" Diálogos com deus " ( 2014) J. A. M. |
10.6.19
6.6.19
Cem Comentários
Pintura
Técnica: Tinta da china e acrílico s/ papel canson. Autor: J. A. M. |
Chillout Mystical Indian Masala Mix: https://youtu.be/1fOp9ggJGxw
5.6.19
one wOrld
Poster by : J. A. M. |
One Life: https://youtu.be/pfGapr2pEAo
~
wOrds of: Greta Thunberg: https://youtu.be/vp3kxWRD0P0
4.6.19
2.6.19
1.6.19
(às crianças)
Imagem trabalhada a partir de foto de j. a. m., com base num quadro de 1 amigo Pintor Cubano, cujo nome lamento não recordar - 2019. |
Um transe nos olhos o lugar exato
dos claros segredos. É esta a grandiosa escada
da infância. O horizonte sem fim das novidades.
O reino das crianças simples
no centro ilegível do mundo quando perguntam
Porquê Porquê só para dizerem
não há palavras não há mais gestos
na luz do olhos os lábios primeiros.
J. A. M.
(in, "As Mãos e as Margens". Editora Limiar. Porto.1991)
26.5.19
Novos Paradigmas
( Trabalho em selfie de: J. A. M.)
"O Coração Pensa e Irradia" : https://youtu.be/ghRrbeSeVSk
P.S.:
Para informações eventualmente mais aprofundadas, consultor,
por exemplo o: HeartMath Institute.
23.5.19
Obra de J. A. M. - 100X100cm. 2019 |
P.S. trabalho realizado principalmente com base em estudos de
Carl Gustav Jung, acerca de "Sincronicidades" e, especificamente o seu " Unus Mundus" (...).
DakhaBrakha – Пливе човен (2019): https://youtu.be/3iRYtfkfp94
21.5.19
~ Coisas de marinheiro ~
1a
Sweet Jane : levanta-se uma montanha
de luz, devagar que este tempo não tem fim
e essa imagem erguida é a aventura
em que te encontras agora ou
te sentes vivo ou não,
eis a questão (...)
2ª
(...) procurei nos mundos noturnos dos vossos sonhos, esvoaçando encoberto entre encontros & desencontros. Encontrei portas abertas, fechadas: de ouro, prata e alumínio.
Os deuses que erguemos vendem-nos, a bom preço, aquilo que nos dão.
- e, continuais acreditar?
(...)
3ª
aparentemente lá ao longe, apontam-nos um barco à nossa espera, é uma luminescência sem
âncoras que baloiça aos sons de todos os nossos profundos sonhos, sons
levíssimos ou turbulentos que estremecem os nossos silêncios, ás vezes ( quando virados para dentro e para
fora, simultaneamente, sabemos que estamos naturalmente mais
vivos ) e quem escuta: esses sons, os seus dons,
já esqueceu quaisquer certezas, quaisquer desses desígnios inculcados por esses deuses*, caminha por entre frondosas, umbrosas e inesperadas florestas, continua a
cultivar as (suas) sementes mais luminosas que são afinal as de todos os outros
* e, quando o indelével destino leva a tua vida a uma direção imprevista?
(...)
(...)
