José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

25.5.12

sei lá porkê ist)m(o













Foto original: Galícia. España.
Imagem: J. A. M.



O outro lado da loucura

Por Roberto Goldkorn

 * Carl Gustav Jung, psicólogo suíço

 (1875-1961)

Pessoas socialmente integradas
 até podem
 ser loukos varridos

 "(...)Quero falar aqui, no entanto dos milhões de afetados pelo flagelo da doença mental, que nem de longe se consideram "doentes". São empresários, executivos, profissionais liberais, donas de casa, funcionários públicos, enfim são tudo que a sociedade enseja a todos. Mas eles estão lá, muitas vezes até estimulados por certas culturas ou modismos a expor suas neuroses e psicoses fazendo estragos à sua volta.
Infelizmente ou felizmente tive a oportunidade de ter meus caminhos cruzados com vários desses exemplares de "loucos socialmente integrados". Até pouco tempo atrás não tinha consciência do porquê certas pessoas me afetavam tanto, inclusive algumas dentro de minha própria família.
Ingenuamente acreditava que o meu problema era com essa ou aquela pessoa, seja pelos vínculos familiares, profissionais ou sociais. Mas a evolução do meu pensamento está chegando a um ponto muito interessante, onde percebo que não são ou não foram as pessoas que me afetaram (ainda afetam) tanto.
Ao perceber em todo o mundo os estragos que a loucura, seja ela maquiada de fé, fanatismo, ou ideologia, causa, saquei que a minha diferença é com esse flagelo, e não com os indivíduos que lhes servem de "médiuns".
Recentemente vi um episódio acontecer em família, onde uma onda de destruição sem sentido por pouco não causa uma tragédia. Mas mesmo sem ter tido desfecho sinistro, já teve um desfecho sinistro.
Ao roubar desses familiares a possibilidade de um convívio amoroso, e de uma associação para o progresso profissional, a maldita demência seja ela qual a classificação tenha, é uma praga perniciosa.
Tenho tentado um distanciamento suficiente para analisar os componentes, origens e possibilidades de tratamento dessas manifestações de desequilíbrio mental e porque não dizer espiritual.
Não posso dizer que tenho o diagnóstico dessas tantas "loucuras", e nem de longe atino com uma solução. Mas tenho observado o que os grandes mestres da mente apuraram ao longo de suas vidas e procuro somar com as minhas observações.
Uma constatação interessante, é que há um amplo terreno comum para essas manifestações ( e quase todas podem ser detectadas por uma observação isenta) a não ser pelos próprias "vítimas".
Por exemplo, essa "doença" os integrados sociais, leva ao comportamento extremamente EGOCÊNTRICO. Isso significa que essas pessoas não conseguem pensar ou sentir nada além de suas próprias emoções, dores, alegrias, e desejos.
Quando vocês estiverem diante de alguém capaz de disputar quem teve a maior Desgraça, a maior Dor, a pior Doença pode ser que esteja diante de um desses exemplares. O egocentrismo também os leva a identificação "coisal".Isso significa que eles ou elas são capazes de se ofender, de se magoarem profundamente (ou se engrandecerem) se o seu carro for desvalorizado, ou se a marca do sapato que usam for considerada de reles qualidade.
O egocentrismo exacerbado dessa doença faz com que vejam como extensões de si mesmo suas posses, ou itens que apenas momentaneamente estão nas suas vidas.
Outro fator desse egocentrismo doentio, é a incapacidade total de ouvirem! Duplamente eles não se ouvem - não são capazes de analisar e extrair significado daquilo que dizem. E também não sabem extrair significado do que os outros dizem, a não ser que seja uma ratificação absoluta (sem trocar vírgulas) daquilo que pensam pensar.
Esse mesmo egocentrismo coloca-os em situações N esquizóides, mas eles não conseguem perceber ou tirar dessa observação uma luz que indique que o seu rumo se perdeu. Por exemplo, é muito comum observarmos uma dissociação gritante da Vida do doente com aquilo que ele diz ou pensa. Em geral a vidinha dessa pessoa - como não poderia deixar de ser - costuma apresentar-se como uma sucessão de desditas. Caos familiar, caos na saúde, caos na vida profissional, eteceteras. Para não deixar que essas situações atinjam o âmago da doença obrigando-os a buscar ajuda, eles lançam mãos de mais recursos malabarísticos retóricos  para resolverem o que os psicólogos chamam de "dissociação cognitiva" - abismo existente entre o que pensam, dizem e fazem. "
" Contorcionismo demencial "
" Recentemente ouvi uma dessas pérolas do contorcionismo demencial: um desses afetados que foi posto  fora de casa pela mulher & pelos filhos depois de um longo período em que aprontou barbaridades, no auge de uma discussão com outra pessoa berrou: "Eu vivo para a minha família!"
Um outro cuja vida é uma sucessão de atos perversos, chantagens, truculência contra a própria família, manipulação (são loucos, mas não são burros, ou : são burros até demais), afirmou no clímax de uma discussão que percebeu que não poderia vencer: "O que todos precisamos é colocar Deus no coração. A Humanidade precisa de Deus, de perdão, de reconciliação." A principal característica da "doença" é justamente essa enorme cratera entre o que se diz e & o que a vida dele apresenta.
A minha reação sempre ruim, sempre de grande sensibilidade a estas pessoas na verdade é de Revolta contra essa doença invisível que estraga tantas vidas, que corrompe tantos futuros promissores, tantos projetos de felicidade.
Mas não sei se a idade, o cansaço..., mas hoje não fico tão sensível assim à presença desses seres, por que renunciei a qualquer ilusão de poder combater esse solerte inimigo, esse caruncho que lesa a Humanidade, que fratura famílias, que estupra sensibilidades e destrói empresas & empreendimentos.
Para quem ainda não foi afetado, que fiquemos de olho vivo. Se alguém disser que a marca do seu carro não é lá essas coisas, e você ficar irado, ou com raiva do "acusador" como se ele tivesse ofendido a senhora sua progenitora, talvez seja hora de buscar ajuda. Se achar que isso não é motivo para tanto, aí por favor, não esqueça de que fui eu quem avisei.


