26.7.11
30.6.11
foto. j.a.m.
Mais uma vez levanta-se a noite nos seus pés de escuridão.
Alguém atravessa o mundo em silêncio
guardando nos olhos a luz que se fecha.
(Porto-2010)
21.6.11
quando uma gaivota passou
Quando a gaivota passou
e deixou a sua sombra
pousada no meu olhar,
todo o rio se tornou um cais de símbolos.
?
a luz a hospedar-se no brilho sobre o bronze
que há-de vir, quando o vislumbraremos mesmo?
ou então direi:
como a Natureza reclamará a sua justiça
1 país abjecto & o seu histórico rumor de águas do mar
das setas enviadas estancamos adiante
um dia destes serás a boca
aberta ás caravelas em flor
lúcidas de espanto, os teus olhos cegos
alguém te indicará o caminho certo
se não fores tu: será
akele que eu sei que já sonha?
(Set.2003)
que há-de vir, quando o vislumbraremos mesmo?
ou então direi:
como a Natureza reclamará a sua justiça
1 país abjecto & o seu histórico rumor de águas do mar
das setas enviadas estancamos adiante
um dia destes serás a boca
aberta ás caravelas em flor
lúcidas de espanto, os teus olhos cegos
alguém te indicará o caminho certo
se não fores tu: será
akele que eu sei que já sonha?
(Set.2003)
De Manhã
de manhã, quando ainda as aves que vejo serão sonhos
e as claridades esvoaçam
abrindo as portas & as janelas
dencontro aos olhos de quem procura
e por dentro do corpo, os rios de ouro abrem as vozes
à procura dos mastros humanos
onde há gente viajada em nascentes
e a Beleza do mundo é 1 presente simples
e tudo se ampara em tantas ilhas
que devagar se unem
enlaçando a infância, o futuro e o agora
de manhã, quando algo estala o silêncio instaurado
e as claridades esvoaçam
abrindo as portas & as janelas
dencontro aos olhos de quem procura
e por dentro do corpo, os rios de ouro abrem as vozes
à procura dos mastros humanos
onde há gente viajada em nascentes
e a Beleza do mundo é 1 presente simples
e tudo se ampara em tantas ilhas
que devagar se unem
enlaçando a infância, o futuro e o agora
de manhã, quando algo estala o silêncio instaurado
& vejo o cantarolar aceso dos pássaros
Felizmente vivo
mais um dia.
(11-10-08. Alterado em Junho-2011)
Felizmente vivo
mais um dia.
(11-10-08. Alterado em Junho-2011)
20.6.11
coisas simples
foto.j.a.m.
São mulheres desenhados pelos silêncios, vestidas de escuridão entre a terra onde se sentam e a vastidão dos dias por onde largam as recordações de uma vida.
À volta, as vacas colhem da terra a seiva verde das ervas. Por perto, o cão faz um círculo divagado com os olhos e instala-se descansado.
5.6.11
msgs a Garcia
" A Arte Suprema tem por Fim Libertar"
~ Fernando Pessoa ~
30.5.11
27.5.11
O Que Está Em Cima É Muito Semelhante Ao Que Está Em Baixo
22.5.11
jovem artista :
o seu olhar não estará demasiado vidrado para fora ?
Construa a sua fonte, regressando à sua infância.
Comece aí, onde foi mais livre, por dentro, do que nunca.
É por dentro, que tudo começa acontecer.
Deixe que as coisas lhe aconteçam.
Entretanto, sempre que puder:
Espante-se com a Vida.
20.5.11
19.5.11
15.5.11
Série: O (s) Grito(s): poema-pesado-para-papalvos - &- para-parasitas
"As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares:
Há 349 Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais,
68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões,
100 Estruturas Atípicas,
10 Entidades Administrativas Independentes,
8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas,
16 Gabinetes de Ministros , 38 Gabinetes de Secretários de Estado,
15 Gabinetes dos Secretários Regionais,
2 Gabinetes de Presidente Regional,
2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais,
18 Governos Civis, 9 Inspecções Regionais,
16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos,
350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais,
17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República
nas regiões autónomas e ainda 308 Câmaras Municipais,
Há ainda
as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional,
e as Comunidades Inter-Municipais."
eteceteras
(in factu)
msgs a Garcia
“Surpreender-se, estranhar, é começar a entender”.
Ortega Y Gasset
13.5.11
11.5.11
SONETO PARA JOSÉ ALBERTO MAR (prenda do meu amigo: Mhario Lincoln.Br.)
Sente-se diante de tuas obras e vizualize-as.
São parecidas contigo.
Com tuas angustias e teu grito.
Tua sede. Teu gemido. O desenho nevoento.
Vede quanta semelhança: És tu!
Tua vida, teu universo. Tuas cores vivas.
Por vezes cintilantes, outras febris.
Olha aquele corpo esculpido em óleo.
Lembranças pueris. Ricas imagens de antanho.
Eis você aí. Suas telas e tu:
espelho da eternidade autocriativa.
(Brasil- 18-04-2011)
10.5.11
Mindelo
O céu está cheio de manchas cinzentas umas mais outras menos escuras, sobre um fundo que se sente azul pelo hábito que transporto de outros lugares & às vezes, até vai sendo.
O "monte cara", ao longe, sempre pousado na sua lonjura pensativa e sempre tão presente em cada mindelense é também a alma visível do ser desta ilha com as raízes mergulhadas no oceano Atlântico e agora
os sons de uma morna abrem a noite como quem pede licença para entrar quando já se instalou suave e inteira, abrindo os braços a quem quiser pousar, a menina de camisa encarnada e mini-saia-azul-abertamente com as duas coxas de ébano demoradamente nuas e brilhantes até um determinado ponto inexacto, os 2 amigos calados & unidos a uma garrafa de grogue, a outra menina ainda ao colo , tem camisa cor-de-rosa e 4 totós verde-alface no cabelo encarapinhado a chupar uma manga pela boca a dentro e uma gota de sumo docemente a cair-lhe pelo queixo até à mão naturalmente aberta da mãe absorta nos sons e na voz do cantor, que nos une a todos num só lugar, e depois
os sons de uma morna abrem a noite como quem pede licença para entrar quando já se instalou suave e inteira, abrindo os braços a quem quiser pousar, a menina de camisa encarnada e mini-saia-azul-abertamente com as duas coxas de ébano demoradamente nuas e brilhantes até um determinado ponto inexacto, os 2 amigos calados & unidos a uma garrafa de grogue, a outra menina ainda ao colo , tem camisa cor-de-rosa e 4 totós verde-alface no cabelo encarapinhado a chupar uma manga pela boca a dentro e uma gota de sumo docemente a cair-lhe pelo queixo até à mão naturalmente aberta da mãe absorta nos sons e na voz do cantor, que nos une a todos num só lugar, e depois
lá fora, os ruídos dos táxis que vão e vêem dos seus destinos, e ali à frente re+páro em alguém que vai sentado ao contrário numa bicicleta que desliza sem nada fazer, como é aquilo?
(Cabo Verde. Mindelo.2005/ Revisto a Maio-2011)
8.5.11
porque é que os seres humanos têm medo dos seres humanos?
msgs a Garcia
"A violência é fruto de um estado interior de infelicidade.
Assim, é importante buscarmos pequenos gestos de amor, acolhimento, simpatia e calor humano,
que atuam como antídoto contra o veneno do rancor
que circula entre nós seres humanos."
que circula entre nós seres humanos."
(extraído do Lições de Amor)
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