Pintura: J. A. M. |
e, no
entanto
há uma luz
poisada no centro
do seu sereno silêncio de ser
só uma luz
Aberta
para fora
de si
- como se um pássaro esquecesse no voo
o peso das suas asas.
- como se a memória fosse uma trave esmorecida
na casa estagnado dos hábitos.
- como se, algo te chamasse e fosse uma voz cúmplice
no cálice mais translúcido do teu corpo
onde o som maduro do silêncio
te chama - em chamas - alumiadas na cor
e tu estás longe ou perto nos olhos
divagados em ti
E então, nem o ouro
nem a prata
- por onde há-de uma Vida luzir ?
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