Como um fio-de-prumo a noite. Em cima de tudo. E
por dentro, uma voz insidiosa e duradoira, o ouro breve dos momentos atravessa
a escuridão com a velocidade dos sinais do Mundo. Também há o universo aceso
para todos os lados, e os candelabros dos nossos pensamentos são fagulhas que
no ar se cruzam e entrelaçam e enlaçam as substâncias que unem os cenários das
vidas. Tudo tem um propósito errante e nenhuma voz cabe dentro de todas as
línguas faladas, caladas da Terra.
14.5.13
21.4.13
19.3.13
Imagens afundadas na memória (5ª)
Parado impreciso como uma janela
nos chama ao abrir-se o gesto
leva a mão em arco sobre
a luz desenhada que dizes: Poesia
in,A Primeira Imagem, Editora Sol XXI,1998.
13.2.13
EXPOSIÇÃO DE PINTURA "7 CRUZES"
Cruz 2. J.A.M.
Palacete Viscondes de Balsemão
Praça Carlos Alberto, Nº71
11 de Fevereiro a 2 de Março
24.1.13
8.1.13
2013
31.12.12
há nevoeiro na estrada e a ferida voltou alastrar.Com crisântemos carregados de aromas para os lados onde se abre o sol caído entre nós.
Não é Inverno nem é Verão é outro o tempo da espera e da esperança, entre as árvores com história e as rochas escolhidas pelo mar.
Só na espuma das noites caiem algumas pérolas nas visões.
(25.Ag.2012)
20.12.12
foto: J. A. M.
as varandas acendiam os candeeiros
e os candeeiros eram estrelas fumadas
pelos farrapos da noite
Era Verão e estava tudo deitado
sobre o calor que brota das coisas terrestres
enquanto as varandas baloiçavam na luz.
21.11.12
Outono
Desenho. J.A.M.
As folhas caiem das
árvores
com o peso do Outonocastanhas, amarelas, verdes, vermelhas
às vezes
um adeus de sombras a voarem.
Mudas as árvores abraçam o frio
14.11.12
Silêncio Inssureto
O
silêncio serpenteia-se nas ondas do ar a boca
da noite abre
as flores do coração curva
os sons que tem sempre à mão
e o tempo
habita-nos mais ao sabermos nos olhos
as
sombras que se despedem das árvore
onde os pássaro acolhem
os primeiros
tons do dia sob o lençol verde às
tantas
da manhã pelas cinco e tal ou
quase assim começam a
sinfonar uma visão
acesa para quem esmorece ainda é
cedo
ainda é o segredo de haver um mundo
contudo sagrado.
9.11.12
29.10.12
Estrelas Apagadas
já a noite tinha sido iniciada, os pescadores juntos, sentados, calados, curvados, olhavam presos por um fio emaranhado de leves & ondulantes pensamentos o horizonte, como quem lia 1 texto antigo.
Entretanto as nuvens
de um lado para o outro, fragmentariamente orquestradas pelo seu próprio
destino, lá iam impavidamente diferentes. Nada se cruzava & tudo estava
unido. Os barcos continuavam a balançar o cais. O mar sempre estivera ali como
se fosse eterno. Como um eco longínquo
que ainda perdura pelo poder dos olhares de muitas gerações.
E os pescadores
aguardavam como quem espera e também não, a hora da partida. Em casa os
filhotes mais novatos choramingavam por comidas e as mães afagavam-lhes os
cabelos, com um sorriso junto ao aconchego do útero.
Os pescadores –
disse-me um dia um amigo vagabundo – viraram estátuas fixas e ali estancaram
para o gáudio dos turistas que acudiam aos magotes e as crianças agora pediam
moedinhas com uma vida inteira moribunda nos olhares.
Out.2010
Out.2010
2.10.12
Foto construída. J. A.M.
- lá no fundo, há um barco à nossa espera que baloiça aos sons das noites & dos dias, sons levíssimos que estremecem o silêncio e quem os escuta já esqueceu qualquer certeza (...)
22.9.12
21.9.12
Olhando o Monte Cara
Imagem Construída: J. A. M.
Os ramos das palmeiras ao sabor da leve brisa
e os sons frescos encaminham-me para o mar
onde vejo um pensativo rosto de pedra.
Feliz escureço, o olhar à procura
da
lua, esse vaso de luz onde uma das luas se deita
e então eu sou, a sombra pousada
dessa luz alheada.