(J.A.M.- 198? - Rascunho Nº 223)
Cowboy Junkies ( Sweet Jane): https://youtu.be/Fa9nN3G2CSg
obras na " 3ª Bienal Internacional de Arte de Gaia - 2019 " ( Portugal )
20.5.19
-.- o meu problema pessoal com as galinhas -.-
Estava
no meu cadeirão anti-stress, enlevado sei lá em quê se é que havia tal coisa
quando me ocorreu - repentinamente - que afinal tenho uma incerta desavença,
pacífica é claro, com as galinhas. Assim à 1ª a coisa não me parece ser grave,
mas eu nunca tenho a certeza de nada. E já comecei a cacarejar justificações,
até são uns bichos interessantes, quando estão a comer debicam algo no chão tão
rapidamente que nem enxergo o quê e depois atiram as cabecinhas para o céu e
estão nestas figuras amiudadas vezes. Nos inícios de tais observações eu olhava
- imediatamente! - lá pra cima tentando vislumbrar o que era o alvo de tal
curiosidade inopinada, pois eu quando como, habitualmente olho para o que está
à frente do meu nariz e deixo os céus para as ocasiões místicas. Prosseguindo
os já citados cacarejos, também gosto das suas penas, algumas mais, pois vê-se
ali a mão da mãe-natureza o deslumbre da luz a desfazer-se em cores. Tive uma
amiga artesã, das américas do sul salvo erro, que alimentava uma galinha com o intuito
assumido de lhe arrancar apenas uma pena de vez em quando, para os seus colares
& aquelas obras de arte que lhe davam o pão para a boca. É verdade! Também
havia por lá 1 macaco pendurado nas traves da casa, que eram ramos grossos de
uma acácia que lhe entrava por ali dentro para lhe oxigenar gratuitamente o
ambiente. Uma vez estávamos eu e ela esparramados lá no seu jardim sem cercas
que se prolongava por uma floresta a sério cheia de borboletas estonteadas e
belos pássaros a esvoaçarem com as suas cores tudo junto era bom respirar ali,
e então estávamos nós a fazer o nada e aparece o seu filho por aí nove anos se
tanto, e deu-me uma lata de coca-cola transformada em cinzeiro para as cinzas
do meu fogo no cigarro que ardia alheado disto tudo. O meu preconceito em
relação à coca-cola é assumidamente enorme, mas a Brigite sentiu logo a coisa e
explicou-me que era a maneira do menino me dizer que gostava de mim e como não
tinha mais nada para brincar, costumava apanhar latas no lixo dos Sr.s lá em
baixo na cidade e depois transformava-as no que lhe vinha à cabeça e ao coração
e, sinceramente, aquilo era uma piquena obra de arte. Olhei
para a criança como quem olha para um Deus e os seus olhos eram luminosos &
felizes e eu,,,eu também fiquei feliz e com a voz embarcada num nó cego até às
lágrimas que contive. A mãe sentiu tudo como só as mulheres sabem e ofereceu-me
um chá que dividimos pelos 3.
Afinal,
a bem dizer eu até gosto das galinhas, a maneira como se deslocam com as duas
patas indecisas parecem sempre inquietas à toa, mas isso não passa de + uma
perceção pessoal, pois suspeito que só vejo aquilo que sou e aí há que ter uma
certa parcimónia nas coisas dos julgamentos, juízos de valor, essas
lérias.
São
precisamente 5 h. & tal da noite e ainda estou pr'aqui com as minhas irmãs
galinhas, que são muitas no meu quintal, sem medos dado que eu não as papo já
faz um tempo que estou sentado à sombra de 1 pinheiro que também habita comigo
ali no canto onde lhe deu para estar e dá-me pinhas às vezes pinhões que eu
amontoo numa tigela azul & branca da dinastia Ming que tenho na cozinha,
foi uma namorada chinesa mesmo da China que m´a deu, o pai era podre de rico,
segundo ela, mas fiquei sempre na dúvida se a peça era realmente verdadeira ou
não, mas como não ligo a tais valores, o que me agradou foi a sua beleza
singular. À superfície na epiderme colorida, o branco & os azuis
entrelaçados como fios de cabelos ondulados parecem dançar uma música que julgo
escutar às vezes, quando o silêncio à volta se fecha e estou muito dentro.
Quando acumulo forças suficientes, pego nos tais pinhões às mãos cheias e
quebro-lhes as couraças, um a um atentamente, com uma pedra de estimação que
tenho sempre à mão de semear para ocasiões mais determinantes.
Depois
desta ocasional divagação, retorno à cabeça da pescadinha de rabo na boca que
agora com o tempo já é uma serpente a morder a cauda que dá veneno, que também
pode ser remédio, tantas vezes se dá este caso há esotéricos que o dizem, e o
que eu nesta realidade pretendia dizer é que elas, as minhas amigas
galinhas, têm uma relação íntima visceral com o Sol [1] que
eu naturalmente também mantenho com todo o apreço deste mundo & dos outros,
mas também gosto das estrelas e da lua e dos silêncios azuladamente brilhantes
quando o são outras vezes nem por isso acontecem estas circunstâncias de 1 gajo
estar ~ graças a Deus ~ a respirar mesmo vivo no meio destas montanhas onde o
meu patrão sou eu não.