* Jung era 1 médico. Teve uma formação como psiquiatra, mas atuou toda  a vida toda como "psicanalista" ( terminilogias... ) , mas como a psicanálise foi uma criação do Freud (?) ele criou a sua própria Escola e intitulou-a de : “ psicologia analítica”. "

24.5.12

haja d+eus

image:  J. A. M.


&

there are foreigners in my "night"?

- who are they?


http://youtu.be/GdJYzzyO7nc ( com poema de D. M. F.)




( cont. du episódio anterior = 1ª parte da koisa )




êNa PÁ!, TANTAS koisas em papel! tAntos títulos  inklinados, ora viras a kabeça prás direitas, ora viras a kabeça, eteceteras, pões-te a vislumbrar , pões-te a vidrar, cada um sabe de si, etc

( cont.)

tantas palavras espelhadas nos nossos egos, dos senhores & dos eskravos das mesmas...... em círculos, andamos, em círculos  circulamos, em círculos, améns

( às vezes, claro 1 diamente raro, um seixinho plebeu por ali, há  momentos para tudo )



-.-  jágora: a 3º naco da  estória & ponto final nisto   -.-




para já: ...N eteceteras
a kairem
já não
é: a tom
             barem

sob os meus,  própriamente ditos, pés
pois estou à beira mar

esta brisa que acontece sei lá porquê
faz-me sentir + feliz

ora uma destas



23.5.12

( intervalo: Publicidade )













Imagem : J. A. M.

Série: Os) Grito(s) : peido perfumado
















image by : J. A. M.

~  II parte da estória ~


( ...) desde ke o sr. niculalau copérnico centrou a koisa, já não é assim, mas "eles" teimam nakela...


p.s. kuanto à 3ª parte da estória & à subskuente 1ª parte da mesma, aguarde na T.V.

Série: msgs a Garcia














Autor da frase da imagem : Pintor português: Miguel D'Alte.
.

Imagem : J.A.M.


“ Aquele que nada questiona nada aprende ”.


 ( Anônimo )

( diásporas)

22.5.12

" ressureição "











Foto: J. A. M.



“ Em vão, centenas de milhares de homens, amontoados num pequeno espaço, se esforçavam por desfigurar a terra em que viviam. Em vão, a cobriam de pedras para que nada pudesse germinar; em vão arrancavam as ervas tenras que pugnavam por irromper; em vão impregnavam o ar de fumaça; em vão escorraçavam os animais e os pássaros
– Em vão... porque até na cidade, a primavera é primavera.”


( Tolstói, in, "Ressurreição" )

http://youtu.be/LE1kGDRkVSQ

20.5.12

Cadeira de Van Gogh






















escultura criada por: Simão Boliver
in, Cadeira de Van Gogh
https://www.facebook.com/jose.a.mar3#!/profile.php?id=100002424122702

foto: J. A. M.

http://youtu.be/QyJMGKvRJe8

agora ! é a hora do fogo












foto: J. A. M.