( Cabo Verde)
20.9.12
O Espanto Evidente
Imagem Construída: J. A. M.
Uma mão na outra mão
um rosto em silêncio
desamparado delírio levando o Mundo inteiro
à voz imprecisa dos álamos
entre giestas & florestas
entre a razão e o furor natural dos dias
tanta sabedoria redonda nas coisas.
- in, O Triângulo de Ouro, Ed. Justiça e Paz, 1988.
19.9.12
encontro
e depois demos as mãos. Era Janeiro uma noite fria e tudo o que nos aproximasse dava-nos mais conforto. Caminhámos, ao lado o silêncio e numa fraga vazia depositámos os 2 corpos que transportávamos há muito e regressámos ao nosso encontro. Nada de palavras.
As estrelas estavam muito próximas e eram demasiadas para nos deixarem um intervalo apenas nosso. Era fácil ser generoso nas visões.
Quando as estrelas acabaram por se diluir no dia que aconteceu ainda tinhamos as mãos juntas como duas conchas cheias de nada. E, por um halo de luz que nos atravessou sem mais, ambos olhámos 1 para o outro, com um sorriso que esculpiu o instante no livro do mundo.
10/11-Janeiro. 2011
10/11-Janeiro. 2011
17.9.12
5.9.12
Palavras, Palavras, Por
Vezes
Palavras,
palavras, por vezes cansado das palavras fico completamente à escuta parado por
dentro, vazio, virado para fora. Como se o meu corpo fosse uma harpa aberta aos
sons que passam. E é então que ouço o sol a cobrir as formas do Mundo, o
coração dos universos a bater como um pêndulo maduro, os mares a respirarem lá
no fundo, a beleza epidérmica das coisas sem nomes a vida total a pulsar sem
eira nem beira.
E
então, vejo que nada em mim é apenas o que sei e sinto, nada em mim é apenas
uma ilha a sonhar horizontes de palavras, nada disto tudo faz sentido, sem o
céu e a vastidão da Terra com sementes e as plantas e as flores e as árvores e
os frutos e as pessoas a encherem os dias e as noites.
Depois regresso. Olho, só por olhar. E tudo à minha
volta é mais.
30.8.12
Género Metáfora
A
gente vai sabendo as coisas para aprender a saber outras coisas e depois
esquecer.
Amparamo-nos
nisto & naquilo ao sabor dos gostos e desgostos que a vida nos dá, ao bater
do coração contra o peito do mundo.
Alguém
passeia-se algures por caminhos e paisagens, onde há pedras pelo chão e acontece-lhe
curvar-se de repente, por algo que o chama sem dar por isso e há um diamante
entre as mãos, o olhar turva-se pelo brilho demasiado que o sol lhe oferece no
mesmo instante e depois?
Há
quem logo veja um diamante, há quem não dê conta do vislumbre que lhe
aconteceu e continue a sua vida apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno
seixo para as águas de 1 rio que desliza por ali no seu ocaso indiferente a
tudo isto.
Os hábitos escravizam-nos, tornam-nos cegos, todos os
dias acontecem coisas assim, parecem banais porque são diárias mas não o são,
não.
29.8.12
Ecce Homo
Desenho: J. A. M.
" Ter força é ser capaz de devolver, bem redondinha, a bola
quadrada que a vida nos passou."
28.8.12
paisagem natural
Foto: J. A. M.
( Giordano Bruno foi queimado numa fogueira há cerca de 400 anos, por defender que a Terra estava viva )
............................................................................
3º
Colher escolher à tona o desejo mais fechado
entregá-lo aos olhos e dizer: como acontece o coração
no seu exacto pensamento. Onde felizmente
há música na geometria dos astros
e um início de ouro a cada momento.
in, " O Triângulo de Ouro", Ed. Justiça e Paz, 1988.
Noturnos Lusitanos
Imagem: J. A. M.
" Por tão alto e doce pensamento
com razão a razão se me perdia..."
