Montagem: J. A. M
Reportagem fotográfica de : José Manuel Barbosa: https://
1.
por vezes, alguém põe um dedo na ferida. Quero dizer:
alguém acorda na sombra geral dos seus dias e os dias
mergulham
nos ritmos do sangue e logo as mãos crescem para os
lugares e os lugares
crescem com elas e fica tudo + Alto
há quem passe, olhe de lado e continue a sua vida.
Outros há, que passam e ao passarem se detêm por um pormenor
mais íntimo.
mais íntimo.
Claro que todos os lados, todos os nomes são
pretextos.
E os lugares também.
Nascemos & morremos por uma graça indomável
perdida no tempo.
Andamos às voltas disto tudo enquanto por dentro
acordam & adormecem
as sementes povoadas pelos imensos frutos de uma sede
sem fim.
Palavras e imagens que cantam a Vida e, o exemplo dos
milhares de sóis
mesmo sabendo-se que para outros olhares
há outros abismos nas cabeças e nos corações
outras idades
por si cercadas
pelos dons dos dias
na transformação dos corpos.
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