~  http://youtu.be/4mUmdR69nbM  ~

agora !

é a hora do fogo como símbolo ou enigma, a memória afundada em ilhas como se - ao de leve - tudo estivesse onde realmente deve estar & todo o ar das circunstâncias fosse o ar de todos os dias alisados pelos hábitos habitados e pelas alegrias &  tristezas  que vão acontecendo


É no fim de contas -  a hora dos mortos -  até às tantas da manhã, enquanto "eles" sentem as amarras e tentam entender o vislumbre das suas âncoras mais fundas a unirem ondas & ondas desavindas


é nestas Alturas que os vejo a tecerem um esboço dos infernos em que vivem &  a esquecerem as luzes que amanhã já não sabem

amém.

( 1873- Algures)

poema ainda cem título(s)


Foto: J. A. M.

http://youtu.be/aEPZxf3l8hI


Saudar o Sol 3 vezes
Saudar a Lua também 3 vezes
Saudar o Dia 3 vezes
Saudar a Noite também 3 vezes

... ... ...

são assim os meus dias
e nos intervalos, passear-me por entre
belas desbundas com muitos símbolos
(nas árvores, nas plantas, nas flores, nos animais, sobre-
tudo, às vezes, nos pássaros a iluminarem o azul
em arco-íris cheios de leveza e canções mudas
de amores assim).


dizia eu, passear-me, também escutando
o meu grande amigo de sempre
uma onda e depois outra
onda
e depois, ainda
ou ~ tra,
onda
que chega adormecer aos meus pés nus
mas não é verdade: Tudo volta a Ser

de novo, a mesma-onda-outra vem beijar-me
as mãos, quando me inclino naturalmente
sobre a
Vida
e recebo o sal da água, enfim
ancorado em mim.

sei, como sou pequeno & ainda sou mui salgado

para com outros makakóides que poluem
a Vida todas as vidas, mas
eu pressinto que anda por aqui um deus,
demasiado perto, ouço as luzes e já perdi os medos
aos poucos, também perdi a escuridão
e deixo-me esquecer de Todo,
aquilo que fui não era : 1 simples esboço
de um ser que agora acorda para uma outra imagem
vã -  essencialmente vã -  como Todas
no entanto:

vou continuar
a saudar o Sol, a saudar a Lua
a saudar o Dia & a Noite

porque é daí
que me vem o eco  longe da fonte
onde as águas invisíveis das estrelas mais puras
cantam e cantam & encantam os meus ouvidos




(1ª  versão : Agosto de 2007. Alterado em Abril de 2012)


Série: msgs a Garcia.






















Imagem : J. A. M.

~ http://youtu.be/bbcKO92OGNI  ~

19.5.12

Série : diásporas ~ folha de 1 diário perdido














Imagem: J. A. M.

http://youtu.be/1ZHMXQ_7lNs

5 horas da tarde + ou - por aí, 5 pombas à minha volta procuram comida, no chão quente destas pedras bem escuras

às vezes encontram, descem as suas cabecinhas só delas  os bicos alongam-se e debikam algo,,,
depois
seguem afirmadas & apressadas, mais uns passinhos ........


e voltam a fazer unânimes vénias para sobreviverem, neste chão duro do mundo.


(Cabo Verde. Sidády Vêlha. Agosto.2008)


" A terra atrai tanto que os velhos andam curvados "
 ( provérbio Arménio )

16.5.12

Bar do Godô ( Alcântara. São Luís. Maranhão. Brasil)



Foto: J . A . M .


( Meiri )


Os lençóis negros da noite desciam, tombavam, adormeciam colados uns aos outros, como folhas de árvores de Outono que se voltam juntar.
Depois de várias voltas por N ruas da cidade pareceu-me que era por aquelas bandas que a festa começava a fervilhar. Num passeio de uma rua desamparada, encontrei um banco á minha espera e pedi á Sr.ª da roulotte uma cerveja bem gelada. Recostei-me, costas com parede & vice-versa, e pus-me a pastar vacarosamente  o olhar á volta:  havia de tudo o que era gente, jovens em grupos soltos e felizmente assim, pessoas solitárias, alguns com ar de quem procura desespiradamente libertarem-se daquilo, outros já mais ancorados, havia casais apaixonados que nem pássaros azabumbados, havia também mulheres de todas as cores e as mais belas prendiam-me o olhar por mais tempo &  depois, desapareciam pelas portas dos bares de onde saltavam canções ás molhadas, e de quando em quando muitas vezes, tudo aquilo junto dava-me sede para outra cerveja