( Camões )
Ainda é tão vivo o sonho dos antigos engenhos a cintilarem os olhos
à volta dos astros a soltarem as mãos como barcos com luz e os pensamentos
a baterem nos horizontes em imagens de sal e o mal que é a saudade
por algo sem nome a desatar as memórias com laços em cruz e a cegueira
que vem após as visões o nada despido quando 10 dedos são muitos
e as fadadas distãncias em nós para cada corpo a sua alma
para cada alma o seu destino e tudo isto a saber a tão pouco quando
olhamos pela janela e a primeira imagem do dia acorda em nós
a ilusão de um deus.
olhamos pela janela e a primeira imagem do dia acorda em nós
a ilusão de um deus.
- in, " A Primeira Imagem". 1998 -
27.8.12
26.8.12
Série: Auto-Retratos-Assim
Foto Construída: J. A. M.
in catálogo , Exposição de Artes Visuais " Trabalhos de 1 Jardineiro", Maio , Porto - 2012.
Entrada Para o Luar
um caroço onde se alumia uma chama
silenciosa
que nos acende os dias & as noites.
Onde, perdura o que foi e há-de ser (...)
25.8.12
24.8.12
dulce vita
Foto: J. A. M.
A luz que se levanta
para os olhos
a dulce vita espalhada
no rosto do dia
as cores viajantes
na seiva & no sangue
as estrelas caladas
os sons dos pássaros ao lado
as águas do rio. O
momento que se completa
e depois já é outro momento-
-monumento da vida.
( Visões retrospectivas: in, "A Primera Imagem" - 1998 )
14.8.12
Onde o Sol é Mais Perto
Imagem: J. A. M.
Às vezes pego no bloco. Pego na caneta. Fico assim horas a fio a olhar
depois desço o olhar
1 pirilampo aqui outro acolá na espessura da noite
por detrás da sebe da casa há um sobreiro com ramos rugosos onde a cortiça respira & cresce sem darmos por isso e as folhas todoas juntas formam uma cabeleira que estremece e dança, muito espaçadamente, com a aragem que sopra dos lados do mar.
De repente, os repuxos calaram-se. Gotas de água escorrem de folha em folha e depois apagam-se no chão onde as raízes das plantas obsortas se abrem ao desejo da sede. E as folhas cintilam sob o peso da luz que desce dos candeeiros. E são belas assim, nos seus verdes flamejantes contra as obscuridades à-volta. Na superfície azulada da piscina, estranhamente ondulada, está a lua estampadamente enorme.
2.8.12
27.7.12
26.7.12
Série: diásporas ( Mindelo )
Foto: J. A. M.
Mindelo
O céu cheio de manchas cinzentas umas mais outras
menos escuras sobre um fundo que se pessente azul. O “ Monte Cara” sempre
pousado na sua lonjura pensativa e sempre tão presente na alma de cada
mindelense. O aroma nostálgico do Ser de uma ilha com as raízes mergulhadas no
oceano Atlântico , os sons de uma morna abrindo a noite como quem pede
licença, mas já entrou & já se instalou suave e inteira, abrindo os braços
a quem quiser estar, a menina de camisa encarnada e mini-saia-azul abertamente
com as duas coxas de ébano demoradamente nuas e brilhantes até um determinado
ponto inexacto, os 2 amigos calados & unidos a uma garrafa de grogue, a
criança de colo, camisa cor-de-rosa e 4 totós verde-alface no cabelo encarapinhado, a
chupar uma manga pela boca a dentro e uma gota doucement a cair-lhe pelo queixo até à mão naturalmente aberta da
mãe absorta ao cantor, unindo-nos a todos num só lugar, e depois lá fora
os ruídos dos ilhéus que vão e vêem dos seus destinos circulares, e ali fora na
estrada, agora mesmo, alguém vai sentado de lado numa bicicleta que desliza
sorrateiramente pelo alcatrão a fora, mas que arte será aquela?
( texto inicial: 2005)
21.7.12
Turquia.Türkiye. Τουρκία. Turkey.
Poseidōn
( Imagem: J. A. M. )
Posoidon ~ Deus do Mar
Vi o mármore abandonado ao martelo
a música a cair
em si
e depois
as formas dos deuses.
os olhos sopravam uma luz macia
e eu senti-a
19.7.12
18.7.12
vozes comunicantes
às pessoas nómadas nas almas & nos corpos
um beijo indelével no rosto ausente
intervalo onde tocamos juntos
a íntima diferença no coração das coisas
sobre as minúsculas ciências dos homens
pousamos a luz urgente de outros olhos
desce sobre nós
a lucidez do universo vivo.