(Foz-Côa.
Douro. Portugal)
[1] As galinhas a que
me refiro, são umas felizardas parolas nas aldeias pois em relação às suas
irmãs macambúzias & amordaçadas de todo (como os irmãos humanos) fechadas
em infernos imaginados por desalmados, onde claramente desconhecem o que é a
noite. Foi através do genuíno comportamento das 1ªs que surgiu o ditado
popular: “fulano ou sicrano deita-se com as galinhas”. Isto é, esse
alguém mal se põe o sol já está deitado a dormir, caso não sofra de insónias.
Interessante!
(ocorreu-me agora). Nos meus tempos de intelectual puro & duro, deu-me para
estudar com muito afinco e múltiplas pesquisas no terreno, o pano de fundo
ontológico destes animais, digamos assim, e nunca apanhei uma só galinha
acordada ao lado da fileira em que se costumam organizar, mui meticulosamente,
para meu espanto na altura.
Luz~Sun~Cbet~Crit~نور ~ 光 ~ Ukukhanya ~ Lumière ~ Lumo
19.5.19
sir Banksy, + uma vez?
A peça mostra uma criança-imigrante, a usar um colete
salva-vidas e a segurar uma chama cor de rosa no ar.
-.-
" LA BIENNALE DI VENEZIA":
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
16.5.19
15.5.19
para os olhos de quem é mendigo à frente dos prodígios da vida
- Foto trabalhada. J. A. M. - |
de folha em folha os horizontes alongam-se para os olhos
de quem é mendigo à frente dos prodígios do Mundo.
Há sempre um nada absoluto em cada gesto, uma idade
e um peso de estrela a cair na sua luz até nós.
Olho à volta, agora esquecido de tudo e de súbito vejo-te
como esta frágil papoila a deambular pelos seus íntimos
sonhos coloridos.
Enquanto, a minha voz se perde no meio da luz que me dás.
( in, " A Primeira Imagem", Ed. Sol XXI, Lisboa.1998 )
~
Madrugada - Honey Bee: https://youtu.be/JQUNTJob078
coisas comuns
- Rio Minho. V. N. de Cerveira. Foto trabalhada: J. A. M. - |
há pessoas assim, chegam-nos sei lá de onde, instalam-se num lugar qualquer mais substantivo do nosso corpo onde ciclicamente amanhecemos e morremos e parece que as levamos connosco para todo os lados, sem darmos conta da leveza que nos dão.
E através
do tempo, prolongamo-nos entre pensamentos, sentimentos e palavras anónimas em conversas mais íntimas, sem nada sabermos
do que acontece e que importa?
(Julho-2007. Actualizado a 2019. Rascunho Nº 64)
14.5.19
~ & os candeeiros eram estrelas ~
as varandas acendiam os candeeiros
e os candeeiros eram estrelas esfumadas
pelos corpos dispersos na noite
era Verão e estava tudo deleitado
sobre o calor que brota das coisas
terrestres
enquanto as varandas baloiçavam na luz.
10.5.19
Já não me lembro
Obra: Tinta da china e dourada s/ tela.100X100 cm. J. A. M. |
já não me lembro se era uma luz exterior ou de dentro de mim
e tudo estava incandescente de uma forma natural e
o Mundo tinha um amplo sentido exato
em todas as coisas.
A incerta altura, olhei-me de longe e com o passar do tempo
aprendi a esquecer-me de mim.
No entanto, agora sou, cada vez mais
esse vaso de luz
onde a luz me ensina.
onde a luz me ensina.
(2.Julho.2009.
Rascunho Nº 87)
8.5.19
- Imagem construída a partir de foto de j.a.m., da escultura do "Cego do Maio", Póvoa do Varzim - |
ESTRELAS APAGADAS
Já a noite
tinha sido iniciada, os pescadores juntos sentados calados curvados olhavam
presos por um fio emaranhado de leves & ondulantes pensamentos o horizonte,
como quem lia 1 texto antigo.