por cima de mim, a escuridão salpicada de estrelas e uma clara sensação de vastidão completamente alheada de tudo


a incerta altura, uma menina sozinha por dentro por fora, aproximou-se de mim, de cerveja na mão e sentou-se a meu lado. depois continuou calada, ancorada e eu também não de cerveja na mão. encostou a sua tristeza desarmada no meu ombro abrigada e eu comecei a falar. as minhas palavras eram peixes criados ali, para o seu mar. sem darmos por isso, pusemos os olhos nos olhos e começámo-nos a beijar. o seu fundo sereno tinha outro olhar. & uma paixão apareceu naquele lugar. Claro o dia nasceu sem nos avisar


( Brasil. Gaia  .Texto inicial: 27-05-2006 )






http://pt.wikipedia.org/wiki/Esperando_Godot









15.5.12

sei lá porkê






















Imagem: J. A. M.

às vezes, sei lá porkê, desloco-me à sala, olho para os livros amparados uns aos outros. Depois, dou uma volta
e
venho-me embora.
Outras vezes é a mesma coisa mas, entre tantos.. não sei porkê, estendo um braço & um livro agarra-se à mão, olho para o título lembro o autor e dou de caras com umas frases sublinhadas há séculos:


"(...) o exorcismo, reação de forças, ataque de aríete, é o verdadeiro poema do prisioneiro. No próprio lugar do sofrimento e da ideia fixa, introduz-se uma tal exaltação, uma tal magnífica violência, unidas ao martelar das palavras, que o mal progressivamente dissolvido é substituído por uma bola aérea e demoníaca - um estado maravilhoso!
Muitos dos poemas contemporâneos, poemas de liberdade, exercem também um efeito de exorcismo, mas dum exorcismo por manha. Por manha da natureza subconsciente que se defende graças a uma elaboração imaginativa apropriada: os sonhos. Por manha preparada ou hesitante, procurando o seu melhor e ideal ponto de aplicação: os sonhos acordados.
Não só os sonhos mas também uma infinidade de pensamentos são "para escapar", e até sistemas de filosofias foram sobretudo exorcismos que julgavam ser algo bem diferente. Efeito libertador semelhante, mas de natureza perfeitamente diferente.
(...)
Esta subida vertical e explosiva é um dos grandes momentos da existência. Nunca seria demais aconselhar o seu exercício aos que vivem a contragosto numa dependência infeliz. Mas o arrancar do motor é difícil, só o quase-desespero o consegue."

in, O Retiro pelo Risco , Henry Michaux .

~ http://youtu.be/QyJMGKvRJe8 ~

"Sharanay" ( Prem Joshua )

Série: msgs a Garcia



"O Grande Caminho não tem portas. Para ele convergem milhares de estradas."

( provérbio oriental )

13.5.12

11.5.12

" Noite em Branco" ( pedaço)



















Imagem: J. A. M.
~ Maio.2012 ~



(...)
e a vida de cada um, é uma luz
demasiado pessoal.
Porque degrau
                        a
                          degrau
o corpo foge aos seus contornos
ao abrigo de outros sóis.


Ao longo de insondáveis ritmos
também as almas procuram
encontram, esquecem, engendram
os seus estilos.
Entre os abismos & os destinos
mais esquecidos das idades
há momentos de estrelas maduras
com uma luz mais alta nos olhos.

Também há línguas que transbordam
na intensidade dos enigmas
e inundam as cabeças
de quem canta a sua vida
abrindo sulcos à rotina.


Em cada instante:
Escolhe-se. Um lugar.
Cercado. Libertado. Como todos.
Em momentos pendulares
entre as formas e as cores
dançam os dias


e, cada um
à altura
do seu olhar

(...)


