Pintura: J. A. M. |
O silêncio serpenteia-se nas ondas do ar a
boca da noite
abre as flores do coração curva os sons
que tem sempre
à mão e o tempo habita-nos mais ao
sabermos nos olhos
as sombras que se despedem das árvores
onde os pássaros
acolhem os primeiros tons do dia sob o
lençol verde
às tantas da manhã pelas cinco e tal ou
quase assim começam
a sinfonar uma visão acesa para quem ainda
dorme ainda
é cedo ainda há o segredo
de haver um mundo, com tudo sagrado.
(J.A.M.)
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