Entretanto
as nuvens de um lado para o outro, fragmentariamente orquestradas pelo seu
próprio destino, lá iam impavidamente diferentes. Nada se cruzava e tudo estava
ligado.
Os barcos
continuavam a baloiçar o cais. O mar sempre estivera ali como se fosse eterno.
Como um eco longínquo que ainda perdura pelo poder dos olhares de muitas
gerações.
E os
pescadores aguardavam como quem espera e também não, a hora da partida. Em casa
os filhotes mais novatos choramingavam por comidas diferentes e as mães
afagavam-lhes os cabelos, com um sorriso esboçado junto ao aconchego do útero.
Os
pescadores, disse-me um dia um amigo vagabundo nas viagens, viraram estátuas
fixas e ali estancaram para o gáudio dos turistas que acudiam aos magotes & as crianças agora pediam moedinhas com uma vida inteira moribunda nos olhares.
(J. A. M. ~ rascunho Nº 182. 2009?)
6.5.19
MUNDOS QUÂNTICOS
Especulação Visual acerca da Experiência Científica da " Dupla Fenda"( partícula e onda) . Pintura. 100X100 cm s/ tela. 2017. Autor: J. A. M. ~
|
5.5.19
Pintura: j. a. m. - 2918 |
Outras asas
por vezes, abrem-se outros sons, outras
luzes dentro
como acontece na boca das fontes
e é por aqui que algo em mim é mais humano
entre esta sagrada Terra & as estrelas à mão de semear
é por estas margens, que os tambores celestes
batem e rebatem o meu coração.
batem e rebatem o meu coração.
(J. A. M. ~ rascunho Nº 62)
3.5.19
coisas noturnas
cidade do Porto. Foto: J. A. M. |
até que enfim o Porto hoje era uma cidade viva às 3 horas da manhã ainda havia uma chusma de gente nas ruas à volta dos Clérigos e, enquanto resolvia comigo a estranheza da novidade, acabei por me sentar numa cadeira à frente do café Piolho. havia pessoal desordenado em grupos, falavam, riam, bebiam. Gostei. havia também um aroma quente no ar & fiquei por ali o tempo de 2 finos frescos, ou foram mais?
Depois, atravessei a escuridão do jardim da Cordoaria, onde revi de soslaio, mas com natural atenção, as estátuas do Juan Muñoz. com aquela parca luz geral a gentinha do nosso hermano ganhava um ar mais severo e bizarro. Mas porque é que não estavam parados?
As extensas sombras pelo chão pareciam levitar ao som dos candeeiros sobriamente acesos. ao fundo, ainda estalavam no ar as gargalhadas dos jovens, abrindo a noite a outras luzes mais
(Porto.2007. Rascunho nº 158)
2.5.19
Blog: " Gazeta de Poesia Inédita "
SEM MARGENS
por vezes vem um outro sol, um outro sal, outra luz
da cintura dos astros ou do fundo da Terra
descendo, subindo, entrando, aclarando
a cabeça, o coração o corpo todo
pois já é outra a resposta que cintila
no esquecimento do olhar
onde caio em mim, como uma gota de água
no mar dentro dos dias todo o tempo é redondo
e reparo nas duas mãos como se fossem
10 os novos caminhos
e no entanto, são tantos & tantos
que me volto a calar.
( J.A.M. ~ poema inédito, anos 80. Rascunho Nº 96)
Publicada a versão do rascunho Nº 94,a convite do poeta José Pascoal
1.5.19
Pintura: J. A. M. |
(…) claro que
felizmente todos os estados de espírito são vadios e não se demoram em nenhum
lugar. E o que fica em nós, é uma poeira que assenta na memória essa grande
rocha de xisto, formada lâmina a lâmina, desde o início dos tempos. Uns trazem
essa rocha, ás costas, como um talismã à vista desarmada de todos; outros,
afundam-na nas águas do próprio corpo e por lá a esquecem, sabendo que não
precisa dos seus cuidados para poder ser o que é: um lastro para o destino.
E assim, todos
os dias somos atravessados por mundos e mundos, onde vivemos mais um pouco de
tempo inscrito na ilusória viajem que até fazemos realmente.
1/06/2006
29.4.19
Parece-me que quem assim respira talvez possa encontrar
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