( do longo poema inédito, iniciado em 1997 ?:  " Noite em Branco ")

10.5.12

série: Diásporas

Foto: J. A. M.
Com abraço a Vadú do outro lado:http://youtu.be/MxSHNsFLaWw


- demorei a levar-me a casa -


a noite redOnda pela L.C., cai a luz  caindo

E então, hoje perdi-me + no caminho para casa & sem quaisquer pressas já estava na montanha sentado perante o descanso indeciso das cabras pasmadas para mim e assim fiquei divagado pela luz que circundava a lua quando, sem saber o porquê, um jovem macaco pousou no meu ombro esquerdo e assim ficou vidrado pelas visões que eu colhia. A uns bons metros, sua mãe velava o encontro com apaziguada pachorra

Demorei a chegar-me a casa no alto da outra montanha fui até lá com o cajado dos sons do mar lá em baixo nos confins a conduziram-me sem eu dar portal. Entrei pela janela - nada de chaves por esta noite por amor a deus - acendi a outra luz e estanquei ás porta do sono, escutando os galos & as galinhas e uma mosca chata-Chata que teimou em papiâ comigo até


(Sidade Vélha. Cabo Verde.Cape Verde.2008)

6.5.12

Exposição : " TRABALHOS de 1 JARDINEIRO "



















Montagem: J. A. M

Reportagem fotográfica de : José Manuel Barbosa: https://picasaweb.google.com/104966615236122854678/105ExposicaoTrabalhosDe1JardineiroDeJoseAlbertoMarSessaoInaugural05Maio2012?authuser=0&feat=directlink



TRÍPTICO A CERCA das IMAGENS de 1 JARDINEIRO

( http://youtu.be/KFTUnzKZGBM )
1.

por vezes, alguém põe um dedo na ferida. Quero dizer:

alguém acorda na sombra geral dos seus dias e os dias mergulham

nos ritmos do sangue e logo as mãos crescem para os lugares e os lugares

crescem com elas e fica tudo + Alto



há quem passe, olhe de lado e continue a sua vida.

Outros há, que passam e ao passarem se detêm por um pormenor
mais íntimo.


2.

Claro que todos os lados, todos os nomes são pretextos.

E os lugares também.

Nascemos & morremos por uma graça indomável perdida no tempo.

Andamos às voltas disto tudo enquanto por dentro acordam & adormecem

as sementes povoadas pelos imensos frutos de uma sede sem fim.


3.

Palavras e imagens que cantam a Vida e, o exemplo dos milhares de sóis

mesmo sabendo-se que para outros olhares

há outros abismos nas cabeças e nos corações

outras idades  por  si cercadas

pelos dons dos dias

na transformação dos corpos.




(in, catálogo.José Alberto Mar. in, "A Primeira Imagem", 1998. Última versão: Abril.2012)

3.5.12

" TRABALHOS de 1 JARDINEIRO"









Realização: António Domingos

http://youtu.be/AJoLowwDrV8


“ Breves dikas:


A presente exposição pretende ser um Cântico à Natureza , onde nós seres humanos estamos incluídos, naturalmente ; ~ )

Numa época em que o entretenimento & o espectáculo substituem descaradamente a(s) cultura(s) - digamos assim, sem mais, por agora - continuo recusando aceitar-me simplesmente como mais 1 contribuinte & consumidor.
Não sei se vem a propósito, mas ainda vivo em Portugal.

(digo para comigo: Desacelera ! )

o ritmo das mudanças sociais, científicas, tecnológicas e ambientais está acelerado, diz-se, as transformações a nível pessoal/humano - a meu ver - nem por isso, ainda andamos demasiado às voltas das egomanias, mercê igualmente, das finas flores do entulho que florescem nas elites ( eleitas pela ingenuidade, a ignorância & a cegueira de muitos pobres diabos).

Como artista-visual e escritor-poeta e ser humano, prossigo o meu (?) projeto pela Vida, encarando-a como a principal “obra” de arte possível, a ser aprumada, sempre.
Entretanto: "os trabalhos e os dias".
- A propósito: em que lua estamos?


(parte do texto inicial do catálogo. J. A. M. ~ Abril. 2012 )

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Técnicas e Materiais utilizados:
fotografia, folhas de árvores, tintas & pincéis, imaginação, scan em multifunções, liberdade, retoques simples no Picassa, marcadores, pena de ave, intuição, cola, tesoura, criatividade, lápis de cor, reflexão, fita-cola, amor, eteceteras.”

~

marketing, made in España:   http://www.arteinformado.com/Eventos/62657/trabalhos-de-1-jardineiro/





28.4.12















Imagem: J. A. M.
http://youtu.be/1ZHMXQ_7lNs


1 novo dia aconteceu
às minhas mãos
aos meus olhos
ao meu corpo
e à minha alma


e, o que já não era luz negra
tornou-se luz dourada
o que ainda era imensidão
permanece inteiro no meu coração.

( Abril. 2012)

Estrada Nova ( Oswaldo Montenegro )