- in, " O Triângulo de Ouro", Editora Justiça e Paz. 1988.
15.7.12
Série: msgs a Garcia
Escultura : J.. A. M.
"O que está em cima é como o que está em baixo,
e o que está em baixo é como o que está em cima "
Série: msgs a Garcia
L.N.
by: J.A.M.
" Os gregos antigos diziam que a noite pôs um ovo que se partiu e formou o céu com a casca superior e a terra com a inferior. De seu interior nasceu Eros, impalpável, inefável, imprevisível. E, justamente por não ser tempo nem lugar, nem céu nem terra, transporta-nos para este espaço amplo e infinito, a capacidade de nos maravilharmos."
.
5.6.12
3.6.12
msgs a Garcia
" É extraordinário ver pessoas tidas como sensatas passarem horas baralhando e distribuindo cartas sem nenhuma conversação a não ser, as que se referem ao jogo e nenhuma outra ideia a não ser a de naipes negros ou vermelhos.
Não seria hilário
ouvir alguma destas pessoas queixarem-se que a vida é curta ? ”
Joseph Addison ( escritor inglês. 1672 – 1719 )
2.6.12
1.6.12
" O Último Negócio "
byby: J. A. M.
“ Certa manhã
ia eu pelo caminho pedregoso,
quando, de espada desembainhada,
chegou o Rei no seu carro.
Gritei:
— Vendo-me!
O Rei tomou-me pela mão e disse:
— Sou poderoso, posso comprar-te.
Mas de nada lhe serviu o seu poder
e voltou sem mim no seu carro.
As casas estavam fechadas
ao sol do meio dia,
e eu vagueava pelo beco tortuoso
quando um velho
com um saco de oiro às costas
me saiu ao encontro.
Hesitou um momento, e disse:
— Posso comprar-te.
Uma a uma contou as suas moedas.
Mas eu voltei-lhe as costas
e fui-me embora.
Anoitecia e a sebe do jardim
estava toda florida.
Uma gentil rapariga
apareceu diante de mim, e disse:
— Compro-te com o meu sorriso.
Mas o sorriso empalideceu
e apagou-se nas suas lágrimas.
E regressou outra vez à sombra,
sozinha.
O sol faiscava na areia
e as ondas do mar
quebravam-se caprichosamente.
Um menino estava sentado na praia
brincando com as conchas.
Levantou a cabeça
e, como se me conhecesse, disse:
— Posso comprar-te com nada.
Desde que fiz este negócio a brincar,
sou livre. “
ia eu pelo caminho pedregoso,
quando, de espada desembainhada,
chegou o Rei no seu carro.
Gritei:
— Vendo-me!
O Rei tomou-me pela mão e disse:
— Sou poderoso, posso comprar-te.
Mas de nada lhe serviu o seu poder
e voltou sem mim no seu carro.
As casas estavam fechadas
ao sol do meio dia,
e eu vagueava pelo beco tortuoso
quando um velho
com um saco de oiro às costas
me saiu ao encontro.
Hesitou um momento, e disse:
— Posso comprar-te.
Uma a uma contou as suas moedas.
Mas eu voltei-lhe as costas
e fui-me embora.
Anoitecia e a sebe do jardim
estava toda florida.
Uma gentil rapariga
apareceu diante de mim, e disse:
— Compro-te com o meu sorriso.
Mas o sorriso empalideceu
e apagou-se nas suas lágrimas.
E regressou outra vez à sombra,
sozinha.
O sol faiscava na areia
e as ondas do mar
quebravam-se caprichosamente.
Um menino estava sentado na praia
brincando com as conchas.
Levantou a cabeça
e, como se me conhecesse, disse:
— Posso comprar-te com nada.
Desde que fiz este negócio a brincar,
sou livre. “
রবীন্দ্রনাথ ঠাকুর . Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
( Tradução de Manuel Simões). via , Citador.
