até que enfim o Porto hoje era uma cidade viva às 3 horas da manhã
ainda havia uma chusma de gente nas ruas à volta dos Clérigos e enquanto
resolvia comigo a estranheza da novidade, acabei por me sentar numa cadeira à
frente do café Piolho. havia pessoal desordenado em grupos, falavam,
riam, bebiam. Gostei. havia um aroma quente no ar & fiquei por ali o tempo
de 2 finos frescos, ou foram mais?
Depois, atravessei a escuridão do jardim da Cordoaria, onde revi de soslaio,
mas com atenção, as estátuas do Juan Muñoz. com aquela parca luz geral a
gentinha do Muñoz ganhava um ar mais severo e bizarro. Mas, porque é que não
estavam parados?
As extensas sombras pelo chão pareciam levitarem ao som dos candeeiros sobriamente acesos. ao fundo, ainda estalavam no ar as gargalhadas dos jovens, abrindo a noite a outras luzes mais.
( 2009. Rascunho Nº 213 )
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