Pintura: J. A. M. |
eu sinto = eu sei, como Tudo é uma outra coisa alada
no sono das pedras
onde já respirámos o halo misterioso
da Vida como agora, tudo é um
agora
( J.A.M.-2021)
textos poéticos e imagens & etc ~ José Alberto Mar ~
Pintura: J. A. M. |
eu sinto = eu sei, como Tudo é uma outra coisa alada
no sono das pedras
onde já respirámos o halo misterioso
da Vida como agora, tudo é um
agora
( J.A.M.-2021)
( Póvoa do Varzim. Douro Litoral. Portugal )
~ José Alberto Mar ~
P.S. Texto do Livro de Contos " O OURO BREVE DOS DIAS ", constituído por vários contos escritos em vários locais de alguns países lusófonos: Portugal, Brasil e Cabo Verde.
Brevemente acessível ao público.
SMAVE ART (This Work): https://smaveart.com/painting/parallel-worlds-jos-alberto-mar
Some Works: : https://smaveart.com/jos-alberto-mar
(In this World there are many worlds. In the Universe there are millions and millions of Worlds with Life, without end).
( Escultura. Autor: J. A. M. )
“Por
que vês o cisco no olho de teu irmão, porém não
reparas na trave que tens no teu? Ou como poderás dizer a teu irmão: Deixa-me
tirar o cisco do teu olho, quando tens a trave no teu?” (Mateus 7:1-5)
( Pintura: J. A. M.)
Se sentes essa novidade no rosto quando no coração há chamas
deixa-te levar, deixa pairar esse espírito em visita (...)
Olhando, escutando, aprendendo a ser mais.
O pássaro que me visita todos os dias merece agora toda a minha atenção. E ele já está ali, na sua árvore de eleição, misturado com as flores vivas cor-de-laranjas-acesas, pelo meio da folhagem verde escura porque efetivamente já é noite e tudo está demasiado claro para mim.
(1) “nos sons compassados das ondas do mar”. (crioulo do Sotavento).
(Sidády Vêlha. Ilha de Santiago. Cabo Verde).
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P.S. Texto integrado no Livro de Contos, " O OURO BREVE DOS DIAS ", brevemente acessível ao público. Trata-se de um conjunto de textos escritos em alguns países lusófonos.
( auto-retrato. 2020)
até que enfim o Porto hoje era uma cidade viva às 3 horas da manhã ainda havia uma chusma de gente nas ruas à volta dos Clérigos e, enquanto resolvia comigo a estranheza da novidade, acabei por me sentar numa cadeira à frente do café Piolho. Havia pessoal desordenado, em grupos, falavam, riam, bebiam. Gostei. Havia também um aroma quente no ar & fiquei por ali o tempo de 2 finos frescos, ou foram mais?
Depois, atravessei a escuridão do jardim da Cordoaria, onde revi de soslaio, mas com natural atenção, as estátuas do Juan Muñoz. com aquela parca luz geral a gentinha do nosso hermano ganhava um ar mais severo e bizarro. Mas porque é que não estavam parados?
As extensas sombras pelo chão pareciam levitar ao som dos candeeiros sobriamente acesos. Ao fundo, ainda estalavam no ar as gargalhadas dos jovens, abrindo a noite a outras luzes mais
( Porto. Portugal. 2007 )
J. A. M.
P.S. Texto incluido no Livro de Contos, " O Ouro Breve dos Dias ", brevemente acessível ao público. O livro contém Contos escritos em alguns países lusófonos.
por vezes, abrem-se outros sons, outras
luzes dentro
como acontece na boca das fontes
e é por aqui que algo em mim é
mais humano
entre esta sagrada Terra e as
estrelas às mãos de semear
entre tantas margens, os
tambores celestes batem
e rebatem o meu coração.
( J. A. M. - 1980 ?)
As folhas despedem-se das suas árvores
castanhas, amarelas, verdes, vermelhas
às vezes
um adeus de sombras a voarem
vadias pela aragem enquanto a terra
não lhes dá colo.
Naturalmente, em breve despidas
as árvores abraçam o frio.
