José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

25.9.18

(série): DIÁSPORAS AO DEUS~DARÁ


foto: j. a. m., em Sidády Vêlha




A noite redOnda pela L.C. cai a luz caindo



 então, hoje perdi-me mais + no caminho para casa & sem quaisquer pressas mal dei por mim já estava na montanha sentado no descanso indeciso das cabras selvagens a olharem-me pasmadas e assim fiquei divagado pela luz que circundava a lua quando, sem saber o porquê, um jovem macaco pousou no meu ombro esquerdo e assim ficou vidrado pelas visões que eu colhia. A uns bons metros, sua mãe velava o encontro com apaziguada pachorra.

Demorei-me

a descobrir a casa no alto de outra montanha, fui até lá com o cajado dos sons do mar, lá ao fundo nos confins, a alumiarem-me os caminhos sem eu dar por isso.
Entrei pela janela pois nada de chaves por esta noite por amor a deus, acendi a luz e estanquei às portas do sono, escutando os galos as galinhas e uma mosca chata-chata que teimou em pâpia cu mi [1] até que 


(Sidády Vêlha. Ilha de Santiago. Cabo Verde)

- raskunho Nº 187 -




[1] “Falar comigo”, “conversar” (crioulo do Sotavento).






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