31.5.12
29.5.12
coisas comuns
mesa pikena rente ao chão com 4 pernas robustas apuradas à gravidade da pose
em cima,
uma concha de ébano mão desabrochada cheia de pedras: esmeraldas, rubis, safiras, pedrinhas plebeias colhidas ao longo de praias por este mundo a fora, sinais de caminhos atravessados por N estados de espírito, que agora estarão tatuados algures num ser qualquer que é sempre será
um prato antigo branco-pérola com uma linha finíssima doirada limitando-o ou nem por isso, expõe: nozes como cérebros figos recolhidos amêndoas com poros à vista desarmada, tudo lá. as texturas misturam-se num bailado, até que ponto ? fixado no lugar
. momento de insónia ( 2º)
(...) do outro lado, uma pilha de livros equilibra-se,
apesar de tudo
no meio - para centrar os volumes - ergue-se qual pinheiro altaneiro um
candeeiro assim: aceso.
no outro sofá vazio ? vejo o meu silêncio que não é de todo solidão sofrida. Tenho a vaga ideia que um lado de mim aprendeu que a distância entre nós & as as coisas é uma solução prudente para se adoptar uma vida, no mínimo, prazenteira
o rosto na capa do livro que me chama primeiro é o de Clarisse Lispector escrevia como quem respirava tendo contudo e para tal encontrado a sua própria respiração, soprou-me um dia apenas por 1 ouvido, era o que havia na altura, pikena claramente, mas: era assunto legal pelos vistos pois não me recordo de qualquer imposto ou multa acerca do assunto. Agora, a Clarisse olha para a máquina ou para o fotógrafo, como se estivesse longe e até não e toda a placidez cheia de vida do seu rosto, confirma-o. Aquilo não deve ter sido fácil, passou-me pela cabeça.
há ali uma beleza estranha, rara, certeira alguém escreve os seus lugares mais íntimos, para se salvar do mundo mas não só
( 200 ? )
. Sr.s do GOOGLE
mui sinceramente lhes agradeço-lhes este espaço gratuito, que aliás é meu direito, por enquanto, pois nos tempos que correm, eteceteras
Bem - hajam & tenham muita saúde.
28.5.12
Foto: J. A. M.
... algures eu não vi os egos aninhados em arquipélagos eles próprios
~
( 2 ouvidos e uma boca & 1 gajo da tasca ofereceu-me 1 copo, que não recusei explicitamente agradecido ; ~ )
.
... eles, como se não fossem "eles", amanhados em ilhas eu não os vi: descaradamente alinhados à superfície a espuma cinzenta e no entanto, como as montanhas eram Altas
e os p´ssaros por ali adiante
e até havia u algodão dos choupos a esvoaçar no ar
tudo assim apenas ; - ) belo
e os p´ssaros por ali adiante
e até havia u algodão dos choupos a esvoaçar no ar
tudo assim apenas ; - ) belo
~ rio paiva ao largo havia uma kruz de jarros acesos ~
... & depois vêem-me c/ a luz dos mestres que até kai /
mas não lhes entra
~ ~ ~
e a luz da noite pura espalha-se pelos rios i pelas margens e deus é
todo
em cada instante
-.-
e ainda ... os episódios fortuitos dos dias & das noites, os desleixos, os atropelos vigentes pelas dignidades legalizadas pelo batuque dos heróis , da festa, das florestas ; ~ )
-:-
ei-los, estandartes de tantas guerras reza a História pois, de peitos altamente inchados, ei-los derrotados já de per si onde vingam as algas as conchinhas as pedrinhas brilhadas pelo sal , onde as rochas à beira dos mares apuram
a brancura da água que d+eus lhes empresta, esquecido de si de tão looooooooogas fadigas escutando as rezas, hei-los eskravos translucidamente de si próprios como mákinas a transmutarem-se em mákinas en fim
a brancura da água que d+eus lhes empresta, esquecido de si de tão looooooooogas fadigas escutando as rezas, hei-los eskravos translucidamente de si próprios como mákinas a transmutarem-se em mákinas en fim
ÓH, que dores: as searas crianças na beleza pura
a serem desviadas dos caminhos
( J. A. M. )
http://youtu.be/bbc3gv15AOQ
26.5.12
" dancing on the edge "
Foto: J. A. M.
é noite e a luz é mais fácil.
ainda não entendi como há seres humanos sem casa * e também há igrejas desabitadas.
.. tenho a certa impressão que as pessoas acham isto natural.
- como, meu d+EUS ?
http://youtu.be/jfIaRzKkudk
* os sem-abrigo, the homeless.
pankada de luz à borla, nos tempos que correm agradeci
J. A. M.
" Não há nada de nobre em ser superior a algum outro homem.
A verdadeira nobreza está em ser superior ao
seu auto anterior."
provérbio Hindu
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