A
gente vai sabendo as coisas para aprender a saber outras coisas e depois
esquecer.
Amparamo-nos
nisto & naquilo ao sabor dos gostos e desgostos que a vida nos dá, ao bater
do coração contra o peito do mundo.
Alguém
passeia-se algures por caminhos e paisagens, onde há pedras pelo chão e acontece-lhe
curvar-se de repente, por algo que o chama sem dar por isso e há um diamante
entre as mãos, o olhar turva-se pelo brilho demasiado que o sol lhe oferece no
mesmo instante e depois?
Há
quem logo veja um diamante, há quem não dê conta do vislumbre que lhe
aconteceu e continue a sua vida apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno
seixo para as águas de 1 rio que desliza por ali no seu ocaso indiferente a
tudo isto.
Os hábitos escravizam-nos, tornam-nos cegos, todos os
dias acontecem coisas assim, parecem banais porque são diárias mas não o são,
não.