                     
Desembarquei com aquele maralhal todos muito coloridos por todos os lados, à espera havia outros aromas atlânticos que me acompanharam até ao “café Poeta” onde troquei algumas frases com uns amigos acerca de algo que talvez fosse relevante na altura. Para variar, fui jantar à esplanada do Grande Hotel, bem acompanhado pelo bulício redondo da Praça Nova e, por fim, abri-me à noite mindelense e fiquei com a impressão que fui engolido pela mesma francamente já não me lembro de + nada


* link.



(ilha de S.to Antão. Cabo Verde)


- raskunho Nº 330 -

-----------------------------------------------------------------------------------------------


[1] " É por isso que te aconselho a tomares lição nessa gente para depois falares, com propriedade, da sua vida e das suas lutas. Se queres falar de dor, sofre primeiro. Sem isso não mereces o mandato”.
(Manuel Lopes, escritor.)

[2]  " Pensa-se que o jogo terá sido inventado pelos egípcios que depois o levaram para a Ásia e Filipinas. Mais tarde, chega à África Negra, e região do Sahara. Por volta do século XV ou XVI, os escravos terão levado o úril da África para a América, mas atualmente apenas há registo de que se pratica nas Antilhas”, explica Albertino Graça, praticante de úril e autor do livro “Jogo de Uril: Regras, Estratégia e Teoria” (Edição da ONDS - Organização Nacional da Diáspora Solidária, Mindelo).


[3] O que prova evidentemente a sua inexistência.

17.9.18

( 3ª postagem de: Sir aLgood )


(série): DIÁSPORAS AO DEUS~DARÁ




ESTRELAS APAGADAS

foto de J.A.M. - Póvoa do Varzim-Set.2018
~
http://www.ofportugal.com/cego-do-maio-jose-rodrigues-maio-um-verdadeiro-heroi-do-mar-portugues/

Já a noite tinha sido iniciada, os pescadores juntos sentados calados curvados olhavam presos por um fio emaranhado de leves & ondulantes pensamentos o horizonte como quem lia 1 texto antigo.
Entretanto as nuvens de um lado para o outro, fragmentariamente orquestradas pelo seu próprio destino, lá iam impavidamente diferentes. Nada se cruzava e tudo estava ligado.
Os barcos continuavam a baloiçar o cais. O mar sempre estivera ali como se fosse eterno. Como um eco longínquo que ainda perdura pelo poder dos olhares de muitas gerações.
E os pescadores aguardavam como quem espera e também não, a hora da partida. Em casa os filhotes choramingavam por comidas diferentes e as mães afagavam-lhes os cabelos, com um sorriso esboçado junto ao aconchego do útero.

Os pescadores, disse-me um dia um amigo vagabundo nas viagens, viraram estátuas fixas e ali estancaram para o gáudio dos turistas que acudiam aos magotes & as crianças agora pediam moedinhas com uma vida inteira moribunda nos olhares.




 J.A.M. 

(rasscunho Nº 171)



(Póvoa do Varzim. Douro Litoral. Portugal-1999)








( AVISO aos meus Leitores )



O José Alberto Mar, resolveu Avisar os seus leitores de que, existe um livro intitulado : " O Inventário do Sal " editado por ?, do poeta José Alberto Postiga *, mas que mercê de uma cambada de lapsos de pessoas , a meu ver, muito distraídas, digamos assim, circulou desde o seu lançamento num evento literário (Fevereiro de 2017), com a autoria de José Alberto Mar.
Na altura (e para que a presente tentativa de esclarecimento tenha a eficácia possível) o poeta  & artista visual, José Alberto Mar (pseudónimo registado na SPA , em 1988, + ano - ano), após ter sido informado de tais confusões, procedeu segundo aquilo que  as suas normas éticas lhe ditaram, mas perante a evidência de que realmente, (pareceu-lhe, na altura) existe o facto de haver pessoas com os habituais 2 ouvidos mas que não os utilizam, como creio bem ter sida a intenção de Deus ao oferecer-lhes tais apetrechos, então 1 tanto ou quanto consternado, entregou o caso às entidades que julgou serem as mais convenientes, em termos de uma pressuposta legalidade , para efetuarem o seu devido trabalho.

Como tinha um compromisso inadiável no estrangeiro & não tem tempo para estas trapalhadas, foi-se à Vida e , agora voltou ao assunto, simplesmente e somente, por uma questão de respeito para com os seus leitores atuais e eventualmente futuros.


