Alguém passeia-se algures
por caminhos e paisagens onde há pedras pelo chão e acontece-lhe curvar-se de
repente, por algo que o chama sem dar-bem-por-isso e há um diamante entre as
suas mãos, o olhar turva-se pelo brilho demasiado naquele instante mediático que
também o sol, atento a tudo onde há vida, lhe oferece e depois?
Há quem logo veja ali um presente, há quem não dê conta do
vislumbre que lhe aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o
pequeno calhau para as águas do rio que desliza por ali no seu ocaso indiferente
a tudo isto.
Os hábitos escravizam tornam-nos cegos.
Todos os dias acontecem coisas assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Nada é banal nesta vida que nos está acontecendo.
Todos os dias acontecem coisas assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Nada é banal nesta vida que nos está acontecendo.
E por aqui os diamantes
não têm quaisquer preços, são iluminadas fontes metafóricas, criados pela infindável sede que também vive nos profundos lençóis da Terra:
Quanto demora uma
árvore a ser luz?
(J.A.M. - Bhutan. Agosto-2010. Alterado.2016.Alerado.2017)
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