( J. A. M. - anos 80?)
( Pintura: J. A. M. )
1
Bate-me à porta a noite
o silencioso exercício do Mundo
acontece-me na mais pura beleza
do que parece estar nu.
Inspira-me a visão das linhas curvas
dos sons e a inutilidade das mãos
quando a intenção desta beleza é estar
à altura do espanto.
Sou, pois, mais um ser
dominado pela voz, cantando
o seu exemplo de onda transformada
em espuma
2
É sempre à noite, quando a luz
caminha de soslaio entre as paredes do mundo e
chego à casa da minha existência.
É sempre fria esta estranha sensação a distância
entre tudo o que parece real dentro da casa ou
dessa voz vadia
que canta desamparada e só.
( J. A. M. - Anos 80 ou 90?)
( praia de Cuba. Foto: J. A. M. )
Pergunta às montanhas
como o silêncio ou os gritos
crescem
como tudo é um som
vindo de dentro
ressoam os ecos das infinitas
vidas
enquanto as nuvens nos mostram
as respostas que já sabemos.
" Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte para ver a alma ".
por vezes os pássaros são escuros, ou amarelos, multicolores, ou de outras cores indefinidas, mas a arte dos seus voos confundem-se com os azuis dos céus.
- penso ( quando distraído) como tal é possível?
Entretanto, por vezes também há nuvens que voam e se transformam sozinhas. E então, 1 ou outro pássaro, transportado para um possível mundo paralelo, parece ressurgir na sua cor original.
- Duvido. Qual?
Tantas vezes... andamos tão afastados de nós.
2ª Parte
porque as aves esburacam o espaço, não propriamente ao sabor das suas asas, mas por uma vontade uníssona levadas pelo ímpeto do grande mistério da vida.
Em bando, têm 1 só espírito. Vê-se. Quando solitárias, sobem descem, sabem, saboreiam, satisfazem o olhar de quem as observa.
( J. A. M.)
- Rascunho Nº7 -
o teu rosto é o meu sol, o meu rosto será o teu sol, se me olhares lá do fundo onde já não há traves,trevas, pontes ou abismos que se patrocinam cúmplices entre si, sozinhos.Abraço a tua cintura, como quem enlaça a haste de uma flor que ainda não se vislumbra; mas leve o seu aroma no ar já é uma natureza mortal. Por isso, mais uma flor irá acontecer. Nas suas pétalas onde podemos poisar o olhar e as nossas cores.Pois, em cada momento morremos, com as dispersas tarefas da vida e 1 dia partimos irremediavelmente nus, apenas com os aromas que, no fundo de nós, em nós colhemos.
Foto trabalhada. Autor: J. A. M. |
Trabalho Visual: J. A. M. Anos 80? |
Imagem Trabalhada. J. A. M. |
Conheci uma mulher num país distante, era bela e serena e
atravessava os dias, os meses, os anos com uma candura sábia de quem sabe que 1
dia também iria morrer, como tudo o que está vivo.
Nunca lhe perguntei nada acerca das artes destes gestos tão silenciosos como as pedras que rodeavam os canteiros. Houve alturas em que me viu olhá-la de longe estava sempre distante, no entanto eu sentia uma levíssima sensação fresca e inquietante, do lado agradável das novidades.Retrocedia para as minhas tarefas, o pincel, o papel, as cores do meu mundo.
De vez em quando, amávamo-nos através dos corpos e parcas palavras. Adivinhávamo-nos através de olhares demorados que continham tudo o que os nossos seres confirmavam.
Um dia fui ao jardim, onde era o seu lugar e não a vi. Procurei-a por todos os cantos, mas apenas vislumbrei as flores, todas as flores debruçadas sobre si próprias exalando aromas mais intensos e os frutos maduros das poucas árvores a caírem um a um
" O meu pássaro. My bird. ( digital-art ). by: J. A. M. - 2020 |
Trabalho Visual. J. A. M. -2020 |
Série: Flores com Aromas. Anos 80. J. A. M. |
Trabalho~Visual com xenolinguistica *. J. A. M. * uma designação que alguém, algures me emprestou. |