![]() |
Pintura. J. A. M. |
Alguém passeia-se algures por
caminhos e paisagens onde há pedras pelo chão e acontece-lhe curvar-se de
repente, por algo que o chama sem dar-bem-por-isso e há um diamante entre as
suas mãos, o olhar turva-se pelo brilho que o sol, atento a tudo onde há vida,
lhe oferece no mesmo instante e depois há quem veja logo ali um presente, ou há quem não dê conta do vislumbre que lhe
aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno seixo para as
águas de 1 rio que desliza por perto no
seu ocaso indiferente a tudo isto.
Os hábitos escravizam, tornam-nos cegos.
Todos os dias acontecem coisas assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Os hábitos escravizam, tornam-nos cegos.
Todos os dias acontecem coisas assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Nada é banal nesta vida que nos está acontecendo.
E por aqui os diamantes não têm quaisquer preços, são iluminadas fontes metafóricas, criadas pela infindável sede que habita os profundos lençóis da Terra. E das pessoas, também.
Sem comentários:
Enviar um comentário