* abraço.


Bem-hajam & desculpem a maçada.



José Alberto Mar

14.9.18

postais

Sr. Dr. zé kalunda
~
( presentemente em férias, como consultor do Rei, no Reino do Butão
-.-
P.S. houvesse , lá em Portugal, reis assim concentrados
 nas suas devidas funções  & bem humildes.

13.9.18

koisas de Cuba (2ª dose)




(...) também lhe obedeci.


Aquele facto em si, pareceu-me descabido para o momento cercando a noite deveras concentrada senti-o assim, mas estava 1  tanto ou quanto longe da alegria da vida, reconheci depois. Aos poucos aproximei-me perante a  teimosa imagem das asas impostas pela penumbra (a pirisca continuava acesa) - era uma ave  negra, fulgurante no seu estar ali realmente presente e também tinha havido uma noite de bréu que agora parecia resvalar para. Em função de ambos os lados, algo se deixava explodir como um sussuro por dentro* aparentemente ausente pela desatenção de quem  ainda não sabe. Era, mais uma vez, a figura da espiral no caminho, arquétipo de quem viaja. Então acendendo + um fogo que já era "Romeu & Julieta" (desde 1875), 1 charuto cubano dos buenos, disseram-me alguns amigos do ofício ( & lembro: que sei eu?foi nesta montanha de incálculáveis verdes & flores que só sonhei quando era criança, que eu aprendi como ser, um pouco, mais humano.
Enquanto a ave desaparecia sem deixar rasto algum. Para onde te  piraste, visita? Ainda hoje a vejo algumas vezes, enquanto adormeço: azul ou branca, cor-de-rosas, cor-de-laranjas, por aí.

* e os relâmpagos  sucediam-se & seduziam-me.





(Trinidade. Cuba.)


- rascunho Nº9 -


12.9.18

reflexos

"(...) Dir-me-eis - como também dizem os homens - que não tendes outro modo de vos sustentar. E de que se sustentantam entre vós muitos que não comem os outros? O mar é muito largo,  muito fértil, muito abundante, e só com o que bota às praias pode sustentar grande parte dos que vivem nele. Comerem-se uns animais aos outros é voracidade é servícia, e não estatuto da Natureza (..)"

- "Sermão de Santo António aos Peixes"  de Padre António Vieira -

Raul Seixas ~ Gita ~

11.9.18

a luzinha azul


acrescentando aos dons da noite
o simples coração da luz
onde há estrelas vivas nos olhares
~ cantando ~ dançando ~
nas agrestes curvas da escuridão
que os meus braços despedem
em tantas mãos amigas

- como não vos ser grato ?





( 2ª postagem de: Sir aLgood )

( a partir de foto do androide de  j. a. m., em Habana)

"Sayarat 303" ~ Acid Arab.

9.9.18

koisas de Cuba (1ª dose)



de onde em onda, os relâmpagos ao fundo assinalavam as vertigens da noite. Aconteciam esporadicamente como se fosse por acaso, como se o acaso não tivesse dono. Pareciam lentos nas suas próprias demoras nos olhos até nos sons que só aconteciam às vezes, como as súbitas surpresas que nos caiem bem.

Entretanto
o terraço na escuridão sem algum fim à vista desarmada, até havia estrelas que me permitiam vislumbrear a lua acesa no seu C.Q., e eu pensava: eu cresço eu estou a fazer por isso sem qualquer esforço basta navegar-me, deixar-me conduzir pela luz que me acontece, subir & descer, ser corrimão & escada, já não ser eu, que maçada prazenteira. Depois esquecia-me praticamente de tudo e sentia como as minhas (?)  asas deslizavam, amparadas por uma excelsa luz bem estranha.

Aconteceu-me à uns séculos atrás, às tantas de uma escuridão prolongada na boca escancarada de um lugar aprovado pelos seus deuses bem atentos nestas circunstâncias uma ave "obscura" veio poisar  na mesa onde 1 cinzeiro  de cobre estava na altura  dourado por uma pirisca de Hollywood ainda viva. Olhou-me nos 2 olhos e eu atarantado de todo também (...)


( Trinidade. Cuba. Casa de Yulian.)

- rascunho nº 15 -

postais

-.-   Sr. Dr. zé kalunga  -.-