Pintura: J. A. M. |
Olho-te agora de longe. O teu
rosto enaltece a luz que cai entre os muitos ramos das enormes árvores à-volta
e ao mesmo tempo é uma luz saída de dentro de ti. Com um sorriso leve igual a 1
pássaro suave que vai passando. Entre ti e este momento, entre ti e a tua discreta
doação ao que no fundo já sentes ser, recordei agora esse instante fugaz entre
o marulhar dos pequenos peixes na água do rio e os teus pés à beira descalços e acesos
no meio da fogueira que agora me apetece imaginar.
Por detrás de ti havia plantas e
flores despidas pelo sol com aromas em brandas chamas, havia
borboletas amarillas(1) lúcidas e loucas sem dono agrupadas em
círculos, e foi então que eu vi que eras uma pequena deusa ali descida, sem
testemunhas, e prometi voltar sem o saber.
(1) amarelas (castelhano)
- Topes de
Collantes, Cuba -
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